terça-feira, 15 de março de 2022

A SAGA DOS SUMÉRIOS.

A Saga dos Sumérios - Temporada II - Episódio II - Os Planos de Enlil 


Ninmah anuncia aos irmãos que trouxera o alivio para as enfermidades daqueles que haviam chegado à Terra primeiramente trazidos por Enki e logo depois por Enlil. De uma pequena bolsa, a deusa da cura, retira um punhado de sementes e pede aos irmãos que indiquem um local para que tais sementes sejam plantadas. Observa que as sementes para germinarem e crescerem rapidamente devem contar com um lugar fresco, com razoável incidência do Sol e água fresca.

Os planos de Enlil.

Antes que Enki esboçasse qualquer ajuda a sua irmã, Enlil apressadamente convida Ninmah para entrar em sua nave dizendo: “... Irei mostrar-lhe um local perfeito para isso! É onde se construiu o lugar de aterrissagem, onde construí uma morada de madeira de cedro!...”. As intenções de Enlil eram outras bem diferentes de mostrar o local onde as sementes deveriam ser plantadas, como veremos a seguir.

A nave rasga o céu em direção as montanhas cobertas de neve, onde em torno, um bosque de imensas arvores de cedro circundava (território do atual Líbano). Enquanto a nave aterrissa na plataforma entre as montanhas geladas, irmão e irmã, observam a beleza daquelas montanhas. Na imensa plataforma de pedra, talhada de uma só rocha, a nave se acomoda suavemente. Dali seguiram até a morada de Enlil. Ninmah se deslumbra diante da morada toda construída com cedro utilizando arquitetura moderna lembrando as morados dos reis e príncipes do Planeta Vermelho de onde vieram.

Para um suntuoso aposento, Ninmah foi conduzida por Enlil. Estando estes acomodados confortavelmente, trocaram carícias e Enlil sussurra aos ouvidos de sua amada: “... Ó, minha irmã, minha amada!...”. A seguir, se entregam em ato sexual um ao outro. Porém, por motivos que os Sumérios não revelaram, Enlil evita derramar seu sêmen no útero de Ninmah. O fato é que Ninmah, Enlil e Enki viviam um triangulo amoroso que mais à frente irei abordar detalhadamente para que se tenha a noção das leis de matrimonio e sucessão promulgadas no Planeta Vermelho. Ninmah, após o ato sexual, transmite a Enlil notícias do filho do casal. Segundo ela, tratava-se de um jovem príncipe ávido por novas aventuras preparando-se para encontrar o pai, Enlil, na Terra. “... Se tu ficares aqui, que tragam Ninurta, nosso filho...”, diz Enlil a sua amada.

Enquanto, as chamadas naves celestiais (naves de grande porte) aterrissavam na plataforma de pedra denominada pelos Sumérios de Lugar de Aterrissagem, trazendo suas tripulações e naves espaciais que foram classificadas como naves de exploração de pequeno porte, utilizadas para a navegação pelos continentes da Terra, exploração e analise de solos e na condução de mão de obra e maquinário no dia a dia dos Annunakis. Os Chamados heróis, sob as ordens de comando de Enlil, preparam o solo indicado pelo mesmo, espalhando as sementes trazidas pela deusa da cura. Assim, via-se germinar tempo depois, os primeiros frutos do Planeta Vermelho em solo terrestre. Outros frutos mais viriam.A bordo de uma nave celestial, Enlil e Ninmah, retornam a Eridu, porém, enquanto sobrevoavam os territórios, Enlil expõe seus planos futuros para a Terra.

Enlil faz conhecer a Ninmah que havia desenhado um plano perpétuo e construções seriam edificadas onde classificou com o ‘para sempre”. Distante de Eridu, onde as terras secas começavam, ele construiu sua suntuosa morada aproveitando uma região de clima agradável (nas montanhas coberta de neve no território do atual Líbano) fugindo do forte calor da Mesopotâmia. Chamou a nova cidade que construiria de Laarsa onde concentraria seu quartel-general e todo seu comando. Enlil tinha planos para as margens do Rio Burannu (Denominação suméria para o rio Eufrates), o rio de águas profundas onde edificaria Lagash, Informa a Ninmah que havia traçado uma linha reta entre Laarsa e Lagash, a sessenta léguas de Laarsa, dentro da linha reta traçada nos planos de Enlil, seria erigida uma nova cidade que a abrigaria um moderno centro médico nos moldes de seu planeta e a morada de Ninmah. Enlil denomina a referida cidade com o nome Shurubak, a Cidade Refugio.  Mas, os planos de Enlil de tornar a região agradável e com moradas para todos, era só um embute para seus reais desejos. A intenção daquele “general” era tornar suas cidades em verdadeiras fortalezas como se soubesse dos problemas que a rivalidade e a disputa pela sucessão do trono do Planeta Vermelho lhe trariam inúmeros problemas e conflitos com a chegada de seus filhos e dos filhos de Enki.

Dentro da linha reta traçada nos planos de Enlil havia lugar para uma quarta cidade e talvez, a mais importante delas num plano militar. Tratava-se da cidade de Nibru-ki (Nibru- Lugar de Cruzamento, Ki - Terra) que literalmente significava “Lugar de Cruzamento da Terra”, nome dado por Enlil. E qual era a grande função de Nibru-ki? Nesta cidade se estabeleceria um certo “Enlace Céu-Terra” (descrição Suméria). E do que se trataria o chamado “Enlace Céu-Terra”? Um centro de controle das missões espaciais, controle das naves cargueiras entre a Terra e o Planeta Vermelho, controle de toda a região onde tais cidades foram edificadas e o chamado lar das Tabuletas dosDestinos (Denominação Suméria). As tais Tabuletas dos Destinos eram uma espécie de banco de dados que armazenava tudo sobre a estada dos Annunakis na Terra. Elas traziam informações de agricultura a área médica, de rios até mares, de terras férteis a terras ésteres, montanhas, vales, flora, fauna e muito mais. Porém, sua principal função armazenada referia-se sobre as rotas e os perigos das mesmas entre a Terra e o Planeta Vermelho no caminho celeste de ida e volta, além de conter dados astronômicos, astrológicos e uma infinidade de informações que dava aquele que as controlasse ou possuísse, o poder absoluto de comando na Terra. Essas tabuletas comandavam tudo, inclusive e principalmente, todas as missões espaciais.

“... Com Eridu, somarão cinco cidades, existirão para toda a eternidade!...”. Mas, algo mais existia nos planos de Enlil. Observando a tabuleta de cristal onde Enlil traçou seus planos, Ninmah descobre que há marcas com a palavra cidade denominando-as. Curiosa, indaga de Enlil o que seriam tais marcas. Enlil segrega a sua amada que, de acordo com seus planos, construiria uma cidade onde denominaria de “Lugar dos Carros (naves)” para que chegassem diretamente do Planeta Vermelho à Terra, contrariando as determinações de seu pai e Soberano de seu planeta Anu. O rei havia determinado que se construísse uma base em Lahmu (Marte), onde para essa base deveria ser transportado em pequenas naves o ouro da Terra e de lá, em naves de grande porte, para o Planeta Vermelho. Anu ainda determina que o comando de tal base seria de responsabilidade de Anzu, piloto particular do rei, um também militar de alta patente que não se entendia bem com Enlil. A construção de uma cidade para abrigar o chamado “Lugar dos Carros” ou naves, tiraria toda a importância da base em Marte para o transporte do ouro e a deixaria sem função no contexto geral de ocupação da Terra.

Ninmah carinhosamente argumenta com Enlil sobre seu plano da construção do Lugar dos Carros, após compreender o motivo do descontentamento de Enlil ante aos planos determinados por Anu para Lahmu (Marte) e diz: “... Meu irmão é magnífico seus planos para as cinco cidades... A criação de Shurubak, uma cidade de cura, como minha morada, ... É algo pelo qual estou agradecida... Além desse plano, não transgrida seu pai, não ofenda também seu irmão...”.

Enlil, não somente tinha intensão de desafiar seu pai como também seu irmão. Edificou o lugar dos carros e transformou tal lugar como zona proibida. Nesta chamada zona, pôs guardiões não humanos que rechaçavam qualquer um que se aproximasse. O Interessante neste relato Sumério é a referência a guardiões não humanos, porém, este é um assunto que será abordado em capítulos futuros.

Enquanto isso, em Abzu, os trabalhos pela exploração e retirada de ouro da terra, seguia com os maquinários projetados por Enki e construídos com a tecnologia de seu planeta natal. Enki seguia seus dias entre elaborar e orientar a exploração do rico minério e a construir moradas para sua equipe de exploradores e a sua própria. Abzu, um território africano, era rico em fauna e flora, não somente em minério de ouro. Poderosos rios atravessavam a região e em determinados pontos da floresta, alimentavam fabulosas quedas d’água, adornando com mais beleza um território deslumbrante. Nas margens de um dos rios, Enki construiu uma suntuosa morada, próximo ao local de exploração que este denominou de “Lugar da Profundidade. Ali, naquele belo local, Enki, instalou seu maquinário e criou uma cidade para dar suporte e descanso aos seus comandados. Assim nascia a primeira mina de ouro que se tem notícia na Terra, mais precisamente, em território africano.

No próximo episódio abordarei os relatos de Enki, Enlil e Ninmah sobre seus amores e matrimônios, das rivalidades entre seus filhos e as consequentes e catastróficas causas que trouxeram para a Terra. Uma história que nasceu devido a umtriângulo amoroso, alimentando a rivalidade entre os clãs (ou família) de Enki e Enlil... Não percam!

Fontes:

O Livro perdido de Enki, O 12º Planeta – Zecharia Sitchin

Deuses, Túmulos e Sábios – C.W. Ceran

Ramayana e Mahabharata – Willian Buck

A Bíblia Sagrada -  Tradução: João Ferreira de Almeida - SBB - 2ª Edição - 1998

RENATO GALVÃO

 

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