HISTÓRIA DA
PRAÇA XV
Sempre que vou ao Rio de
Janeiro, gosto de ir a uma praça chamada Praça XV (Praça 15), por ser um local
repleto de historia do período Brasil colônia. Com prédios em sua maioria no
estilo neoclássico, a praça sem dúvidas pode ser considerada um dos locais mais
importantes da cidade, nela durante vários séculos ocorreram eventos
importantes para a história do país e esses acontecimentos refletem no presente
da cidade.
Pintura de Richard Bates – 1808, no destaque Igreja do Carmo
Paço Imperia, Jean-Baptiste Debret
No século XVIII a praça foi chamada de Várzea de Nossa Senhora do Ó, Largo do Terreiro da Polé, Largo do Carmo, Praça do Carmo, Terreiro do Paço e Largo do Paço. Após a Proclamação da República que ocorreu em 15 de novembro de 1889, é que passou a ser chama de Praça XV.Anteriormente, em 18 de março de 1870, a câmara da cidade decretou que o lugar passaria a se chamar Praça de Dom Pedro II.
Até meados da década de 1770, com a construção do Cais do Valongo, a Praça XV foi o principal ponto de desembarque de escravos africanos na cidade. Depois disso, até o fim dos anos 1800, a Praça recebia a maior parte dos navios de passageiros que chegavam ao Rio de Janeiro.
Outro dado histórico liga a Praça à história da cidade. Em 1834, partiu de lá a primeira navegação a vapor para Niterói. Da mesma Praça XV saiam barcas para vários bairros litorâneos do Rio de Janeiro. Assunto que é debatido por especialistas em transportes atualmente, que acreditam que um aumento no transporte hidroviário poderia melhorar o transito carioca.
Entre outras datas históricas que ocorreram na Praça XV estão o Dia do Fico e a dia em que Princesa Isabel declarou a Lei Áurea, de uma sacada do Paço Imperial, que fica na Praça.
O Paço Imperial foi erguido no local como Palácio dos Governadores e da Casa da Moeda. As obras foram terminadas em 1745, no governo de Gomes Freire de Andrade.
Aquarela de Thomas Ender de 1817 retrata os escravos no entorno do Chafariz, recolhendo água, o cais com assentos e lampiões.
O Chafariz do Mestre Valentim, que foi construído no governo do vice-rei dom Luís de Vasconcelos, inaugurado em 1789, é até hoje um dos símbolos da histórica Praça XV.
Quinze anos depois, em 10 de junho de 1965,
foi erguida a estátua equestre do rei dom João VI. Há quem diga que o monumento
foi colocado onde Dom João teria desembarcado com a corte real em 1808. No
entanto, alguns relatos desmentem essa afirmativa:
“DOM JOÃO DESEMBARCOU ONDE HOJE É O
ARSENAL DE MARINHA DO RIO, NA BASE DO MORRO DO SÃO BENTO. ISSO ESTÁ MUITO BEM
DOCUMENTADO” ESCLARECE MILTON TEIXEIRA.
Shirlei Pinheiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário