domingo, 15 de maio de 2022

CAPA

 


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O TEMA É CULTURA

 


Uma excursão ao Rio de Janeiro em 1557

 

       Oficialmente, os portugueses chegaram ao Brasil em 1500. Sobre o tema, há controvérsias. Contudo, é certo que Pero Vaz de Caminha escreveu uma Carta ao rei português contando sobre o achamento da nova terra.

            Por outro lado, sabe-se também que os franceses tentaram estabelecer uma colônia no atual território do Rio de Janeiro, por volta de 1550, a chamada França Antártica. Um dos documentos que detalham a vida dos índios tupinambás que viviam na região foi escrito pelo missionário calvinista Jean de Lery (1534-1611).

            “Viagem à terra do Brasil”, considerada, do ponto de vista literário, como Literatura dos Viajantes, conta a passagem de Jean de Lery pelo Brasil e a sua interação com os tupinambás. As suas manifestações diferem substancialmente daquelas conhecidas na Carta de Caminha. Enquanto o escrevente português demonstra, com clareza, o interesse exploratório da frota de Pedro Álvares Cabral, o francês Jean de Lery parece buscar compreender a vida entre os nativos, dando-lhes, inclusive, “voz” em sua narrativa.

            Além de um prefácio e alguns sonetos, o texto é composto por vinte e dois capítulos, sendo que seis capítulos versam sobre a partida da terra natal, a viagem e a chegada ao Brasil. Em continuidade, é descrito o Brasil, o seu povo e, finalmente, a viagem de regresso a França.

            Há descrições sobre a flora, a fauna, os costumes dos tupinambás, mas existe, sobretudo, uma tentativa de compreensão, por exemplo, do ritual de antropofagia entre os nativos. Cabe, aqui, lembrar o famoso poema romântico/indianista de Gonçalves Dias, “I-Juca Pirama”, em que o pai cego, reconhecendo pelo cheiro das tintas que o filho havia preparado para ser morto em um desses rituais, exige que o filho o leve à tribo inimiga e que o jovem morra com coragem. A antropofagia não era meramente um ritual de “comer carne humana”, mas ingerir a coragem daquele que morria em combate.

            O que nos chama a atenção, especialmente, observando do ponto de vista da sociedade neoliberal de cunho capitalista do século XXI, é uma passagem em que o velho guerreiro tupinambá questiona o missionário sobre a ganância dos homens brancos que atravessam o Oceano Atlântico em frágeis caravelas em busca de riquezas.

“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas.

Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. 

 — Na verdade, continuou o velho (...) agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.

Este discurso, aqui resumido, mostra como esses pobres selvagens americanos, que reputamos bárbaros, desprezam àqueles que com perigo de vida atravessam os mares em busca de pau-brasil e de riquezas. Por mais obtusos que sejam, atribuem esses selvagens maior importância à natureza e à fertilidade da terra do que nós ao poder e à providência divina; insurgem-se contra esses piratas que se dizem cristãos e abundam na Europa tanto quanto escasseiam entre os nativos.” (Viagem à terra do Brasil, capítulo 13).

            A reflexão fica com o leitor.

Elaine dos Santos
Natural de Restinga Seca/RS. Possui doutorado em Letras (UFSM/2013) com ênfase em Estudos Literários. Foi professora de Língua Espanhola e Literatura. Atuou nos ensinos médio e superior, predominantemente, na disciplina de Literatura.
É revisora de textos acadêmicos (projetos, artigos, dissertações, teses).
Autora do livro Entre lágrimas e risos: as representações do melodrama no teatro itinerante (2019).
Cronista, participa de antologias nacionais e internacionais.
Membro da Alpas 21 Academia Literária de Cruz Alta/RS; da Academia Internacional União Cultural de Taubaté/SP, da Academia Internacional Mulheres de Letras e da Academia Intercontinental Sênior de Literatura e Arte.

 

A SAGA DOS SUMÉRIOS

 

A Saga dos Sumérios - Temporada II - Episódio IV

Julgamento, condenação e exílio de Enlil.

 

Enlil, apesar do romance e filho com Ninmah, não era casado ou se quer tinha uma companheira em seu planeta natal. Foi na Terra e não em Nibiru que Enlil casou-se. Mas, para chegar até a escolha de sua futura esposa, Enlil cometeu violações levando a ser julgado e condenado ao exílio apesar de um final feliz para o infrator.

Figura 1 Bosque dos Cedros localizados no atual Líbano


O verão na Mesopotâmia era insuportável para os Annunakis e nestas ocasiões, Enlil se retirava para sua morada situada no Bosque dos Cedros no atual Líbano. Lá, naquelas montanhas geladas, o rígido militar, costumava passear pelo bosque aproveitando a brisa fresca do local. Num desses passeios, Enlil deparou-se com algumas jovens que serviam Ninmah e que foram designadas para o“Local de Aterrissagem”, banhando-se num dos córregos que serpenteavam as montanhas e os bosques. Sud, uma linda jovem, chamou a atenção de Enlil por sua magnifica beleza. Enlil aproximou-se, convidando-a a conhecer sua morada. “... Vem, bebe comigo o elixir do fruto de Nibiru que cresce aqui!...”. Disse o astuto conquistador a jovem. Sud aceita o convite e segue com Enlil. Na residência suntuosa, o conquistador, oferece a jovem uma taça do tal elixir. Após beber o liquido, a bela Sud é literalmente assediada descaradamente por Enlil. A narração dos acontecimentos que se sucedem, encontrados nas tabuletas de argila dos Sumérios, corroboram o assédio. Segue a narrativa: “... Enlil lhe falou de relações sexuais. A moça foi relutante. Minha vagina é muito pequena, não conhece a cópula! A Enlil ela disse. Enlil lhe falou de beijos... meus lábios são muito pequenos, não conhecem os beijos! A Enlil disse a moça... “. Enlil, malandro, sorriu e beijou a jovem, mesmo diante da relutância de Sud. No ato seguinte, Enlil consegue possuir a jovem derramando seu sêmen no ventre de Sud.  

A jovem retorna chorosa, envergonhada e assustada para os seus aposentos e ao encontrar com sua comandante Ninmah, relata o acontecido. Não se sabe se movida pelos ciúmes ou baseada nas leis dos Annunakis, Ninmah sente-se inconformada com a ação imoral de Enlil, convoca o conselho dos “Setes que Julgam” e na presença de cinquenta Annunakis, o referido conselho, após ouvir as partes, decreta a sentença. O castigo imposto ao infrator seria o banimento de sua comunidade e do convívio com os demais Annunakis“... Que Enlil seja banido de todas as cidades, seja exilado a uma terra sem retorno!...”. 

Figura 2Ruinas do que teria sido E.Din ou Jardins do Éden

Ao piloto particular de Enlil foi dado a tarefa de preparar uma “câmara celestial” (nave de pequeno porte), assim acompanhado de Abgal, Enlil deixa o “Local de Aterrisagem” humilhado e ouvindo os impropérios gritados pelos que outrora foram seus fieis comandados. O destino seria uma terra inabitada e/ou inóspita, porém, não está claro nos relatos, onde ficava tal terra ou continente. Há algumas especulações que a referida terra inóspita, seria a América do Sul. Seguiram viagem por horas até que Abgal fez a nave pousar num pequeno vale entre montanhas, um lugar de desolação. Mas, as intenções do piloto Abgal eram outras, e por consequência de sua revelação ao seu adorado comandante, a Terra e, principalmente a Mesopotâmia, viriam sofrer no futuro um grande holocausto.

Segue a narrativa: “... Este será o teu lugar de exílio! Disse Abgal a Enlil. Não por acaso o escolhi... Há oculto aqui um segredo de Enki...”. Abgal conduz Enlil até o pé de uma montanha próxima da nave. Várias covas ou buracos decoravam a estranha montanha. Apontando para umas das covas, Abgal faz Enlil conhecer o segredo de Enki e diz: aqui, nesta cova “... Enki ocultou sete “armas de terror”, tirou-as do carro celestial de Alalu...” (o primeiro Annunakis a chegar à Terra).E assim conclui sua revelação Abgal: “... Toma posse das armas, com as armas conseguirás a liberdade!...”. Logo depois de “dedurar” Enki, seu antigo comandante, o piloto “dedo duro”, partiu em sua nave deixando para traz, em total isolamento, seu comandante “tarado”.

Algum tempo depois, lá na Mesopotâmia, mais exatamente no local que os Sumérios chamavam de Edin, Sud, a menina violentada, confessa a sua comandante Ninmah: “... Da semente de Enlil estou grávida, em meu ventre um filho de Enlil foi concebido” ...”. E agora, pensou Ninmah, o que farei? Só tinha um jeito e foi o que Ninmah fez. Ela passa a responsabilidade da decisão ou decisões a serem tomadas para Enki que ostentava o título de “Senhor ou Supremo da Terra”. A decisão de Enki foi reunir os chamados “Sete que julgam” e submeter Sud a um interrogatório. Depois de pesado os prós e os contras, o conselho pergunta a jovem: “... Terá Enlil como marido?...”.Com a resposta afirmativa da jovem aceitando casar-se, o conselho decide perdoar Enlil e ordena que Abgal voe até a tal terra inóspita para trazer de volta ao convívio dos Annunakis, o deposto comandante. Ao retornar, providencias foram tomadas para que se sacramentasse a união de Sud e Enlil. Casório feito, Sud declarada esposa oficial de Enlil, passando a chamar-se Ninlil, a “Dama do Mandato” com status de ser a esposa do comandante militar na Terra. Logo em seguida, o filho no ventre de Sud/Ninlil veio ao mundo e foi batizado pelo pai com o nome Nannar, o “Brilhante”. Nannar, assim, passou a ostentar o status de ser o primeiro dos Annunakis nascido na Terra “... Da semente real de Nibiru nascido em um planeta estranho...”. Assim está registrado nos escritos Sumérios.

Figura 3 Ruinas de Abzu - África

Há dois pontos importantes nesta história, a saber:

Primeiro. Enlil retorna de seu exílio sabendo onde estavam as setes “armas de Terror” (armas atômicas) que haviam sido retiradas da nave de Alalu (o rei deposto de Nibiru e o primeiro Annunakis a pisar na Terra). Tais armas seriam usadas pelo filho de Enlil (Ninurta) e pelo filho de Enki numa guerra entre os clãs. Se Abgal tivesse mantido a boca fechada, certamente este holocausto não aconteceria.

Segundo. Com o casamento de Enlil e Sud/Ninlil, um outro conflito nasceria entre os dois clãs. O relacionamento entre Ninmah e Enlil deixaria de acontecer e isto, encheu Enki de esperanças. Reconquistar seu antigo amor e ter um filho com Ninmah, seu maior propósito. Apesar de sua paixão por Ninmah, a meta primordial de Enki era ter um filho homem com Ninmah e colocar seu herdeiro em iguais condições aos descendentes de seu meio-irmão Enlil na sucessão ao troco de acordo com as leis de Nibiru. Enki queria juntar o útil ao agradável. Teria Ninmah, um filho e recuperar as vantagens para ocupar o trono através de seu descendente.

E segue a história...

Mas, apesar do intuito de Enki, o que ele mais queria não aconteceu. Ao chegar na morada de Abzu, Enki reiterou seu amor por Ninmah e pediu-lhe que lhe desse um filho. Nove dias em Nibiru havia se passado, nove meses na Terra nascia a filha de Enki e Ninmah. Desapontado, Enki se nega a atender o pedido de Ninmah para beijar sua filha, ordenando ao seu vizir Isimud essa tarefa. Aos gritos de “Dê-me um filho”, Enki tenta pela segunda vez ter um filho homem com Ninmah. Porém, novamente nasce uma menina. “... Um filho, um filho, tenho que ter um filho contigo!...” Esbravejava Enki. Pela terceira vem tentou Enki e mais uma vez seu intento foi fracassado.

Aborrecida, magoada, decepcionada, a colérica Ninmah, a “Deusa da Cura”, lança uma maldição sobre Enki: “... Que todo alimento seja veneno em suas vísceras, que lhe doa a mandíbula, que lhe doam os dentes, que lhe doam as costelas...”. Por longo período sofreu Enki com a maldição de Ninmah.

Apesar de não está claro nos registros dos Sumérios o que realmente Ninmah fez ou utilizou para lançar sobre Enki a maldição ou um tipo de doença, sabe-se que Ninmah era uma cientista médica e que lidava com composto e ervas que conhecia profundamente. Há a hipótese de ela tê-lo envenenado utilizando-se de tais conhecimentos e/ou compostos. O fato é que só depois da promessa de Enki de jamais voltar a se aproximar sexualmente de Ninmah, de pedidos de Isimud e do próprio conselho dos “Sete que julgam”, Ninmah tratou e retirou uma por uma, a maldição ou curou as doenças de Enki. Após a cura de Enki, Ninmah voltou para o Edin com suas filhas e segundo a história, nunca mais se casou. Desta forma e com o desenrolar do acontecido, lembrou da ordem dada pelo Soberano Ano em Nibiru: Ninmah não poderá se casar nunca mais...

Enki trouxe para Terra sua esposa oficial Damkina (Filha do rei deposto Alalu) juntamente com seu filho Marduk. Damkina recebeu o título de Ninki, a “Dama da Terra”. Enki teve mais cinco filhos, estes nascidos na Terra, de Ninki e de concubinas. Nergal e Gibil, Ninagal e Ningishidda e Dumuzi, o mais jovem.Enlil e Ninmah receberam na Terra seu filho Ninurta. Com sua esposa Ninlil, Enlil teve um filho mais, um irmão de Nannar de nome Ishkur. Assim os dois clãs estabelecidos na Terra se completavam, as rivalidades entre os clãs trariam guerras para os territórios terrestres.

Prezados Leitores. No próximo episódio (V) abordaremos “A Revolta dos IGIGI”, os trezentos Annunakis que administraram a “Estação de Passagem” em Lahmu (Marte) e a morte de seu líder, Anzu. Não percam!

 

Fontes:

https://www.imagick.com.br/as-ruinas-misteriosas-de-abzu-2/

O Livro Perdido de Enki – Zecharia Sitchin

O Livro perdido de Enki, O 12º Planeta – Zecharia Sitchin

Deuses, Túmulos e Sábios - C.W. Ceran

Ramayana e Mahabharata - Willian Buck

A Bíblia Sagrada - Tradução: João Ferreira de Almeida - SBB - 2ª Edição – 1998

CÂNDIDA CARPENA


Programação matriz

 

Humanos, na era digital, me encorajo a filosofar, embalada numa manta, sentada num banco feito de tronco. Salve a natureza! São muitos sons e que conseguir realmente escutar, não somente ouvir, preenche seu HD de forma diversificada e haja memória! Lá estávamos, entregues e descompromissados com qualquer coisa que não fosse o momento. Este que era uma composição de azul, branco, verde, marrom e cores silvestres. Inspiração para pintores, compositores escritores, na falta.

Ali próximo, inicia um processamento criado pelo homem, com peças do meio ambiente. A água vinda da cascata por uma mangueira caia na piscina; em ritmos diferentes, formando acordes alternados e afinados. Os pássaros harmonizavam o som, junto das cigarras. Ao fundo, suavizando, as folhas rolavam ao sabor do vento mando; o mesmo que remexia meus cabelos na gola da jaqueta jeans surrada. E quem consegue não carregar esse fendo? Eu não, confesso.

Tudo isso, em confronto com memorias da rotina urbana; desde buzinas regadas com “elogios de trânsito” e roncos dos motores, até os altos decibéis que ouvimos (pedindo perdão a Deus) afinal, somos aprendizes da visa, ainda. Geram um “download” profundamente instrutivo, uma questão de estilo e vida, repensar e recolocações no percurso.

Como nos sistemas, a TI nos proporciona “N” alternativas; são as opções, escolhas temporárias, aplicabilidades, logins e senhas. Me parece mais complexo que o ciclo reprodutivo animal ou a organização social das formigas, mas...

Então desconectados dos cabos, até certo ponto, íamos de um hemisfério a outro, sintonizando de forma profunda e iluminadora. Como isso ocorreu? Onde? Qual resultado? Eis a chave do segredo interno! E porta estava bem cima de nós.

A terra e o céu nos entregaram 24h, sem ruídos, com efeitos renovadores possibilidades de interação. A mim, a ti, a nós como um todo, basta clicar/aceirar/copiar e compartilhar nas redes, com o status: relacionamento sério com o universo

Ah, com as tags:

                                       feliz             natureza

                                       vivo             coletivo

                                       pessoal       mundo

                                       conexão     homem

 Cândida Carpena é uma autora gaúcha, de Pelotas, moradora de Brasília - DF. Produz textos do gênero crônicas. Além de ser super leitora, percebe as palavras muito além da etimologia e da morfologia. E experiencia o poder agregador, no cotidiano, das diversas formas de comunicação. A temática de seus escritos autorais está em um outro olhar, em outras percepções e vivências, do real que inspira. Idealizadora do projeto “Live Cândida C. Cronista” no Instagram e Facebook, busca a interação entre pessoas e a literatura, autores e escritores independentes. Propõe temas relacionados com escrita, leitura, gêneros literários, comunicação, educação, cidadania, artes, cultura e sociedade.                                 

CONTATOS:

E-mail: cscarpena45@gmail.com

Facebook: Cândida Carpena 

Instagram: @candida.carpena  

EDNA FROEDE

 


Somos Amor                                        

Cientificamente, viemos de um mesmo tronco,                           

embora haja um "elo perdido".                                                                                                             

Esse tronco de vida, simbolizando nossos primeiros pais,         

ancestrais, ou seja lá o nome dos tais que se dê ou que, se crê.                                           

Somos iguais na espécime: homo sapiens, erecto,                      

ou reto -digo eu- fazendo zoação, como dizem, nossa geração.

 

Seu sangue é azul?                                                                      

O meu é vermelho. Não tem espelho?                                        

Sou branca. Minha genética é miscigenada.                               

De branca, tenho nada.

E se tivesse? Qual o problema?                                                                                                                

O problema está em quem tem problema.                                                                                   

Não eu, que sou apenas um ser humano                                                                                             

como todos os demais da minha espécime.                                                                                

E por sinal, mulher...         

Amo ser mulher!                                                                                                                                       

E se fosse homem, tenhocerteza,                                                                                               

que de igual forma, amaria.

Porque o bonito  da vida, é estar vivo                                                                                         

e poder ver você, meu semelhante.                                                                                             

Não entendo dia da consciência disso ou daquilo...

 

Somos irmãos da mesma nação, família, tribo, ou não.                                                             

Mas do mesmo planeta, nosso único lar que,                                                                             

merece nossa atenção,                                                                                                               

para continuarmos desenvolvendo a construção do amor.

 

Este sim, o amor, é a nossa cor.Ou deveria de fato ser.                                                            Trabalhemos, eduquemos, para que, nossa e

futuras gerações, entendam de uma vez por todas:                                                                 

 Somos amor!                                                                                                                               

Somos amor!                                                                                                                               

SOMOS AMOR!

 

Edna Froede, reside em Vitória-ES- Brasil. É professora, psicopedagoga e poetisa. Participa das academias: FEBACLA,OMDDH e AIAP, onde recebeu diversas titulações como:Embaixadora da Paz, Marquesa e Dra.H.C em Educação e Teologia. Participou de 15 antologias, é colunista do Internet Jornal e Jornal Rol.


JOSY OLIVEIRA

 


*SUPERE*
 
A vida é assim, repleta de desafios. Há um propósito de existirmos!
E nada nem ninguém me convencerá de que a nossa existência é uma mera coincidência ou casualidade.
Viver é a cada dia, a cada momento se redescobrir, como gente!
Gente que ama e sabe o que quer e o que é!
A vida é preciosa, não é?
Mas, para que tenha um verdadeiro sentido, é necessário valorizar o que realmente vale apena para essa vida!
Já imaginou a situação de alguém que dia após dia se importa com o outro, cuida tão bem e esquece de si mesmo?
E, hoje, refletindo sobre uma série de momentos, de acontecimentos, pude descobrir algo interessante.
As pessoas precisam se amar muito!
Pensar positivo!
Oferecer sempre o melhor de si pra si mesmo!
Quanto cuidado e preocupação com o outro, não é assim? Hoje, comece a pensar em você!
Lembre-se de uma coisa importante!
Se você está bem, você atrai amigos, amores...
Se você está mal, as pessoas acabam se afastando, ou se aproximando para tirar proveito da situação, e, na verdade, não era para ser assim, mais essa é uma realidade palpável até.
Quem quer está do lado de alguém que só reclama, a autoestima lá em baixo...
Você deseja conquistar um amigo?
Você quer dividir a vida com alguém que te ame?
Eis uma dica: 
Cuide-se fisicamente, emocionalmente e espiritualmente!
Ame-se!
Valorize-se!
Esteja de bem com Deus, com a vida e consigo mesmo!
Fuja de relacionamentos nesse período de frustrações, alguém poderá confundir o que sente a teu respeito dependendo do teu estado emocional!
A vida é uma dádiva, então aproveite.
Agradeça sempre e faça dela simplesmente um espetáculo, aonde independente da situação os shows aconteçam, o brilho no rosto seja notável, o sorriso seja espontâneo e a alegria seja tanta ao ponto de contagiar os que estão em volta.
Seja feliz consigo mesmo, independente das circunstâncias.
Essa é a primeira meta a ser traçada na vida de qualquer pessoa. É um dos desafios a ser superados em um mundo e tempo sombrio que estamos a mercê de toda a sorte de males!
Supere os dissabores, as adversidades!
Você é filho de Deus!
Você é capaz de ultrapassar qualquer obstáculo e conquistar o que você sonhar!
Viva, mas viva com propósito de antes de fazer os outros felizes, seja feliz VOCÊ MESMO!

Josy Oliveira.

Josenilda Severina Teles de Oliveira (JOSY OLIVEIRA), nascida em 02/02/1976 na cidade Pombos-PE. Professora, graduada em Letras pela UNIVISA, antiga FAINTVISA- Faculdades Integradas da Vitória de Santo Antão. Pós graduanda em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira.  COAUTORA na Coletânea ENCANTOS da LUA e COAUTORA confirmada na Coletânea ELAS SÃO FLORES.

MATÉRIAS ESPECIAIS RIO DE FLORES

 


Cassiana Micheletto natural da cidade de Itu, interior de São Paulo, a cidade conhecida por sua grandeza onde reside com a família, filha de um policial e uma funcionária pública, estudante de pós em Neuropicopedagogia e empreendedora. 
Participou de algumas antologias e coletâneas “A magia do Natal” editora Arkanus, “Rio de Flores e Encantos da Lua”produzidas pela Rio de Flores Editora, “Segredos do Tempo” editora Terra dos Ventos”, “Cartas do Noel” editora ULI, “O melhor enfeite de Natal” editora Artcultural, “Eu te amo” Universo da poesia, “Coletânea poética internacional” Café com Leni e convidados e outras que estão em andamento para lançamentos.


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Michele Silveira Huck é Carioca, nascida em 17 de fevereiro de 1976.

Desde sua adolescência cultivou o gosto pela escrita. Durante anos escrevia e guardava seus textos até que aos 27 anos desistiu de escrever e abandonou sua escrita. Porém, incentivada a participar de uma coletânea, Michele Silveira Huck, publicou seus primeiros textos, tornando-se uma Escritora com estilo livre, sua principal característica. Desde momento em diante, revelou-se ao mundo literário participando de vários eventos literários e concursos. Com o tempo tornou-se, Coautora das Coletâneas Rio de Flores, Encantos da Lua e Organizadora da Coletânea Elas São Flores, todas produzidas pela Rio de Flores Editora. Outras publicações surgiram, tais como:  Poemas Minimalistas - Teoria e Prática (Ana Maria Castelo Branco), Cartas para o universo (Ana Maria Castelo Branco), Coletânea Palavra em Ação I e II (Editora Alecrim), Coletânea Ser Mulher (Ana Maria Castelo Branco)

PROJETO FUNDO DO BAÚ

 


Bomba...

Lampiões de gás
Robôs
Bondes
Raios laser
Casarões
Computadores
Varandas
Baterias antiaéreas
Varais de quintal
Dispositivos
Panos de chita
Mísseis
Baús velhos
Armamentos
Menestréis
Sistemas...
E só restou
uma rosa murcha
ao lado da última

bomba!


Cibeli Ana Rosetti, natural de Bauru SP, sempre amou livros, rádio e músicas. Tentou por diversas vezes publicar livros, por Editoras, mas não teve oportunidade.
Cursou a faculdade de Direito e trabalhou como Oficial de Justiça, e deixou um pouco seus escritos guardados, já que era difícil uma editora publicar. Em 2007, reuniu algumas estórias infanto juvenil e publicou um livro independente. Intitulado “A toalha do Lanche e depois tem mais".
Em 2021, entrou para a Editora Rio de Flores, de Renato Galvão, e participou da Coletânea Rio de Flores, com dois textos.
Em 2022, da Coletânea Encantos da Lua, com três textos.
E da Coletânea Elas são Flores, também da Editora Rio de Flores, a sair em breve. Do projeto Fundo do Baú e do Jornal Escritores da Serra,
Também pertence aos grupos, Proliferando Letras, Ato de Escrever, Escritores de Teresópolis e Escritores da Serra.
Contatos:
Insta : cibeli.ana.3
E mail : cibeliana40@gmail.com
Face: Cibeli Ana.

Projeto Fundo do Baú criação e edição de Shirlei Pinheiro. 


PROJETO FUNDO DO BAÚ

 


Olho Grande
Coisas que me dão medo, gente preguiçosa e invejosa, do tipo que vê que o quintal do outro é mais verde e mais bonito, e nada faz pelo seu próprio quintal. São pessoas de olho grande, aqueles que segundo minha mãe secam pimenteira, e com razão secam mesmo.
 Conheci a anos atrás uma garota, uma linda morena, que trabalhava comigo. Não me lembro bem como, tornamo-nos amigas, de frequentar uma a casa da outra, de sairmos com nossos maridos, para barzinhos, etc.
 Notei que ela reparava nas coisas, e eu na época tinha em minha sala, um porta revistas de cinzal, que eu mesma fiz, deu um trabalhão, meu esposo sempre comentava que eu era maluca de ficar tanto tempo trançando aquele fio, mas no fim ficou até bonito e eu me orgulhei muito de meu trabalho. Bem, voltando ao ponto, notei que minha nova amiga olhava e olhava para o meu revisteiro. Então comentei: Bete, quer um eu faço pra você. E qual não foi minha surpresa, quando minha amiga, simplesmente retirou as revistas, empilhou-as num canto, pegou o revisteiro e enfiou em uma sacola, que havia pedido ao marido para pegar na cozinha.
 Meu marido olhou pra mim admirado e encolheu os ombros, como se não estivesse entendendo nada. Então a moça falou: “-você faz outro pra você esse aqui é meu”. Eu pasmei, fiquei completamente sem reação, nem sei se falei alguma coisa. Resultado, nunca mais fui à casa da moça, e nunca fiz um novo revisteiro, porque aquele era único, e nada o substituiria.
 E o pé de arruda que nasceu em meu jardim, após ser retirado de um vasinho, foi lançado à terra e floresceu gigante, diante dele essa moça resolveu pegar uns galhos, e o pobre do arruda morreu quase que de imediato, em uma semana secou. O engraçado é que em meio a outras plantas que continuaram verdes e viçosas, o pobre arruda secou, não só as folhas amarelam e caíram, o pé todo com quase com um metro de altura, secou até a raiz.
Se eu não visse não acreditaria, até hoje penso nisso e é verdade olho grande existe.

Ivete Rosa de Souza

Nascida em 1955 em Santo André, adoro ler e escrever, sou apaixonada por poesia, contos e  crônicas.

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Projeto Fundo do Baú criação e edição de Shirlei Pinheiro. 

PROJETO FUNDO DO BAÚ

 


Querido bebê de Audrey Witz

Fui capturada quando estava no oitavo mês. Muito embora não parecesse, tamanha era minha miséria, você passou despercebida em mim, uma vez que me alimentava de quase nada. A miséria já nos rondava há tempo. Integrada ao grupo de trabalhos na lavoura, eu, desde as primeiras horas do dia, ia para o campo arar a terra, plantar, colher e cuidar para que o alimento crescesse e estivesse farto à mesa dos militares de alta patente do campo. Para nós pouco sobrava. Você nasceu numa dessas manhãs. Chegou indiferente ao que acontecia ao seu redor e chorou seu primeiro choro entre cobertas sujas e retalhos de roupa que outras mulheres me ofereceram sem perguntar nada. Logo veio a dor da separação e nunca mais pude colocar meus olhos em você. Segui trabalhando sem esperança de salvar meu corpo e minha alma. Sabia que ambos estavam perdidos. Minha única alegria foi descobrir, depois de algum tempo, que você fora acolhida pela esposa infértil de um combatente. Não sei como caiu nas graças da família. Só o que soube foi que a receberam e a adotaram como filha. Fato incomum naquele cenário tão cruel da guerra. O tempo passou. Ali o chuveiro não funcionava. Toda mão-de-obra era bem-vinda. Éramos milhares de trabalhadoras a cuidar da terra. Os caminhões chegavam e saíam toda semana carregados de frutas e hortaliças. O trabalho duro, a miséria e os maus tratos minavam nossas forças ano a ano. A fraqueza era tanta que, muitas vezes, cambaleava apoiada nas companheiras de infortúnio. Somente um caldo ralo nos era oferecido ao final do dia. E ele minguava minhas energias lentamente. Nutria-me apenas da vã esperança de tê-la em meus braços. Um dia aconteceu. Eu a vi. Corria entre as macieiras. Estava mais ou menos com sete anos. A noção do tempo divergia ali. Eu e algumas mulheres cuidávamos do pomar. Era tempo de colheita. Você se aproximou. Parou e ficou me olhando. Estava com um vestido florido, cheio de rendas e babados que lhe realçava a beleza pueril. Aqueles olhos azuis fixaram-se em mim. Tinham uma expressão vazia. Ofereci um sorriso que você devolveu com uma cuspida no meu rosto. Limpei a saliva e o desprezo que vi no seu olhar, minha filha. De repente, correu ao ouvir a mãe chamando. Eu nem consegui ouvir seu nome. Você era deles agora. E eu, para sempre, uma prisioneira do campo de Audrey Witz… Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com alguma história real não é mera coincidência, é uma possibilidade real. 


Cristina Gomes, Cris Gomes como gosta de ser chamada, é professora e poeta. Apesar do tempo, ainda tem esperanças que quer ver transformadas em realidade, sonhos que quer lapidar e objetivos a alcançar. Moradora de São Paulo, vive as delícias dessa metrópole e também as suas nuances não tão floridas. Adora a solidão dos livros, mas valoriza a qualidade dos relacionamentos. É apaixonada por chocolate amargo, vinhos, livrarias e pela vida simples. Atua como membro da comissão de juradas da revista internacional The Bard e participou como co-autora de diversas antologias: Poesiaterapia - palavras que curam, Almas Cativas, Florir Poético, Tributo à vida, entre outras.


Projeto Fundo do Baú criação e edição de Shirlei Pinheiro.