A magia das árvores
Elas me encantam desde criança. Aquele abraço no caule e o carinho nas folhas são hábitos até hoje; causam olhares e comentários quando surgem aparentemente do nada; uma mulher (eu) corre e dá um abração numa árvore da praça, parque ou calçada. Nem ligo!
Porém, nas estradas, esse ato é menos comum, até em função da falta de acostamento, do movimento de veículos ou do tempo mesmo. E a magia é outra. Já percebeste que existem trechos em que avistamos árvores enfileiradas dos dois lados formando uma espécie de túnel, passarela? Acontece, até, de as copas serem tão amplas que “fecham” a parte superior, principalmente, em Serras. Que imagem bela e enigmática! Tenho a sensação de estar passando por outra parte do trajeto; tipo uma passagem para um mundo paralelo. Minhas curiosidades, imaginação e passaporte do elemento ar viajam e muito.
Já quando atravessamos túneis de concreto, nada parecido percebo; simplesmente, é mais um trecho rodoviário. Foi inevitável fazer um paralelo entre os dois cenários e refletir sobre algo comum aliás. Como viajante carona, poderia dormir em alguns trechos, mas perder oportunidades como essas - dezenas de pares vegetais em posição de solenidade, jamais! São cenários dignos de um filme, e o roteiro logo brota na minha cabeça: veículos na estrada de mão dupla, e as belezas do lugar. Tarde linda de sol, quase se pondo, música boa no carro, (antigo e meio barulhento), família alegre com gato e cão, duas crianças e seus avós. Este carro cruza a espécie de portal, fica em destaque (focado pela câmera) e, ao final do trajeto, passa, é teletransportado para outro mundo, realidade, cenário.
Olha só o que é capaz de surgir de ideias para a sequência desta história? Um verdadeiro roteiro de conto ou ficção. Quem sabe, dias desses, sigo no enredo?!
Já garanto que seria uma das passageiras, não perderia, por nada, essa experiência. Ou, então, a narradora. Para saciar a tua curiosidade, conto mais um pouco, ok?
E se esses seres, pessoas comuns, tivessem a missão de ensinar que o amor, respeito e união podem gerar uma vida plena onde quer que seja? Quais as barreiras, necessidades e valores do outro mundo a estrada desconhecida apresentaria?
Tudo isso fica para um outro texto ou seria capítulo?! (risos). Por ora, segue livre a criação e o destino dos personagens. Na verdade, vamos rumo à estrada real mesmo, ao nosso próximo destino de viajantes.
Cândida Carpena é uma autora gaúcha, de Pelotas, moradora de Brasília - DF. Produz textos do gênero crônicas. Além de ser super leitora, percebe as palavras muito além da etimologia e da morfologia. E experiencia o poder agregador, no cotidiano, das diversas formas de comunicação. A temática de seus escritos autorais está em um outro olhar, em outras percepções e vivências, do real que inspira. Idealizadora do projeto “Live Cândida C. Cronista” no Instagram e Facebook, busca a interação entre pessoas e a literatura, autores e escritores independentes. Propõe temas relacionados com escrita, leitura, gêneros literários, comunicação, educação, cidadania, artes, cultura e sociedade.
e mail: cscarpena45@gmail.com
Cândida querida.
ResponderExcluirCompartilho do teu olhar em relação as nossas irmãs plantas e sempre digo: folhas que caem não são sujeira!
Olá, boa tarde! 🌻
ResponderExcluirBem vinda ao "clube" 😉 Esperança sempre num mundo mais verde e humano. Obrigada por tua contribuição. Vamos conectando e escrevendo sobre 😊