quinta-feira, 1 de abril de 2021
BATE PAPO.
GILBERTO TEIXEIRA, CARAFORRÓ E FEIRA DE SÃO CRISTÓVÃO. O QUE TEM EM COMUM?
Nascido em
Mossoró - Rio Grande do Norte - Gilberto
é cantor, autor, compositor, ambientalista, produtor cultural, estudou até o sétimo período de psicologia pela Universidade Federal da Paraíba, porém não se graduou, preferindo seguir com a música. Atualmente vive em solo
carioca, com idas e vindas à cidade de Teresópolis, segundo ele. E quando
perguntado há quanto tempo a cultura entrou em sua vida, ele diz: “Olha, desde
sempre”. E em 75 anos da existência da Feira de São Cristóvão, Gilberto há pelo
menos 20 canta com sua banda...
Batemos um papo
muito agradável e cheio de conteúdo através da internet com Gilberto, onde
abordamos assuntos culturais, sua vida e obra, personagens, projetos, ecologia,
militância e principalmente a vida dos artistas nesse período de pandemia.
O Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas - popularmente conhecido como Feira de São Cristóvão, localizada no Rio de Janeiro, no bairro de mesmo nome- já é famoso por todos. Mas e seus coadjuvantes? Ou melhor, mas e seus atores principais? Aqueles que fazem tudo lá dentro acontecer?
É aí que Gilberto Teixeira - nosso entrevistado do mês de Abril - entra em cena.
Tem larga experiência na área de música, produção cultural e jornalismo no Estado do Rio de Janeiro, onde fez dezenas de shows nos teatros João Caetano, Nelson Rodrigues, Rival, Canecão, João do Vale e Jackson do Pandeiro/Feira de São Cristóvão, Ballroom, Centro Cultural Suassuna, Casa França Brasil, Fundição Progresso, Mourisco, Asa Branca, Rio Sampa, BNDES, Lona Cultural Gilberto Gil, Circo Voador e vários teatros do SESC. Criou e editou os Jornais SOS TERRA/Ecologia, criou e ainda edita o Jornal da Feira de tradições nordestinas/Feira de São Cristóvão.
Quando migrou de João Pessoa, capital da Paraíba para o estado do Rio de Janeiro, iniciou as atividades musicais. Em Teresópolis trabalhou suas primeiras composições e foi também coordenador cultural, agregando ao movimento musical ingredientes da cultura tradicional do Nordeste. Entre as duas cidades, Rio de Janeiro e Teresópolis, produziu os primeiros espetáculos mostrando a sua forma peculiar de interpretar cancioneiros nordestinos, assim como as suas próprias composições. Teatros, praças e movimentos ecológicos foram suas platéias preferidas. Além de engajar-se no movimento cultural-musical, Gilberto Teixeira militou entre os principais ambientalistas na defesa do meio ambiente, inclusive na fundação da APEDEMA/RJ (Assembléia Permanente de Defesa do Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro) e integrou a coordenação do Fórum Global, entidade que coordenou a ECO-92.
" Em Teresópolis criamos o Sistema Municipal de Política Ambiental, através da Coordenadoria de Meio Ambiente, incluindo Conselho e Fundo de Meio Ambiente. Isso rolou no governo de Luiz Barbosa. Durante a gestão efetivamos os projetos Educação Ambiental; SOS Lixo/programa Secos & Molhados; Patrulha Verde; Linha Verde/156; reforma do Parque Nacional da Serra dos Órgãos e a criação da ONG Sociedade dos Amigos do PARNASO/tudo em parceria com a administração do PARNASO."
Veja abaixo seus principais trabalhos
Caraforró/personagem de representação musical nordestina.
Instituto Cultural da Feira de Tradições Nordestinas do Campo de São Cristóvão/RJ.
Objetivos do Instituto Cultural da Feira - ICFSCO Instituto Cultural da Feira/ICFSC, enquanto instituição civil sociocultural tem como finalidades e objetivos principais:
Estimular e desenvolver o pleno exercício da cidadania através da educação sociocultural para melhorar a qualidade de vida da categoria e da população da Feira de São Cristóvão;
Estudar, pesquisar e divulgar as causas dos problemas culturais e as possíveis soluções visando o desenvolvimento das atividades da categoria;
Promover a assistência social beneficente da categoria e a sua cidadania, como saúde e educação;
Difundir atividades educativas, culturais e científicas realizando pesquisas, conferências, seminários, cursos, treinamentos, editando publicações, vídeos, CDs, DVDs, Processamento de Dados, assessoria técnica nos campos educacional e sócio-cultural, bem como comercialização de publicações como, vídeos, CDs, DVDs, serviços e assessoria, programas de informática, camisetas, adesivos, materiais destinados à divulgação e informação sobre os objetivos do Instituto Cultural da Feira, desde que o produto desta comercialização reverta integralmente para a realização desses objetivos;
Estimular a parceria, o diálogo local e solidariedade entre os diferentes segmentos sociais, participando junto a outras entidades de atividades que visem interesses comuns.
Jornal da Feira de Tradições Nordestinas do Campo de São Cristóvão/RJ. - Responsável pelo resgate e registro da FSC. Simplesmente: Jornal da Feira.
ETSEDRON/anagrama de NORDESTE.
Maestro de algumas temporadas marcantes na Feira nordestina do Rio, o intérprete e performático Caraforró mostra um novo show/temático e exclusivo, prova por que a história e os personagens da tradicional Feira nordestina carioca fazem parte da cultura da Cidade Maravilhosa. A Feira carioca faz questão de preservar a diversidade regional porque tem a consciência dessa riqueza e da simbiose entre o reduto e a região mãe. O autor, Gilberto Teixeira, resgata e registra em cinco livros/CDs, através de textos e músicas quase tudo do lugar. Caraforró mostra e interpreta o Nordeste e a Feira nordestina do Rio, num só espetáculo.
programa que fomenta a consciência Sustentável/Humanitária, estimulando novas ações e posturas ecológicas através de vídeos curtos, enfatizando temas específicos do relacionamento diário do ser humano com a vida, seu ambiente e a natureza em geral.
Os organizadores convidaram artistas/compositores para compor e gravar vinhetas musicais de fomento sustentável/humanitária. O projeto pretende contribuir na formação de um possível Humano Novo. Serão produzidos vídeos curtos, no máximo de um minuto, com música inédita. Os vídeos abordarão questões do nosso relacionamento diário, de forma errada como seres humanos envolvendo água, energia, lixo, animais, rios, florestas, transporte, esgoto, mulher, índio, negro e sugerindo, é claro, nova postura e relacionamento humanitário/sustentável.
Teaser Covardia de Gilberto Teixeira
QUEM FOI MARIO BALDI?
Concluiu o ginásio em 1914, curso no qual se interessa por História, Geografia e Etnologia, temas que marcariam sua carreira fotográfica no futuro.
Durante a primeira guerra mundial (1914-1918), começou com a prática da fotografia lutando nas fileiras da liga Áustro-Húngara, produzindo imagens das regiões russas e turcas. Em março de 1921, desembarcou no porto do Rio de Janeiro.
Entre 1921 e 1924, começou sua trajetória fotográfica no Brasil, como fotógrafo itinerante, percorreu cidades do estado do Rio de Janeiro. Durante esse período escreveu matérias jornalísticas para o jornal Austríaco Salzburger Volksblatt sobre sua passagem pela região serrana do estado.
Baldi trabalhou como secretário e fotógrafo particular do príncipe D. Pedro de Orleans e Bragança, neto de Pedro II na casa imperial em Petrópolis, o acompanhando em viagens por todo o Brasil. Em 1928 retornou a Europa com D. Pedro, realizando palestras ilustradas sobre sua experiência no Brasil.
Visitou o norte da África em 1932, em uma expedição do Museu de História Natural de Salzburg produzindo uma série de fotografias sobre as regiões colonizadas pela Itália. Em 1934 Mario Baldi passa a viver definitivamente no Brasil, e em 1938 é contratato para o corpo jornalístico do jornal A Noite, no Rio de Janeiro. No mesmo ano cobriu as filmagens da cineasta Doralice Avellar entre os índios Carajá.
No ano de 1947, Baldi e sua esposa Emmy, com quem havia se casado em sua última passagem pela Europa, mudaram-se para Teresópolis. Na residência do casal, funcionava uma pensão que Emmy administrava, Baldi montou seu laboratório e passou também a prestar serviços fotográficos à sociedade teresopolitana, fotografando formaturas e eventos políticos. Participou dos festivais culturais da Pro-Arte como fotógrafo e professor de fotografia.
Publicou seu livro "Uoni-Uoni conta sua história" em 1950, uma obra que conta algumas experiências do autor junto aos índios Carajá, com uma versão alemã de 1952, 'Uoni-Uoni" é uma composição de texto e imagem narrada por uma criança indígena.
Nos anos 50 havia deixado o jornal A Noite e se transferido para os Diários Associados, porém permaneceu ali por pouco tempo, continuou a publicar seus materiais em revistas como Manchete e outras europeias com as quais ainda mantinha contato. Em 1955, casou-se pela segunda vez com a holandesa Ruth Yvonne Fimmen. Em 1956 fez a fotografia do filme Il Segreto della Sierra Dourada, do diretor italiano Pino Belli, que se passa entre índios brasileiros.
Campo de atuação:
Fotografia etnográfica
AUTOR DO MÊS!
MINHA TERRA
“Meu Nordeste, terra amada
Tem belezas naturais
Tem poesia, cor e calor
Tem cultura e muito mais.
Seja homem, mulher ou menino
Se tratando de ser nordestino
Tem garra e sangue na veia,
Alegria semeia.
Dentro ou fora da região mais quente do país.
O nordestino é alegria de viver
E simplesmente ser feliz”.
(Miriam Merci)
_____X_____
PINTANDO O QUE AMO.
“Oh meu Nordeste
Alguém te cantou
Eu sempre cantando e te pintando estou
Muito te prezo e te quero
Porque és meu torrão amado
Vejo e sinto os teus mistérios
Ninguém sabe ou pode decifrá-los.
Porque tua beleza é tanta e sem par.
E a todos encanta
O meu Nordeste encantado”.
(Miriam Merci)
_______X________
MULHER NORDESTINA
Tem beleza, tem anseios
Tem fé e ousadia
Tenho pressa companheiro
Tem seca e fome todo dia.
Sua força que irradia de Madalena a Maria.
Inventa a felicidade quando deseja e quer.
Sabes bem que tenho nome
Meu nome é Mulher.
Mãe de Maria, Jesus, João ou José.
Mãe daquele nordestino que todos chamam Mané.
Que constrói uma metrópole com a força do coração.
Esperança, alma de criança e sem nenhuma ambição”.
(Miriam Merci)
Publicação autorizada.
Miriam Mercia Da Silva, nome artístico Miriam Merci, nasceu em Recife Pernambuco, cresceu em Fortaleza Ceará. Artista plástica, escritora, palestrante, artesã, mulher empreendedora, vencedora ouro MEI do Ceará, autora da coleção e do projeto cultura popular, que entrou em escolas públicas e particulares como paradidático em nove Estados brasileiros. Embaixadora da cultura popular do Nordeste, pela Associação internacional dos países da língua portuguesa Atlas Violeta - Porto - Portugal. Atualmente vive em Cesena Itália.
AGENDA CULTURAL
Já está disponível o tour virtual 360° pela exposição Chiharu Shiota - Linhas da Vida!
DIVULGAÇÃO!!
-
shirleipinheiro71@gmail.com Houve um tempo em que Teresópolis viveu o charme da estrada de ferro e suas locomotivas, em 1908 começou a circu...
-
Foto: Divulgação N ascido em 01/02/1960 na cidade de São Paulo/SP. Escreve contos, poemas e crônicas. Ilustrador de fanzines nos anos 90....
-
28 DE AGOSTO Subi o mais alto que pude, na vaga tentativa de respirar melhor. Ele veio comendo pelas beiradas e, aos poucos, foi exigind...