domingo, 1 de agosto de 2021

EDIÇÃO 8/2021

 


ENTREVISTA ALESSANDRO LOPES SILVA.

 

Alessandro Lopes Silva, natural de Teresópolis/RJ. Graduado em História pela Universidade Norte do Paraná, é membro da Academia de Letras do Brasil-Teresópolis. Autor de vários artigos é do livro "Contos do interior lendas do Brasil". Colunista da REVISTA DE HISTÓRIA AMNÉSIA há sete anos já participou de várias antologias entre elas coletânea 50 vozes do Brasil 1,2,3.
Organizou a coletânea Amigos da internet e Dos navegantes trabalho lusofonia.
Participou das antologias da ALB Teresópolis 2019 e 2020..
Antologia Flores no Deserto
Organizador da antologia Duas faces de uma Mulher 2021, Contos do
interior II Noite Sombria 2020, livro Correspondência entre amigos I em
2020 e correspondência entre amigos II 2021,
o livro VOCÊ NUNCA ANDARÁ SOZINHO 2021.
Coletâneas pelo projeto Appare:
Coletânea "Família -Doces Lembranças"
Coletânea O Nordeste de João Cabral de Melo Neto
Coletânea 2020 -O Mundo parou!!
Relatos do período da Pandemia
Coletânea Cotidiano Introspectivo -Centenário de Clarice Lispector
Coletânea ALágrima e oTempo


Jornal escritores da serra: Quando e como foi o seu início na literatura?

 

Alessandro Lopes Silva: Devido minhas limitações tive dificuldade em aprender a ler e escrever, então quando consegui, me tornei leitor compulsivo, agora o ano não me recordo.

 

JES: Qual gênero literário mais se identifica?

ALS: Particularmente todos. Mas o que mas me atrai são: História, Terror e Teologia

 

JES: Você é historiador, fale um pouco sobre seu trabalho na revista Amnésia.

ALS: Sou colunista da revista Amnésia, a convite do saudoso professor Luiz Alberto Rocha na época presidente da revista, na mesma fiz grandes amigos como Rodrigo hoje como presidente da revista, Artur nem preciso falar, entre outros. Hoje já devo ter cerca de 20 artigos publicados ,sobre história local e geral.

 

JES: Sua deficiência de alguma forma contribuiu para sua carreira hoje ?

ALS: Sim. Pois devido a minha deficiência nunca veio nada de mão beijada para mim , sempre tive que lutar e briga para conquistar meus sonhos e objetivos.

 

JES: Qual a mensagem que você deixaria para quem se vê limitado de alguma forma a buscar seus objetivos?

ALS: Deixo para  os leitores a frase que uso para minha vida  A única pessoa que pode limitar você é você mesmo. Todos sempre disseram que eu nunca chegaria a lugar nenhum , eu pegava essas palavras como combustível para provar mim mesmo que era capaz.

 

JES: Na sua opinião o que falta para a cultura no país?

ALS: Falta um pouco de força de vontade, pois e mais fácil controle de um povo que tem cultura ou conhecimento ou aquele não conhece seus direitos e deveres.

 

JES: Como tem sido sua rotina de trabalho literário durante a pandemia do Coronavírus?

ALS: A minha rotina não foi alterada pois sempre gostei de ficar mais recluso.

 

JES: Quais são seus planos para quando a pandemia passar?

ALS: Eu não espero a pandemia passar, para produzir ou escrever. Mas quando ela passar vou dar uma grande festa.

 

JES: Você é um ativo organizador de antologias e já publicou livros, Como você administra essa rotina?

ALS: Para mim Shirlei não é uma rotina ou trabalho, faço por prazer. Meus livros eu exponho minhas ideias e conhecimento. Já nas antologia sobre nosso país e cidade, temos autores maravilhosos mas muitos não têm condições de fazer um livro ai com as antologias eles tem essa possibilidade o mais importante difundir a literatura e escrita.

 

 

Perguntas rápidas:

Livro favorito?

Bom dia Espírito Santo- Benny Hinn

Filme favorito?

Espera de um Milagre

Ator ou atriz favoritos?

Sean Connery

Autor favorito?

Lev Nikolaevitch Tolstoi

 

Escreva abaixo um trecho de algum livro que goste. Pode ser seu livro.

Os mais fortes de todos os guerreiros são estes dois: Tempo e Paciência.

Leon Tolstói (Guerra e Paz)


Publicação autorizada.



AUTOR DO MÊS!

 


Letícia de Queiroz é natural de Teresópolis, RJ. Escreve desde os nove anos. 
Sempre apaixonada pelas artes, também se dedica ao teatro como atriz e produtora, além de já ter passado pela dublagem.
Formou-se em Administração de Empresas, buscando outras oportunidades e conhecimento além da sua veia artística. Mantém sua empresa de publicidade e produção de eventos, além de palestrar sobre motivação. 
Publicou seu primeiro livro em 2017, pela editora Multifoco, O Devoto.
Em 2018 tornou-se membro da ALB, Academia de Letras do Brasil, Sucursal Teresópolis, RJ, Primeira Academia Mundial da Ordem de Platão.

Em 2019 lança seu segundo livro pela editora Madras, uma das grandes do Brasil, com distribuição nacional. 


Polindo o espelho da vida: Areando panela

Letícia de Queiroz

Polindo o espelho da vida: Areando panela

Letícia de Queiroz

 

Às vezes arear uma panela pode trazer bons pensamentos.

Mas que afirmação é essa?

Já ouviu aquela velha expressão popular:

_ “Tá precisando é de um tanque de roupa pra lavar! ”

_ “ Vá lavar uma louça! ”

Geralmente essas frases vêm após algumas palavras negativas. Então a expressão sugere que quem se ocupa, não pensa em bobagens ou as fale.

E desta vez, pela primeira vez, peguei-me areando uma leiteira; e com gosto a areava.  Quê coisa, hein!?

Porque estava de fato no momento presente, almejando que aquela leiteira brilhasse! Não estava apenas lavando a louça, porém consciente do meu ato.

Mas, Letícia, filosofar sobre uma leiteira? Que tipo de filosofia é essa?

Bom... Na filosofia budista, por exemplo, existe uma metáfora de polir o espelho da vida. Quanto mais polido o espelho é, melhor ele reflete sua imagem. Polir o espelho da vida são as nossas ações do cotidiano. Para que o nosso eu iluminado possa aparecer refletido neste espelho. Quanto mais polir, poderá ver manifestado nele o seu estado iluminado.

Então a sua vida refletirá este estado. Finalmente você verá esta beleza espelhada em todos os aspectos da sua existência. E naquele momento enquanto areava aquela leiteira suja de fuligem... lembrei-me desta metáfora.

Estava eu, ali, sem pressa, apenas lavando. Estar presente, no instante presente, requer consciência. E sua mente descansa neste período; sabia?

Cada esfregão equivale a um ato para que sua existência brilhe. Um ato focado, com consciência. Determinado. Até minha face aparecer na leiteira.

O pensar sobre a vida é assim, ele acontece nos momentos mais distraídos e simples.

Polir o espelho da existência demanda um esforço contínuo. Pois ele embaça novamente. Como a leiteira que novamente no fogo suja-se da fuligem. Como na vida precisamos renovar as nossas decisões todos os dias após passar pelo fogo dos desafios.

Deixe sua vida brilhando, refletindo o melhor de você!

Quando alguém lhe disser:

_ “ Vá caçar um tanque de roupa pra lavar! ”

Medite sobre o que acomete o seu próprio aborrecimento. Reflita como aproveitar cada momento, até esse de lavar a roupa, para abrilhantar a sua jornada!

Parece que a pessoa está desejando o seu mal, porém pode ser um alerta para ocupar a sua mente. Analisar a própria mente.

E o curioso, que no dia seguinte eu fui lavar roupa... E lá estava eu, também, por algum instante, gostando de lavar roupa! Mas que curioso!

Todavia, filosofando sobre algo tão simplório; do que eu estava gostando, na verdade, era da minha própria presença! Estava contemplando minha presença consciente de sua ação. Presente na ação!

E me vem à luz das ideias um filósofo brasileiro, Clóvis de Barros Filho, que diz adorar ouvir o que ele mesmo diz. Ele ama ouvir o que ele diz. Achei tão instigante, cômico! Não é soberba, é amor a própria natureza. Ao eu, a si, a sua existência! E se você tem, possui esse amor por si, tratará de arear a sua vida, lavar a sua vida, polir a sua vida, lustrar... para que ela reluza! Não permitirá, jamais, que a fuligem a consuma, ou que fique embaçada e você não se reconheça mais no decorrer dos anos. Ou que acumule manchas, enfeando a peça _ sua existência.

Se nesses momentos tão singelos consegue nutrir amor pela sua presença, acalmará os ânimos e renovará suas decisões. Ouvirá, também, a sua voz e gostará de ouvi-la.

A sensação de cara lavada, banho tomado, casa limpa, traga não apenas para o ambiente físico; traga para o seu ser!

“Agora sim, sinto-me iluminado! ”

“ Estou brilhando! ”

“ Estou tinindo! ”

“ Agora ninguém me segura! ”

“Hoje tô que tô!” 

Publicação autorizada.










NEGLIGÊNCIA COLETIVA

 


Ludomania, as eleições no Brasil nosso de cada dia

No último dia vinte e oito deste mês de junho, completei mais um ano de vida, mais uma translação...É natural que em momentos assim façamos diversas reflexões, estatisticamente me falta cumprir mais um terço ou talvez o último quarto da vida e isso contribui com um clima que faz pensar sobre tudo que ainda pode existir.

Naquilo que somos mais férteis, criar expectativas, eu também tinha e tenho um bom punhado delas, mas vou me ater aquelas que são comuns aos meus contemporâneos, vivi boa parte da última ditadura militar sem consciência dos efeitos que ela produziu na vida política do país, com 30 anos participei da primeira eleição direta para presidente da república, de lá para cá não tivemos a consolidação de uma tradição partidária com uma ideologia definida, capaz de agregar, arrebanhar jovens ou adultos de uma maneira a que não precisássemos de “salvadores da pátria”.

O Brasil continua sedento de heróis e líderes carismáticos, por quê?

Naturalmente por que nossa educação não é prioridade para os governos, por nossa vocação paternalista que acha que “alguém” é responsável por nós, por que é muito mais fácil e cômodo esperar que “alguém” brilhante se incumba de nos representar sendo “brasileiro com muito orgulho e muito amor” e muitas outras explicações são possíveis, não sou capaz de enumerar tantas assim.

Há algo, no entanto que pode explicar a muitas questões que se envolvem e se interligam e determinam nossas vidas: A Política

Quando falo ou mesmo penso sobre a política brasileira, a impressão que eu tenho é que entramos num círculo vicioso, não gostamos e não praticamos política por causa dos maus políticos e os maus políticos se revezam e se perpetuam porque não gostamos e não praticamos política.

À par da qualificação dos atos e da postura do atual presidente o que vale muito a pena discutir é:  Quem o elegeu? O que de fato desconhecíamos do perfil deste senhor que esteve por décadas atuando na vida pública?

Não é difícil perceber que muitos dos eleitores encaram a eleição como uma escolha de sabor da pizza ou um páreo de turfe, onde se aposta naquele cavalo e naquele jóquei porque ambos têm maior chance de ganhar, só que numa eleição apostamos nosso futuro, nossa imagem e agora por conta da pandemia, apostamos nossas vidas.

A eleição de Jair Messias Bolsonaro foi para muitos não uma escolha por um candidato que parecia ter um perfil adequado, um plano de governo bem elaborado e convincente, foi uma negação a continuidade da gestão do Partido dos Trabalhadores.

Apostando ou fazendo escolhas por falta de opção ou na verdade por não reconhecer opções, acabamos por cometer uma grande e irresponsável negligência.

Talvez o luto deste mais de meio milhão de pessoas e de um número inestimável de sequelas nos ajude a repensar nossa postura como cidadãos responsáveis, não por um país que gostamos de exibir como um cartão postal, mas sim por nós mesmos e por nossas famílias.

Antônio Carlos Machado

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