terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

NATÁLIA TAMARA

 


ENSINO REMOTO:

DESAFIOS E PERCEPÇÕES DOS PROFESSORES NO CENÁRIO EDUCACIONAL EM VIRTUDE DA PANDEMIA.

[1]  INTRODUÇÃO

 

O ano de 2020 será marcado na vida dos brasileiros e do mundo como um todo, fadado a entrar para historia universal em decorrência de um vírus respiratório chamado SARS-CoV-2, sigla oriunda do termo "severeacuterespiratorysyndromecoronavirus2" (síndrome respiratória aguda grave de coronavírus 2), responsável por provocar um quadro inflamatório conhecido como doença do coronavírus 2019 (COVID-19),nomeado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

      Notoriamente, o Brasil e o mundo, estão enfrentando grandes dificuldades em virtude da crise sanitária causada pelo COVID-19. Muitas são as formas de contaminação pelo vírus, que possui alta taxa de transmissão e um percentual assustador de letalidade. De acordo com Borba (2020), a pandemia do novo coronavírus tem ocasionado, em grande parte da população mundial, dentre elas a população brasileira, quadros de ansiedade, aflorado diversos tipos de sentimentos e comoções, independente da classe social ou cultural que o indivíduo pertença. O cenário advindo de uma pandemia é assustador e carrega consigo incertezas que preocupam as diversas áreas da sociedade. Além do estado de bem-estar e saúde física das populações e da capacidade de atendimento do sistema público de saúde, os discursos e estratégias em resposta ao caos ocasionado por uma situação pandêmica também estendem-se à educação.

       As principais medidas para evitar a disseminação do vírus são o uso de máscara, a higienização constante das mãos e dos materiais individuais, o distanciamento social e a quarentena.O distanciamento social e a quarentena têm impactado diretamente na vida de todos os brasileiros, especialmente na educação, causando o afastamento presencial de docentes e discentes.

      Unidades de ensino, tanto particular, quanto pública tiveram suas atividades presenciais suspensas, atingindo assim milhões de estudantes em todo país, tal acontecimento prejudica diretamente o ensino e a aprendizagem, sabe-se que a suspensão das aulas é medida essencial para se evitar a propagação da contaminação, considerando que as instituições de ensino é um ambiente natural de contato. Porém, diante a percepção coletiva das autoridades, gestores e professores que a educação não pode parar, há a necessidade da adaptação à nova rotina posta no cenário educacional, professores, alunos e toda comunidade escolar estão na tentativa de superar os desafios e dificuldades encontradas neste modelo denominado de aulas remotas.

Em virtude dos fatos relatados, houve a necessidade de normatização, a qual foi realizada pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) através da portaria nº 343 de 17 de março de 2020, para permitir a substituição das aulas presenciais nas instituições de ensino do país, por aulas que favoreçam os meios e as tecnologias de informação e comunicação.       Pode-se conceber este momento, como uma revolução na prática docente, o uso da tecnologia, uma vez vista como algo negativo, para o processo de ensino e aprendizado, hoje é visto com um novo olhar, não como um fim, mas como um meio positivo, pois é uma ferramenta que tem favorecido de forma precisa e eficaz no processo educacional.

Diante da inserção das tecnologias na educação é inegável a percepção de que o processo de reconfiguração das mídias para o âmbito escolar implica a apropriação de conhecimentos que se inserem em contextos reais de uso, pois “as tecnologias são pontes que abrem a sala de aula para o mundo, que representam e medeiam o nosso conhecimento do mundo” (MORAN, 2007, p.164). O professor Albano Goés de Souza, Doutor em Educação e Especialista em Educação e Tecnologias, frisou em uma palestra ofertada na turma de Estágio Supervisionado, curso de Língua Portuguesa e Literatura, na Universidade do Estado da Bahia, que vivemos em um tempo que o aluno faz parte de um mundo globalizado, ou seja, o formato do aluno mudou; o estudante tem em sua vivência e experiências cotidianas que permeia o campo tecnológico.O discente atual adora controles remotos/joysticks, redes sociais,a nova geração esta imbuída no mundo das tecnologias digitais. Nesse sentindo é importante que a escola se reinvente e busque melhores formas de encaixar essas vivências, possibilitando que o alunoaprenda e absorva melhor o conteúdo. O professor precisa ser ativo, ter metodologias que engaje o aluno, e o ajude a pensar criticamente mediante esse contexto virtual o qual estamos inseridos. O professor Dr. Albano, ainda enfatiza que é notória a crescente utilização da informática na atual sociedade, e neste período pandêmico tem chamado também a atenção do setor educacional de forma mais expressiva. Desta forma, os professores precisam se adaptar para inserir na sala de aula as ferramentas das tecnologias de informação e comunicação (TIC), incluindo softwares educacionais e de uso geral.

Nesse contexto, esta pesquisa volta-se a dar vozes aos educadores através de entrevistas, na tentativa de compreender a visão destes sobre as dimensões do acesso ao ensino e às condições oferecidas pelas instituições. Ouvir os docentes é de extrema necessidade, principalmente referente o processo de capacitação para utilizarem essa ferramenta tecnológica, compreender suas dificuldades e relatar suas experiências mediante a aplicabilidade do novo modelo de aula. Importante destacar, que a qualificação do trabalho do professor e a relação ensino – aprendizagem já vinha sendo desenvolvida por muitas instituições de ensino, mas não nesse aspecto.

Portanto, a proposta do artigo em pauta justifica-se pela ação de ouvir esse importante profissional no intuito de obter informações que se transformem em conhecimento científico, a fim de contribuir para construção de uma sociedade igualitária. Como também, através da entrevista coletar dados, como subsídio para embasar discussões não meramente de cunho técnico e operacional, mas que aborde e considere os aspectos emocionais, levando em consideração que estes profissionais estão atravessando, me meio a essa pandemia, uma mudança brusca tanto na vida pessoal, quanto ao seu modelo adaptável de ensino.

 

2.      MÉTODO -ANÁLISE DE DADOS E OS SUJEITOS DA PESQUISA

 

O presente estudo consiste em uma revisão bibliográfica sistematizada, realizada através de pesquisas de artigos científicos, além de relatar dados científicos apontados pela Organização Mundial da Saúde, diante a calamidade de ordem sanitária que é o alastramento do vírus SARS-CoV-2 que tomou proporção universal, desencadeando o isolamento social, que teve impacto direto no cenário educacional. A revisão sistematizada foi escolhida mediante autores e teóricos que permitem fazer uma organização e síntesedas ideias apresentadas que convergem com a perspectiva da temática abordada, facilitando assim a interpretação. Foram utilizadas as bases de dados: Google Academics, RI UFBA– Repositório Institucional da Universidade Federal da Bahia e o Scielo.

    Outa metodologia de caráter importante foram às entrevistas. Os sujeitos da pesquisa são docentes atuam na Educação Básica na rede estadual, municipal de ensino de Jacobina/BA. São professoras com 20 anos de profissão, uma com graduação em Língua Portuguesa e Educação Física, as outras duas com graduação em Língua Portuguesa. Profissionais com idade acima de 30 anos do sexo feminino. A fim de preservar as identidades dos integrantes da pesquisa,as docentes, alvos da entrevista, participantes neste artigo, serão identificadas da seguinte maneira: P01 a P03.

Considerando que a realização de uma pesquisa envolve muitos aspectos importantes como o tipo de pesquisa e o percurso metodológico seguido para alcançar os resultados, o trabalho apresentou parte de uma abordagem qualitativa.De acordo com Reis (2012, p.61): “a abordagem qualitativa está no modo como interpretamos e damos significados ao analisarmos os fenômenos abordados sem empregar métodos e técnicas estatísticas para obter resultados sobre o problema ou tema estudado”.

Na intenção de identificar as dificuldades, desafio no processo pedagógico de professores em relação às aulas remotas ofertadas pelas instituições públicas em relação ao ensino fundamental e médio foi adotado como instrumento de coleta de dados o uso de um questionário estruturado com nove questões.  O questionário foi entregue virtualmente a cada docente entrevistado, sendo devolvido para analise das respostas e conclusão da coleta de dados. 

 

 

3.      ENSINO E APRENDIZAGEM EM TEMPOS DE PANDEMIA

 

Há muito que o cenário educacional vem passando por transformações. Neste contexto pandêmico está posta uma nova realidade escolar, onde o distanciamento fisicamente entre docente e discente se faz necessário; estando conectadospor meio de um único recurso possível, a tecnologia.

A aprendizagem é um processo contínuo que ocorre durante toda a vida do sujeito, e se organiza em distintas formas, muitos teóricos da educação destacam inúmeros conceitos. Dentre eles podemos citar alguns, Piaget (1996) “aprendizagem se dá por assimilação”,Vigotsky (1989), “a aprendizagem passa por umprocesso de internalização de conceitos”, Skinner (1972) “o sujeito aprende quando produz modificações no ambiente”, Freire (1997) “aprendizagem se dá na realidade dos sujeitos, aprendem com suas vivências”.

        Sabe-se que o processo de construção de ensino e aprendizagem, se dá por meio da interação dos agentes educacionais que participam como protagonistas interagindo e produzindo saberes. Esse processo ocorre quando o ser humano capta novas informações, adquirindo também novos comportamentos e atitudes, provocando o desenvolvimento humano em todas as áreas da sua vida, inclusive na constituição de um desenvolvimento social e afetivo.

Ainda quanto ao processo de ensino-aprendizagem, Jean-Jaques Rousseau (1712-1778) gerou uma revolução pedagógica ao deslocar “o centro do processo de aprendizagem do docente e dos conteúdos para as necessidades e interesses dos educandos” (LIMA, 2016, p. 423).A ação de ensinar contempla uma compreensão que alcança mais que o espaço físico, o de conhecimento do professor (a), e das atividades realizadas pelos alunos (as). No entanto, todos os envolvidos nesse processo, docentes, discentes, e as instituições de ensino, deparam-se em contextos globais que interferem na relação, no caso do estudo em discussão, a nova metodologia proposta como medida emergencial pela pandemia para  continuidade da aprendizagem  se sobressai.

As propostas em debate no atual momento são de educação à distância, aulas remotas, plataformas de ensino entre outras e são muitas que vem a mobilizar as instituições de ensino em todas as instâncias. Suas propostas metodológicas de interação do professor com o aluno, nomeadas de chats, fóruns, salas de tarefas e uma infinidade de ferramentas disponíveis na qual os envolvidos não dominam sua utilização, o que nos traz ao embate se somos seres tecnológicos, porém, não dominamos tais tecnologias e suas metodologias. Desse modo, recorremos a Munhoz, que nos remete a reflexões, quando cita:

 

As mudanças exigidas no perfil de um novo profissional são presentes e deixam muitos professores insones na procura de como ensinar em um mundo com tantas mudanças. Elas não param de acontecer a uma velocidade de que não permite que o acompanhamento seja generalista. (MUNHOZ, 2018, p. 34).

 

 

 

       Estamos enfrentando drásticas mudanças em nossos hábitos mais comuns, tais acontecimentos tem gerado muitas discussões e divergências quanto ao isolamento social e aimpossibilidade de frequentar espaços de socialização, como é o do ensino/aprendizagem. De acordo com Vera, Zúñiga e Bernal (2013, p. 1), o fato de a virtualização da educação estar tomando atualmente um interesse geral importante, dada a dinâmica social e didática educacional que representam a este respeito uma consequência positiva da evolução tecnológica.

A experiência de aprendizagem neste modelo remoto envolve as instituições de ensino, equipes pedagógicas, docentes e discentes, todos vivenciando algo novo e de forma repentina. Neste sentido, Franco (2015, p. 603) considera que as relações entre professor, aluno, currículo e escola são relações que impõem uma convivência, tensional e contraditória, entre o sujeito que aprende e o professor que se organiza e prepara as condições para ensinar. Necessário fresar sobre esse aspecto a importância do docente dentro desse cenário, ou seja, a sua percepção diante do processo de ser e/ou sentir-se capacitado para essa moderna ferramenta na sua prática profissional.

         Neste cenário, os protagonistas que mediam essa relação ensino aprendizado “docentes” deparam-se com esse turbilhão de demandas a serem atendidas, além da conjuntura de normas a serem protocoladas e atendidas pela sua respectiva Secretaria de Educação, todo processo de demandas pedagógicas, este profissional tem que se capacitar para o domínio da nova ferramenta, aperfeiçoar e/ou rever seus planejamentos de aula, face à nova metodologia proposta pelas instituições.

 

4.      RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

A pandemia da Covid-19trouxe uma ressignificação para a educação, nunca antes imaginada. Os impactos ocasionados na sociedade são de variadas ordens, que vão desde à economia do país, passando por questões sociais, culturais, históricas de uma nação. A dor causada pela perda de pessoas, o afastamento, o isolamento social, causaram uma desestruturação no sistema regular e presencial de ensino.

      Atualmente vivemos em uma verdadeira revolução digital, ainda que no passado as tecnologias não fossem tão valorizadas, porém, devido a tantas mudanças, passa a receber um novo olhar, devido permitir a comunicação de modo prático, além das várias outras possibilidades, passando hoje a serem atividades corriqueiras, pois torna mais prático e confortável o processo de execução das nossas atividades diárias. E esse novo olhar foi também percebido por educadores e pela escola, pela convivência e aprendizagem a partir da troca de conhecimentos que é possível a partir deste processo de inter-relação.

Após a análise dos dados oriundos da aplicação do questionário, foi observado que as três docentes compartilham da mesma insatisfação quando questionadas sobre como a rede e a escola se organizaram para este momento pandêmico. As docentes enfatizam que infelizmente não houve ao longo dessa pandemia nenhuma organização sistematizada. A entrevistada P01, relata que houve uma iniciativa da rede estadual em tornar viável o ensino remoto, afirmando que é uma ação positiva, mesmo de forma tardia de certa forma, pois essa condição viável foi introduzida apenas em 2021, à mesma relata que no município, não há alinhamento em rede, e que percebe muito mais dificuldade em entender como melhor sistematizar o ensino remoto no ano contínuo. Outas repostas de convergência simultânea entre as profissionais da educação é em relação aos desafios que elas têm enfrentado neste momento de atividades remotas.

 Diante do contexto as professoras alegam que tudo é desafiador: desde a adaptação às novas ferramentas tecnológicas, quanto a ministrar aulas nesse modelo remoto. A docente P03 expõe que o impacto nas estratégias de ensino da língua portuguesa, foi considerado grande. Tudo precisou ser replanejado, e que não está sendo fácil adaptar.A docente P02, diz que a crise sanitária está trazendo uma revolução pedagógica para o ensino presencial, porém as dificuldades são inúmeras, principalmente no que tange a acessibilidade digital dos discentes, a professora frisa que é uma das maiores dificuldades neste novo modelo de ensino. A profissional P01 relata que apesar das suas aulas serem produtivas, dinâmicas e significativas, a maior dificuldade esbarra no engessamento da Secretaria, na ausência de um plano de ação que garanta o acesso ao ensino remoto (conectividade, por exemplo). A professora diz que tem sido uma experiência cansativa, estressante, porém, um aprendizado significativo.

Apesar do desenvolvimento e expansão das tecnologias da informação e comunicação percebe-se ainda que poucos têm acesso à internet e as suas tecnologias, ocasionando desigualdades na medida em que apenas alguns são beneficiados e outros ficam distanciados do progresso (FELIZOLA, 2011).

Diante da inserção das tecnologias na educação é inegável a percepção de que o processo de reconfiguração das mídias para o âmbito escolar implica a apropriação de conhecimentos que se inserem em contextos reais de uso, pois “as tecnologias são pontes que abrem a sala de aula para o mundo, que representam e medeiam o nosso conhecimento do mundo” (MORAN, 2007, p.164). De acordo com a citação, a profissional P01 elucida que espera que, percebida a fragilidade da escola pública, quer seja com relação ao espaço físico, quer seja com relação à formação docente frente às tecnologias e adoção de estratégias metodológicas (como as metodologias ativas), sejam investidos recursos e políticas que criem condições para que a instituições de ensino, ofertem uma educação de melhor qualidade, acessível e com equidade; possibilitando para os profissionais, capacitação para que esta oferta seja de excelência.

        Foram relatadas pelos professores diversas metodologias e maneiras de lidar com a atual situação, dentre elas, o uso de vídeo conferências, aulas expositivas através de plataformas online, produção de vídeo aulas curtas, ou por meio de grupos do WhatsApp, tendo como principal recurso tecnológico o celular e o notebook. Assim como a disponibilização de apostilas eletrônicas por meio do Google Classroom, atividades impressas para os discentes que não possuem acesso aos recursos tecnológicos docentes.

O contato com as novas tecnologias – para a Educação Básica presencial emergencial – causou um lugar de entrecruzamento, de intersecção, denominado por Bhabha (2010) como o “lugar fronteiriço”. A fronteira é composta de valores e costumes de um lugar como os do outro, ou seja, é no lugar fronteiriço que ocorrem os encontros com o estranho, o desconhecido, proporcionando a experiência do “além-limite”.

       De um modo geral, essas experiências além do limite têm angustiado muito os docentes, pois este profissional por sua vez, é a figura central na mediação deste processo. Com o novo cenário, o estranhamento foi notório, para alguns o momento foi mais complicado. Porém, mesmo diante de tantos problemas que foram e precisam ser superados, sabemos que ser professor trás o desafio, o prazer de ensinar, e de transformar vidas.

Observa-se que a responsabilidade de educar, hoje, recai tão somente sobre a escola, especialmente sobre a figura do professor. Contudo, o ato de educar compete a todas as instituições sociais comprometidas com o desenvolvimento do país. Principalmente a família – uma das instituições mais antigas – deve ter sua coparticipação junto à escola, uma vez que é ela que compete a transmissão de valores morais. Essa parceria deve visar à formação do educando, a fim de que este exerça sua autonomia e liberdade frente as suas atividades no contexto escolar e no seu convívio em sociedade. Dessa forma, falar do papel do professor no processo ensino/aprendizagem é fundamental, pois o professor é consciente de como é importante sua atuação na formação de pensadores.

 

5.      CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Diante dos resultados obtidos é perceptível que o atual momento em que vive a educação, bem como outras áreas da sociedadeé desafiador diante da conjuntura atual que estamos vivenciando. O presente artigo suscitou discussões sobre o Ensino Remoto, modelo atual de ensino mediante o momento pandêmico que estamos a atravessar. O presente trabalho configurou uma representação do olhar do professor sobre a prática pedagógica incluindo as ferramentas tecnológicas e o distanciamento social.

     A pesquisa de cunho qualitativo evidencia a realidade do professor, os desafios, problemas e percepções dos docentes que estão sobrecarregados diante desta modalidade de ensino. As novas formas de transmitir o conhecimento e os conteúdos são ofertados nas diversas plataformas digitais online, na qual as aulas acontecem de forma remota através do modelo síncrono (em tempo real) ou assíncrono (não é em tempo real), tem proclamado diversas discussões e divergências entre os profissionais da educação, porém é certo, que a grande maioria estão de comum acordo no que diz respeito ao processo de capacitação dos educandos, bem como o investimento através de politicas publicas, para que as instituições possam oferecer ao educadores melhores possibilidades de ofertar uma educação de melhor qualidade para os educandos. Necessário pontuar a importância do dialogo diretivo com os pais ou responsáveis dos alunos a fim de orientá-los quanto as suas responsabilidades.

É relevante dizer que faz-se necessário repensar e discutir, baseado nessa perspectiva, a influência da tecnologia no contexto educacional e fomentar novos parâmetros que viabilizem o acesso a esses recursos e os adaptem a realidade da comunidade escolar.

 

  REFERÊNCIAS

    ·         BHABHA, Homi K. O Local da Cultura.5ª reimpressão. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2010;

·         BORBA, R. C. N.; TEIXEIRA, P. P.; FERNANDES, K. O. B.; BERTAGNA, M.; VALENÇA, C. R.; SOUZA, L. H. P.Percepções docentes e práticas de ensino de Ciências e Biologia na pandemia: Disponível em:https://en.unesco.org/themes/inclusion-in-education/ Acesso em: 21 de jun.2021;

·         BRASIL. Presidência da República. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei das Diretrizes e Bases da Educação. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional;

·         FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997;

·         FREIRE, Paulo. Educação e Mudança.6. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1983. p.27-41;

·         LIMA, Valéria Vernaschi. Espiral construtivista: uma metodologia ativa de ensinoaprendizagem. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, v. 21, p. 421-434, 2016;

·         MORAN, José. Um conceito-chave para a educação, hoje. In: BACICH, Lilian. TANZI NETO, Adolfo. TREVISANI, Fernando de Mello. Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015. p. 27-45;

·         MUNHOZ, Antônio Siemsen. Aprendizagem baseada em problemas. São Paulo: CENGAGE, 2018;

·         ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. TedrosAdhanomGhebreyesus. Disponível em:https://twitter.com/DrTedros. Acesso em: 20 junh. 2021;

·         PIAGET, J. Biologia e conhecimento. Petrópolis: Vozes, 1996;

·         SKINNER, B. F. Tecnologia do ensino. São Paulo: Ed. Herder: Ed. da USP, 1972;

·         VERA, Alexander; ZÚÑIGA, Nathan; BERNAL, Álvaro. Herramientaen línea para laprogramación y depuración remota de funciones lógicas digitales.Ingeniería y Competitividad, [S. l.], v. 15, n. 1, pág. 79-91, 2013. Disponível em: http://www.scielo.org.co/pdf/inco/v15n1/v15n1a08.pdf. Acesso em: 19 jun. 2021;

·         VIGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

 

 

 Natália Tamara Cerqueira da Silva, Graduanda em Letras/Literaturas (UNEB). Técnica em Segurança do Trabalho (FIESC-SENAI), Técnica em Administração e Eventos (IFSC). Ativista cultural. Roteirista. Membro de algumas Arcádias Literárias. Organizadora e Coautora de Coletâneas/Antologias.Fundadora do Grupo de teatro Cultura em Movimento. Membro do Grupo de Pesquisa em Linguagem, Estudos Culturais e Formação do/a Leitor/a - (LEFOR). Coordenadora do projeto Bardos Baianos – Território Sisal e Coautora no território Piemonte da Diamantina.  Detentora de alguns títulos, e prêmios literários. Atuou como Coordenadora de Cultura da Cidade de Saúde/BA.

Publicação autorizada.

 




 

Nenhum comentário:

Postar um comentário