ENSINO REMOTO:
DESAFIOS E PERCEPÇÕES DOS PROFESSORES NO CENÁRIO EDUCACIONAL EM VIRTUDE DA PANDEMIA.
[1] INTRODUÇÃO
O ano de 2020 será marcado na vida dos
brasileiros e do mundo como um todo, fadado a entrar para historia universal em
decorrência de um vírus respiratório chamado SARS-CoV-2, sigla oriunda do termo
"severeacuterespiratorysyndromecoronavirus2" (síndrome respiratória
aguda grave de coronavírus 2), responsável por provocar um quadro inflamatório
conhecido como doença do coronavírus 2019 (COVID-19),nomeado pela Organização
Mundial da Saúde (OMS).
Notoriamente, o Brasil e o mundo, estão enfrentando grandes dificuldades
em virtude da crise sanitária causada pelo COVID-19. Muitas são as formas de
contaminação pelo vírus, que possui alta taxa de transmissão e um percentual
assustador de letalidade. De acordo com Borba (2020), a pandemia do novo
coronavírus tem ocasionado, em grande parte da população mundial, dentre elas a
população brasileira, quadros de ansiedade, aflorado diversos tipos de
sentimentos e comoções, independente da classe social ou cultural que o
indivíduo pertença. O cenário advindo de uma pandemia é assustador e carrega
consigo incertezas que preocupam as diversas áreas da sociedade. Além do estado
de bem-estar e saúde física das populações e da capacidade de atendimento do
sistema público de saúde, os discursos e estratégias em resposta ao caos
ocasionado por uma situação pandêmica também estendem-se à educação.
As principais medidas para evitar a disseminação do vírus são o uso de
máscara, a higienização constante das mãos e dos materiais individuais, o
distanciamento social e a quarentena.O distanciamento social e a quarentena têm
impactado diretamente na vida de todos os brasileiros, especialmente na educação,
causando o afastamento presencial de docentes e discentes.
Unidades de ensino, tanto particular, quanto pública tiveram suas
atividades presenciais suspensas, atingindo assim milhões de estudantes em todo
país, tal acontecimento prejudica diretamente o ensino e a aprendizagem,
sabe-se que a suspensão das aulas é medida essencial para se evitar a
propagação da contaminação, considerando que as instituições de ensino é um
ambiente natural de contato. Porém, diante a percepção coletiva das autoridades,
gestores e professores que a educação não pode parar, há a necessidade da
adaptação à nova rotina posta no cenário educacional, professores, alunos e
toda comunidade escolar estão na tentativa de superar os desafios e
dificuldades encontradas neste modelo denominado de aulas remotas.
Em virtude dos fatos relatados, houve a
necessidade de normatização, a qual foi realizada pelo Ministério da Educação e
Cultura (MEC) através da portaria nº 343 de 17 de março de 2020, para permitir
a substituição das aulas presenciais nas instituições de ensino do país, por
aulas que favoreçam os meios e as tecnologias de informação e comunicação. Pode-se conceber este momento, como uma
revolução na prática docente, o uso da tecnologia, uma vez vista como algo negativo,
para o processo de ensino e aprendizado, hoje é visto com um novo olhar, não
como um fim, mas como um meio positivo, pois é uma ferramenta que tem
favorecido de forma precisa e eficaz no processo educacional.
Diante da inserção das tecnologias na educação
é inegável a percepção de que o processo de reconfiguração das mídias para o
âmbito escolar implica a apropriação de conhecimentos que se inserem em
contextos reais de uso, pois “as tecnologias são pontes que abrem a sala de
aula para o mundo, que representam e medeiam o nosso conhecimento do mundo”
(MORAN, 2007, p.164). O professor Albano Goés de Souza, Doutor em Educação e
Especialista em Educação e Tecnologias, frisou em uma palestra ofertada na
turma de Estágio Supervisionado, curso de Língua Portuguesa e Literatura, na
Universidade do Estado da Bahia, que vivemos em um tempo que o aluno faz parte
de um mundo globalizado, ou seja, o formato do aluno mudou; o estudante tem em
sua vivência e experiências cotidianas que permeia o campo tecnológico.O
discente atual adora controles remotos/joysticks, redes sociais,a nova geração
esta imbuída no mundo das tecnologias digitais. Nesse sentindo é importante que
a escola se reinvente e busque melhores formas de encaixar essas vivências,
possibilitando que o alunoaprenda e absorva melhor o conteúdo. O professor
precisa ser ativo, ter metodologias que engaje o aluno, e o ajude a pensar
criticamente mediante esse contexto virtual o qual estamos inseridos. O
professor Dr. Albano, ainda enfatiza que é notória a crescente utilização da
informática na atual sociedade, e neste período pandêmico tem chamado também a
atenção do setor educacional de forma mais expressiva. Desta forma, os
professores precisam se adaptar para inserir na sala de aula as ferramentas das
tecnologias de informação e comunicação (TIC), incluindo softwares educacionais
e de uso geral.
Nesse contexto, esta pesquisa volta-se a dar
vozes aos educadores através de entrevistas, na tentativa de compreender a
visão destes sobre as dimensões do acesso ao ensino e às condições oferecidas
pelas instituições. Ouvir os docentes é de extrema necessidade, principalmente
referente o processo de capacitação para utilizarem essa ferramenta
tecnológica, compreender suas dificuldades e relatar suas experiências mediante
a aplicabilidade do novo modelo de aula. Importante destacar, que a
qualificação do trabalho do professor e a relação ensino – aprendizagem já
vinha sendo desenvolvida por muitas instituições de ensino, mas não nesse
aspecto.
Portanto, a proposta do artigo em pauta
justifica-se pela ação de ouvir esse importante profissional no intuito de
obter informações que se transformem em conhecimento científico, a fim de
contribuir para construção de uma sociedade igualitária. Como também, através
da entrevista coletar dados, como subsídio para embasar discussões não
meramente de cunho técnico e operacional, mas que aborde e considere os
aspectos emocionais, levando em consideração que estes profissionais estão
atravessando, me meio a essa pandemia, uma mudança brusca tanto na vida
pessoal, quanto ao seu modelo adaptável de ensino.
2.
MÉTODO -ANÁLISE DE DADOS E OS SUJEITOS DA
PESQUISA
O presente estudo consiste em uma revisão
bibliográfica sistematizada, realizada através de pesquisas de artigos
científicos, além de relatar dados científicos apontados pela Organização
Mundial da Saúde, diante a calamidade de ordem sanitária que é o alastramento
do vírus SARS-CoV-2 que tomou proporção universal, desencadeando o isolamento
social, que teve impacto direto no cenário educacional. A revisão sistematizada
foi escolhida mediante autores e teóricos que permitem fazer uma organização e
síntesedas ideias apresentadas que convergem com a perspectiva da temática
abordada, facilitando assim a interpretação. Foram utilizadas as bases de
dados: Google Academics, RI UFBA– Repositório Institucional da
Universidade Federal da Bahia e o Scielo.
Outa
metodologia de caráter importante foram às entrevistas. Os sujeitos da pesquisa
são docentes atuam na Educação Básica
na rede estadual, municipal de ensino de Jacobina/BA. São professoras com 20
anos de profissão, uma com graduação em Língua Portuguesa e Educação Física, as
outras duas com graduação em Língua Portuguesa. Profissionais com idade acima
de 30 anos do sexo feminino. A fim de preservar as identidades dos integrantes
da pesquisa,as docentes, alvos da entrevista, participantes neste artigo, serão
identificadas da seguinte maneira: P01 a P03.
Considerando que a realização de uma pesquisa
envolve muitos aspectos importantes como o tipo de pesquisa e o percurso
metodológico seguido para alcançar os resultados, o trabalho apresentou parte
de uma abordagem qualitativa.De acordo com Reis (2012, p.61): “a abordagem
qualitativa está no modo como interpretamos e damos significados ao analisarmos
os fenômenos abordados sem empregar métodos e técnicas estatísticas para obter
resultados sobre o problema ou tema estudado”.
Na intenção de identificar as dificuldades, desafio
no processo pedagógico de professores em relação às aulas remotas ofertadas
pelas instituições públicas em relação ao ensino fundamental e médio foi
adotado como instrumento de coleta de dados o uso de um questionário
estruturado com nove questões. O
questionário foi entregue virtualmente a cada docente entrevistado, sendo
devolvido para analise das respostas e conclusão da coleta de dados.
3.
ENSINO E APRENDIZAGEM EM TEMPOS DE PANDEMIA
Há muito que o cenário educacional vem
passando por transformações. Neste contexto pandêmico está posta uma nova
realidade escolar, onde o distanciamento fisicamente entre docente e discente
se faz necessário; estando conectadospor meio de um único recurso possível, a
tecnologia.
A aprendizagem é um processo contínuo que
ocorre durante toda a vida do sujeito, e se organiza em distintas formas,
muitos teóricos da educação destacam inúmeros conceitos. Dentre eles podemos
citar alguns, Piaget (1996) “aprendizagem se dá por assimilação”,Vigotsky
(1989), “a aprendizagem passa por umprocesso de internalização de conceitos”,
Skinner (1972) “o sujeito aprende quando produz modificações no ambiente”, Freire
(1997) “aprendizagem se dá na realidade dos sujeitos, aprendem com suas
vivências”.
Sabe-se que o processo de construção de ensino e aprendizagem, se dá por
meio da interação dos agentes educacionais que participam como protagonistas
interagindo e produzindo saberes. Esse processo ocorre quando o ser humano
capta novas informações, adquirindo também novos comportamentos e atitudes,
provocando o desenvolvimento humano em todas as áreas da sua vida, inclusive na
constituição de um desenvolvimento social e afetivo.
Ainda quanto ao processo de
ensino-aprendizagem, Jean-Jaques Rousseau (1712-1778) gerou uma revolução
pedagógica ao deslocar “o centro do processo de aprendizagem do docente e dos
conteúdos para as necessidades e interesses dos educandos” (LIMA, 2016, p. 423).A
ação de ensinar contempla uma compreensão que alcança mais que o espaço físico,
o de conhecimento do professor (a), e das atividades realizadas pelos alunos
(as). No entanto, todos os envolvidos nesse processo, docentes, discentes, e as
instituições de ensino, deparam-se em contextos globais que interferem na
relação, no caso do estudo em discussão, a nova metodologia proposta como
medida emergencial pela pandemia para
continuidade da aprendizagem se
sobressai.
As propostas em debate no atual momento são de
educação à distância, aulas remotas, plataformas de ensino entre outras e são
muitas que vem a mobilizar as instituições de ensino em todas as instâncias. Suas
propostas metodológicas de interação do professor com o aluno, nomeadas de
chats, fóruns, salas de tarefas e uma infinidade de ferramentas disponíveis na
qual os envolvidos não dominam sua utilização, o que nos traz ao embate se
somos seres tecnológicos, porém, não dominamos tais tecnologias e suas
metodologias. Desse modo, recorremos a Munhoz, que nos remete a reflexões,
quando cita:
As mudanças exigidas no perfil de um novo
profissional são presentes e deixam muitos professores insones na procura de
como ensinar em um mundo com tantas mudanças. Elas não param de acontecer a uma
velocidade de que não permite que o acompanhamento seja generalista. (MUNHOZ,
2018, p. 34).
Estamos enfrentando drásticas mudanças em nossos hábitos mais comuns,
tais acontecimentos tem gerado muitas discussões e divergências quanto ao
isolamento social e aimpossibilidade de frequentar espaços de socialização,
como é o do ensino/aprendizagem. De acordo com Vera, Zúñiga e Bernal (2013, p.
1), o fato de a virtualização da educação estar tomando atualmente um interesse
geral importante, dada a dinâmica social e didática educacional que representam
a este respeito uma consequência positiva da evolução tecnológica.
A experiência de aprendizagem neste modelo
remoto envolve as instituições de ensino, equipes pedagógicas, docentes e
discentes, todos vivenciando algo novo e de forma repentina. Neste sentido,
Franco (2015, p. 603) considera que as relações entre professor, aluno,
currículo e escola são relações que impõem uma convivência, tensional e
contraditória, entre o sujeito que aprende e o professor que se organiza e
prepara as condições para ensinar. Necessário fresar sobre esse aspecto a
importância do docente dentro desse cenário, ou seja, a sua percepção diante do
processo de ser e/ou sentir-se capacitado para essa moderna ferramenta na sua
prática profissional.
Neste cenário, os protagonistas que mediam essa relação ensino
aprendizado “docentes” deparam-se com esse turbilhão de demandas a serem
atendidas, além da conjuntura de normas a serem protocoladas e atendidas pela
sua respectiva Secretaria de Educação, todo processo de demandas pedagógicas,
este profissional tem que se capacitar para o domínio da nova ferramenta,
aperfeiçoar e/ou rever seus planejamentos de aula, face à nova metodologia
proposta pelas instituições.
4.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A pandemia da Covid-19trouxe uma
ressignificação para a educação, nunca antes imaginada. Os impactos ocasionados
na sociedade são de variadas ordens, que vão desde à economia do país, passando
por questões sociais, culturais, históricas de uma nação. A dor causada pela
perda de pessoas, o afastamento, o isolamento social, causaram uma
desestruturação no sistema regular e presencial de ensino.
Atualmente vivemos em uma verdadeira revolução digital, ainda que no
passado as tecnologias não fossem tão valorizadas, porém, devido a tantas
mudanças, passa a receber um novo olhar, devido permitir a comunicação de modo
prático, além das várias outras possibilidades, passando hoje a serem
atividades corriqueiras, pois torna mais prático e confortável o processo de
execução das nossas atividades diárias. E esse novo olhar foi também percebido
por educadores e pela escola, pela convivência e aprendizagem a partir da troca
de conhecimentos que é possível a partir deste processo de inter-relação.
Após a análise dos dados oriundos da aplicação
do questionário, foi observado que as três docentes compartilham da mesma
insatisfação quando questionadas sobre como a rede e a escola se organizaram
para este momento pandêmico. As docentes enfatizam que infelizmente não houve
ao longo dessa pandemia nenhuma organização sistematizada. A entrevistada P01,
relata que houve uma iniciativa da rede estadual em tornar viável o ensino
remoto, afirmando que é uma ação positiva, mesmo de forma tardia de certa
forma, pois essa condição viável foi introduzida apenas em 2021, à mesma relata
que no município, não há alinhamento em rede, e que percebe muito mais
dificuldade em entender como melhor sistematizar o ensino remoto no ano contínuo.
Outas repostas de convergência simultânea entre as profissionais da educação é
em relação aos desafios que elas têm enfrentado neste momento de atividades
remotas.
Diante
do contexto as professoras alegam que tudo é desafiador: desde a adaptação às
novas ferramentas tecnológicas, quanto a ministrar aulas nesse modelo remoto. A
docente P03 expõe que o impacto nas estratégias de ensino da língua portuguesa,
foi considerado grande. Tudo precisou ser replanejado, e que não está sendo
fácil adaptar.A docente P02, diz que a crise sanitária está trazendo uma
revolução pedagógica para o ensino presencial, porém as dificuldades são
inúmeras, principalmente no que tange a acessibilidade digital dos discentes, a
professora frisa que é uma das maiores dificuldades neste novo modelo de
ensino. A profissional P01 relata que apesar das suas aulas serem produtivas,
dinâmicas e significativas, a maior dificuldade esbarra no engessamento da
Secretaria, na ausência de um plano de ação que garanta o acesso ao ensino
remoto (conectividade, por exemplo). A professora diz que tem sido uma
experiência cansativa, estressante, porém, um aprendizado significativo.
Apesar do desenvolvimento e expansão das
tecnologias da informação e comunicação percebe-se ainda que poucos têm acesso
à internet e as suas tecnologias, ocasionando desigualdades na medida em que
apenas alguns são beneficiados e outros ficam distanciados do progresso
(FELIZOLA, 2011).
Diante da inserção das tecnologias na educação
é inegável a percepção de que o processo de reconfiguração das mídias para o âmbito
escolar implica a apropriação de conhecimentos que se inserem em contextos
reais de uso, pois “as tecnologias são pontes que abrem a sala de aula para o
mundo, que representam e medeiam o nosso conhecimento do mundo” (MORAN, 2007,
p.164). De acordo com a citação, a profissional P01 elucida que espera que,
percebida a fragilidade da escola pública, quer seja com relação ao espaço
físico, quer seja com relação à formação docente frente às tecnologias e adoção
de estratégias metodológicas (como as metodologias ativas), sejam investidos
recursos e políticas que criem condições para que a instituições de ensino,
ofertem uma educação de melhor qualidade, acessível e com equidade;
possibilitando para os profissionais, capacitação para que esta oferta seja de excelência.
Foram relatadas pelos professores diversas metodologias e maneiras de
lidar com a atual situação, dentre elas, o uso de vídeo conferências, aulas
expositivas através de plataformas online, produção de vídeo aulas curtas, ou por
meio de grupos do WhatsApp, tendo como principal recurso tecnológico o celular
e o notebook. Assim como a disponibilização de apostilas eletrônicas por meio
do Google Classroom, atividades impressas para os discentes que não possuem
acesso aos recursos tecnológicos docentes.
O contato com as novas tecnologias – para a
Educação Básica presencial emergencial – causou um lugar de entrecruzamento, de
intersecção, denominado por Bhabha (2010) como o “lugar fronteiriço”. A
fronteira é composta de valores e costumes de um lugar como os do outro, ou
seja, é no lugar fronteiriço que ocorrem os encontros com o estranho, o
desconhecido, proporcionando a experiência do “além-limite”.
De um modo geral, essas experiências além do limite têm angustiado muito
os docentes, pois este profissional por sua vez, é a figura central na mediação
deste processo. Com o novo cenário, o estranhamento foi notório, para alguns o
momento foi mais complicado. Porém, mesmo diante de tantos problemas que foram
e precisam ser superados, sabemos que ser professor trás o desafio, o prazer de
ensinar, e de transformar vidas.
Observa-se que a responsabilidade de educar,
hoje, recai tão somente sobre a escola, especialmente sobre a figura do
professor. Contudo, o ato de educar compete a todas as instituições sociais
comprometidas com o desenvolvimento do país. Principalmente a família – uma das
instituições mais antigas – deve ter sua coparticipação junto à escola, uma vez
que é ela que compete a transmissão de valores morais. Essa parceria deve visar
à formação do educando, a fim de que este exerça sua autonomia e liberdade
frente as suas atividades no contexto escolar e no seu convívio em sociedade.
Dessa forma, falar do papel do professor no processo ensino/aprendizagem é
fundamental, pois o professor é consciente de como é importante sua atuação na
formação de pensadores.
5.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante dos resultados obtidos é perceptível
que o atual momento em que vive a educação, bem como outras áreas da sociedadeé
desafiador diante da conjuntura atual que estamos vivenciando. O presente
artigo suscitou discussões sobre o Ensino Remoto, modelo atual de ensino
mediante o momento pandêmico que estamos a atravessar. O presente trabalho
configurou uma representação do olhar do professor sobre a prática pedagógica
incluindo as ferramentas tecnológicas e o distanciamento social.
A
pesquisa de cunho qualitativo evidencia a realidade do professor, os desafios,
problemas e percepções dos docentes que estão sobrecarregados diante desta
modalidade de ensino. As novas formas de transmitir o conhecimento e os
conteúdos são ofertados nas diversas plataformas digitais online, na qual as
aulas acontecem de forma remota através do modelo síncrono (em tempo real) ou
assíncrono (não é em tempo real), tem proclamado diversas discussões e
divergências entre os profissionais da educação, porém é certo, que a grande
maioria estão de comum acordo no que diz respeito ao processo de capacitação
dos educandos, bem como o investimento através de politicas publicas, para que
as instituições possam oferecer ao educadores melhores possibilidades de
ofertar uma educação de melhor qualidade para os educandos. Necessário pontuar
a importância do dialogo diretivo com os pais ou responsáveis dos alunos a fim
de orientá-los quanto as suas responsabilidades.
É relevante dizer que faz-se necessário
repensar e discutir, baseado nessa perspectiva, a influência da tecnologia no
contexto educacional e fomentar novos parâmetros que viabilizem o acesso a
esses recursos e os adaptem a realidade da comunidade escolar.
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Publicação autorizada.
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