sábado, 3 de julho de 2021

ENTREVISTA OZAIR PIRILIM.

 


Ozair furtado de oliveira, nascido em Teresópolis, em 28 de novembro de 1961. Filho de Clara Paula de Oliveira e José Furtado de Oliveira. É ator, mágico-ventríloquo, palhaço e poeta performático. Desenvolve a cerca de 30 anos, atividades artísticas com foco em Teatro e trabalho com crianças. Foi diretor, redator e repórter do Jornal dos Estudantes. Foi repórter do Jornal Diário de Teresópolis.
Criador e executor do projeto " A alegria é o melhor remédio" que consiste em visitar crianças e adultos que estejam internados em hospitais, orfanatos, asilos e abrigos.

Participou das coletâneas:

“Se é Poesia Deixa Sair”, SESC – Teresópolis.

“Canto dos Poetas I”, “Canto dos Poetas II”, “Canto dos Poetas III” da Editora Unifeso.

“II Antologia do Elos Clube de Teresópolis, 2015”

“III Antologia do Elos Clube de Teresópolis, 2020”

“I Antologia da Academia de Letras do Brasil, 2019”

“II Antologia da Academia de Letras do Brasil, 2020”

Agraciado com a “Medalha George March” pela Câmara de Vereadores de Teresópolis; com o Troféu Criança Feliz, pela Casa de Cultura de Teresópolis;com a Comenda Artur Dalmaso, pela Academia Teresopolitana de Letras; com o Troféu Mulher de Pedra, pela Imprensa Teresópolitana.

Com toda essa bagagem Ozair é o entrevistado do mês.

shirleipinheiro71@gmail.com

Jornal Escritores da Serra: Quando e como foi o início do seu trabalho como mágico-ventríloquo?

Ozair Pirilim: -Há bastante tempo, uns 25 anos atrás, duas amigas me chamaram para animar uma festa infantil, como eu já trabalhava com Teatro, elas achavam que ia ser bom e divertido, e foi. Gostei muito e comecei a me aperfeiçoar na a arte da palhaçaria. E a Mágica e a ventriloquia sempre me fascinaram desde criança. Então foi nessa época que surgiu o Palhaço-Mágico Ozair Pirilim.



JES:  como começou sua vida literária? Teve algum escritor que lhe inspirou?     

OP -Sempre gostei de ler. Desde muito pequeno devorava os gibis, e mais tarde as poesias de Manoel bandeira e Vinícius de Moraes. Eles foram inspiradores pra que eu começasse a escrever poesias e pequenos contos.

JES: Fale sobre o seu projeto “A alegria é o melhor remédio”.

OP: -Este é um Projeto que carrego no coração desde criança. Quando certa vez fui visitar minha mãe, que estava hospitalizada, percebi que vários pacientes internados não recebiam visitas. Então um desejo de ir visitá-los me tomou e eu idealizei visitá-los vestido de palhaço, tipo Doutores da Alegria. Daí se expandiu para orfanato e asilos também.

JES: Na sua opinião o que falta para a cultura no país?

OP: -Bons profissionais que incentivem a leitura desde a tenra idade. Porque a Cultura surge do próprio povo e volta para ela em forma de arte. E o Brasil tem um povo muito criativo.

JES: Como tem sido sua rotina de trabalho Cultural durante a pandemia do Coronavírus?

OP: -Na verdade durante a pandemia não foi possível fazer performances presenciais, por conta das restrições necessárias ao combate da doença. Fiz algumas poucas apresentações virtuais e participei de alguns Saraus também.

JES: Quais são seus planos para quando a pandemia passar?  

OP: -Quando a pandemia passar eu pretendo voltar a fazer Shows em Escolas e também em eventos diversos.

JES: Você é bem ativo em antologias, já organizou sua própria antologia ou tem esse desejo?

OP: -Sim, já participei de várias antologias e tenho desejo de organizar uma antologia brevemente.

JES: Como é trabalhar com cultura com as crianças?

OP: -Acredito que através do lúdico podemos passar boas ideias quanto à preservação da natureza, o cuidado com o meio ambiente e os animais, o desejo de estudar e aprender.



Perguntas rápidas:

Livro favorito?
-Salmos e Provérbios.

Filme favorito?
-O Musical Grease.

Ator ou atriz favoritos?
-Lima Duarte

Autor favorito?      
-Manoel Bandeira.

Escreva abaixo um trecho de algum livro que goste. Pode ser seu livro.

Os poucos versos que ai vão,

Em ligar de outros é que os ponho.

Tu que me lês, deixo ao teu sonho

Imaginar como serão.

(Manoel Bandeira)

Abaixo alguns livros do entrevistado





Publicação autorizada

Shirlei Pinheiro

sexta-feira, 2 de julho de 2021

ESTANTE!

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jornalescritoresdaserra@gmail.com



MACHADICES.

 




MACHADICES

Filósofo, filosofia, filosofar, como e por que tratar questões sob o olhar filosófico?
Para muitos, a resposta a essa e outras muitas indagações sobre o tema vem a partir da frase de
Immanuel Kant “Não se ensina filosofia, ensina-se a filosofar” e eu também compartilho da
ideia por que a filosofia como conhecimento acadêmico se estende por uma vastidão de
personagens, pensadores e centenas de conceitos, muitos deles de difícil compreensão, visto que
a grande maioria dos autores se utilizam de uma simbologia carregada de hermetismos.
O que me instigou a ler filosofia e a ter um olhar filosófico sobre a minha própria vida e tudo
mais o que acontece e que consigo perceber foi um conceito de Nietzsche: “Espírito Livre” foi
numa conversa há alguns anos atrás que ouvi o termo e me dei conta que tinha, até então um
conceito bastante reduzido e limitado a respeito, pesquisei então e encontrei a citação no livro
Humano, Demasiado Humano e diz:
É chamado de espírito livre aquele que pensa de modo diverso do que se esperaria com base em
sua procedência, seu meio, sua posição e função, ou com base nas opiniões que predominam em seu
tempo. Ele é a exceção, os espíritos cativos são a regra: estes lhe objetam que seus princípios livres
têm origem na ânsia de ser notado ou até mesmo levam à inferência de atos livres, isto é,
inconciliáveis com a moral cativa”
Diante da frase comecei a questionar antes e principalmente a mim mesmo, nas tantas
informações que propagava, sem ter questionado ou me preocupado em avaliar se este ou aquele
ou ainda pior se todos os conceitos que eu trazia em mim, eram conceitos “emprestados” de
alguém que me ensinou ou que simplesmente eu os tinha como verdadeiros e principalmente
cristalizados em mim.
Desta forma percebi que precisava sobretudo conhecer a mim mesmo, esmiuçar, buscar as
origens de minha maneira de entender o mundo, as coisas todas e as pessoas.
Autoconhecimento essa é a palavra que norteou e ainda norteia a minha conduta frente ás
coisas, quantos preconceitos estavam arraigados em mim e mais, quantos conceitos eram
produto da minha aceitação de valores que eu apenas reproduzia por conta de uma educação
recebida e não questionada, usos e costumes e nada ou pouco além disso.
Filosofar é uma ação isolada é um olhar diferenciado, é subverter uma afirmação e é sobretudo a
certeza de que os valores mudam em função da vivência que temos ao permear seu significado.
Filosofar é um processo contínuo e empático, há que se estar pronto e receptivo a visões de vida
a diferenças culturais que abrangem uma série imensa de possibilidades de compreensão da
vida, as diferenças que enriquecem e mais rico é aquele que se permite ser abarcado por essas
diferentes visões.
O exercício contínuo é procurar entender por que fulano ou fulana pensa de maneira tão
diferente de mim e sentir sobre isso não a natural aversão, que é humana porém apenas reativa,
o que o filosofar faz é convidar a rever seus conceitos a partir de um confronto e muitas vezes
de uma contradição, não por acaso evoluímos de contradição em contradição.
Outra questão que me levou primeiramente a Nietzsche foi a alcunha de “filósofo do martelo” e
por que “do martelo”? justamente por que ele ao contrário de outros tantos que desenvolviam
sua visão a partir da visão de uma filosofia anterior de convicções e verdades absolutas.
Nisso, me lembrei que lá na minha adolescência eu já pensava que a gente envelhecia
justamente quando passava a dizer “essa é minha maneira de pensar e não mudo” ou seja em
outras palavras: verdades absolutas. Sou, ou melhor, me considero um autodidata das ciências sociais, não o faço de uma maneira
linear ou acadêmica, num futuro próximo pretendo sim me dedicar de maneira mais sistemática
ao estudo da filosofia e demais ciências humanas.
Espero ter apresentado aqui de maneira simplificada e acessível, os motivos que me atraíram
para a filosofia, pelo olhar filosófico ou ainda melhor pelo filosofar.

Antônio Carlos Machado

AUTOR DO MÊS!

 


28 DE AGOSTO

 

Subi o mais alto que pude,

na vaga tentativa de respirar melhor.

Ele veio comendo pelas beiradas e, aos poucos, foi exigindo o seu lugar de direito; e eu o entreguei sem ao menos pensar duas vezes.

Eu não sabia dizer se estava inteiramente pronta, mas, de alguma forma, o jeito como nossos lábios buscavam um ao outro, no fim, explicava tudo o que eu não conseguia dizer.

Superficial.

Eu não estava predisposta a ter uma felicidade baseada em mentiras.

Já havia crescido, e não devia mais chorar ou ter medo de me machucar, mas ainda tinha.

Eu ainda chorava quando não sabia o que fazer.

Ele segurou a minha mão, e tudo pareceu melhorar naquele instante.

Com o peso de um elefante nas costas, empaquei assim que os seus olhos se fixaram nos meus.

Por que eu não conseguia dizer como os seus olhos eram lindos?

 

Tentei dar um passo maior do que as minhas pernas eram capazes, e caí direto na cova dos leões.

Seus lábios eram vermelhos como amoras, e o doce que eles deixaram em minha boca… ainda podia senti-lo de vez em quando.

 

De jaqueta jeans e tênis All Star preto,

eu o observava perdido em seus pensamentos à
medida que os seus cabelos dourados esvoaçavam com a velocidade do automóvel.

Ele sorria, me levando do Céu ao Inferno em poucos segundos.

 

As estrelas brilhavam acima de nós. Ele prendia a respiração e submergia na minha frente, reaparecendo logo em seguida.

Seu corpo molhado deslizava pela água, vinha em minha direção.

Tentação acontece quando você, mesmo sabendo que é errado, sente desejo, e

ele sabia muito bem como provocar e despertar isso em mim.

 

Desejo ocorre quando o seu corpo age por vontade própria e, sem você perceber, o sangue fervilha nas veias e os lábios estão próximos demais para recuar.

 

O seu corpo quente estava colado ao meu

e, dessa vez, não havia escapatória.

Nossos olhos se cruzavam numa mistura de tentação e desejo.

Quanto mais eu insistia em fugir,

mais o seu corpo fervia.

Os meus olhos se reviraram quando seus dedos deslizaram sobre os meus mamilos.

A sua boca tremia, o suor escorria pelo seu pescoço.

O meu gemido era sonoro e curto.

O seu desejo, quente e impróprio.

 

Desventura surge assim, sem a gente notar, e vai levando tudo consigo.

É avassaladora e capaz de virar o nosso mundo de cabeça para baixo em instantes.

Ele não mediu esforços para me deixar completamente jogada aos seus pés…

Publicação autorizada.


Jefferson Pontes, Nasceu em Natal-Rio Grande do Norte e mudou se ainda pequeno para são Paulo capital.

Trabalha como Conferente de valores  em uma empresa de ônibus na cidade de itu-SP onde reside  com sua esposa e suas quatro filhas e tem um livro publicado até o momento Chamado “ O QUE ELA NÃO LHE DISSE” Pela editora LEDRIPRINT.

AGENDA CULTURAL!

 



A segunda sala da exposição “1981/2021: Arte Contemporânea Brasileira na Coleção Andrea e José Olympio Pereira” se chama “Coluna de Cinzas” e fala da passagem do tempo e sua rapidez, além de fazer o público refletir sobre a brevidade da vida.
A sala recebeu este título devido à obra de mesmo nome, do artista Nuno Ramos.
➡ Para visitar a exposição de forma presencial acesse: bit.ly/agendeexpo.
Caso prefira, faça uma visita virtual 360° em: bb.com.br/cultura.
📅Todos os dias, de 09h às 18h, exceto terça. Até 26/07.
😷A exposição está adaptada atendendo as normas de distanciamento e segurança, confira em: bit.ly/normasccbb

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Nise da Silveira reposicionou o entendimento de loucura na história da humanidade.
Em 1952, ela criou o Museu de Imagens do Inconsciente, com a finalidade de reunir os trabalhos produzidos pelos seus clientes nos estúdios de modelagem e pintura, tornando-se verdadeiros documentos para ajudar na compreensão mais profunda do que se passava no interior de cada um.
Você pode conferir alguns deles na exposição "Nise da Silveira - a revolução pelo afeto". 💛
➡️Todos os dias, de 09h às 18h, exceto terça. Até 16/08.
🎫Agende sua visita em: bit.ly/arevolucaopeloafeto
😷A exposição está adaptada atendendo as normas de distanciamento e segurança, confira em: bit.ly/normasccbb

FONTE: CCBB