quarta-feira, 1 de junho de 2022

PROJETO FUNDO DO BAÚ

 


Revirando o baú

 
Que me perdoem os jovens de hoje, mas não existem músicas boas atualmente. Isto claro na minha opinião. Eu ainda ouço algumas músicas tocadas no rádio esporadicamente, em programas que reviram o baú musical. E me pergunto hoje em dia o que é música, e não consigo encontrar resposta cabível aos meus ouvidos.
Sei que já passei dos sessenta, que para muitos sou uma velha, mas no meu coração ainda me sinto jovem, ao ouvir meus discos: Beatles, Rolling Stones (anos 60,70), Bee Gees, Elton John, até Michael Jackson, que acredito nunca saem da moda. E no nosso País, o querido Roberto Carlos, Caetano Veloso e seus amigos Mutantes, Gal Costa, Elis Regina, Tim Maia, Chico Buarque e seus protestos, até Benito de Paula, Osvaldo Montenegro. E tantos outros que para mim faziam música de qualidade.
E os Festivais de música, que tinham verdadeiros duelos musicais. Atraiam milhares de jovens, que nos anos 60 eram considerados desviados, pelos mais velhos. E eu fui um deles. Não fui ao vivo e em cores aos festivais, mas acompanhava torcendo por algum artista que tocava ou cantava uma música, que me impressionava.
E as roupas eram um barato mora, segundo o Roberto Carlos. Usei e abusei das minis saias, calças bocas de sino. Roupas extravagantes como dos Novos baianos, e como era feliz. O que eu quero mostrar é a referência musical de ontem com atuais (músicas) apresentadas e cansativamente tocadas no rádio e tv.
Para falar a verdade, não compro um CD a uns dez ou quinze anos. A não ser que de algum artista faça uma releitura dos grandes sucessos do passado. Na minha modesta opinião, música tem de tocar a alma, o coração, tem de trazer uma mensagem positiva ou simplesmente contar uma história de amor, de perda, de solidão e tantos outros sentimentos que permeiam o ser humano.
Não quero ofender quem gosta dos atuais artistas, que seminus se contorcem e viram uma espécie de redemoinho que gira e gira, mas não deixa nada, nem um simples grão de sabedoria, de amor ou qualquer que seja a mensagem que queira passar. Já pedi perdão demasiado, gosto mesmo é de Elvis, Tim Maia, e do maluco Beleza |Raul Seixas. Sei que gosto é gosto, e cada um tem o seu, mas a humanidade atual deveria atentar, que rebolado e palavras chulas, não acrescentam em nada, e no futuro me pergunto como vão ser as músicas, e entristeço.

Ivete Rosa de Souza

Nascida em 1955 em Santo André, adoro ler e escrever, sou apaixonada por poesia, contos e  crônicas.
@iveterosades (Instagram)
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