Revirando o baú
Que me perdoem os jovens de
hoje, mas não existem músicas boas atualmente. Isto claro na minha opinião. Eu
ainda ouço algumas músicas tocadas no rádio esporadicamente, em programas que reviram
o baú musical. E me pergunto hoje em dia o que é música, e não consigo
encontrar resposta cabível aos meus ouvidos.
Sei que já passei dos
sessenta, que para muitos sou uma velha, mas no meu coração ainda me sinto
jovem, ao ouvir meus discos: Beatles, Rolling Stones (anos 60,70), Bee Gees,
Elton John, até Michael Jackson, que acredito nunca saem da moda. E no nosso País,
o querido Roberto Carlos, Caetano Veloso e seus amigos Mutantes, Gal Costa,
Elis Regina, Tim Maia, Chico Buarque e seus protestos, até Benito de Paula,
Osvaldo Montenegro. E tantos outros que para mim faziam música de qualidade.
E os Festivais de música, que
tinham verdadeiros duelos musicais. Atraiam milhares de jovens, que nos anos 60
eram considerados desviados, pelos mais velhos. E eu fui um deles. Não fui ao
vivo e em cores aos festivais, mas acompanhava torcendo por algum artista que
tocava ou cantava uma música, que me impressionava.
E as roupas eram um barato
mora, segundo o Roberto Carlos. Usei e abusei das minis saias, calças bocas de
sino. Roupas extravagantes como dos Novos baianos, e como era feliz. O que eu
quero mostrar é a referência musical de ontem com atuais (músicas) apresentadas
e cansativamente tocadas no rádio e tv.
Para falar a verdade, não
compro um CD a uns dez ou quinze anos. A não ser que de algum artista faça uma
releitura dos grandes sucessos do passado. Na minha modesta opinião, música tem
de tocar a alma, o coração, tem de trazer uma mensagem positiva ou simplesmente
contar uma história de amor, de perda, de solidão e tantos outros sentimentos
que permeiam o ser humano.
Não quero ofender quem gosta
dos atuais artistas, que seminus se contorcem e viram uma espécie de redemoinho
que gira e gira, mas não deixa nada, nem um simples grão de sabedoria, de amor
ou qualquer que seja a mensagem que queira passar. Já pedi perdão demasiado,
gosto mesmo é de Elvis, Tim Maia, e do maluco Beleza |Raul Seixas. Sei que
gosto é gosto, e cada um tem o seu, mas a humanidade atual deveria atentar, que
rebolado e palavras chulas, não acrescentam em nada, e no futuro me pergunto
como vão ser as músicas, e entristeço.
Ivete Rosa de Souza
@iveterosades (Instagram)
Facebook (Ivete Rosa de
Souza)
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