terça-feira, 15 de fevereiro de 2022
MATÉRIAS ESPECIAIS RIO DE FLORES.
Ale Vieira
(Alessandra Fermino Vieira) tem 29 anos é profissional Baby Sister, escreve
poesias ou poemas desde 18 anos. Hoje aos 29 anos, sua linha de inspiração está
baseada na música e na observação do mundo. Ale tem o sonho de se tornar uma
escritora, viajar, conhecer novas pessoas e fazer amigos. Pretende publicar seu
trabalho autoral, continuar participando de Coletâneas e trazer pessoas para o
mundo da arte, pois acredita que a arte liberta o ser humano.
Ale
Vieira é Coautora da Coletânea Encantos da Lua promovida pela Rio de Flores
Editora (em fase de impressão) com dois belos textos intitulados “NÓS DOIS” e
“QUAL SENSAÇÃO?”.
Conheçam
mais Ale Vieira em:
Instagram
@alevieira1654
https://www.facebook.com/profile.php?id=100070318156784
Carlos Ramos de Oliveira, nasceuem 14 de outubro de 1954 em Salvador/Bahia, transferiu-se para a cidade do Rio de Janeiro em 1972 aos 18 anos, desde então vive na cidade carioca. Prestou serviço milita na Marinha do Brasil por 6 anos e formou-se em Administração pela Faculdade Moraes Junior, onde primeiro apresentou seus poemas nos Concursos de Poesias dessa instituição. O gosto pela poesia despertou muito cedo, aos 12 anos, com o interesse pela Literatura de Cordel, razão pela qual, as rimas fazem parte dos seus trabalhoscomo marca registrada. Outras influências vieram de autores como Olavo Bilac, Manoel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e Cecília Meireles.
Tem
poemas publicados nas coletâneas: Poetas Brasileiros 1985 (Ed. Shogum Arte), Brasil
Literário, edição de 1986 (Ed. Crisalis Editora), CoAutor na Coletânea Encantos
da Lua (2022) promovida e realizada pela Rio de Flores Editora (em fase de
impressão) com 06 poemas.
A SAGA DOS SUMÉRIOS.
Representação
Artística de Eridu Montagem Renato Galvão
A
Saga dos Sumérios - Temporada II - Episódio I - Ninmah, a deusa da cura.
Principais
Acontecimentos na Temporada I
As guerras entre norte
e sul. A tomada do trono do Planeta Vermelho por Alalu assassinando Lahma seu
rei. Os conflitos entre os clãs de Alalu e Anu. O casamento de Enki com
Damkina, filha de Alalu, para tentar unir os clãs e trazer a paz entre todos. A
luta pelo poder do trono entre Alalu e Anu, seu sobrinho. A derrota de Alalu em
luta corporal com Anu. A fuga de Alalu numa nave guerreira para o Sétimo
Planeta, a Terra e suas “Armas de Terror”, mísseis atômicos. A fantástica viagem
pelo Sistema Solar. A passagem pelo Cinturão de Asteroides ou Bracelete
Martelado como denominaram os Sumérios. A chegada à Terra. A descoberta e o
fascínio do novo planeta, sua flora, sauna e abundância de ouro. As negociações
de Alalu para reaver o trono de seu planeta. A decisão da corte e de seu rei
enviando Enki e 50 tripulantes para averiguar os relatos de Alalu. A edificação
de Eridu na Mesopotâmia, a primeira cidade erguida na Terra 450.000 anos atrás.
A chegada de Enlil. O racha entre Enki e Enlil, dois meios irmãos. A vinda de
Anu a Terra. As determinações de Anu. A revolta Alalu. A nova luta entre Anu e
Alalu pelo poder do Planeta Vermelho e na Terra. A doença estranha de Alalu. A
condenação de Alalu exilado em Lahmu (Marte). A decisão de Anzu em se exilar
com seu rei Alalu. A morte de Alalu. A promessa de Anu a Anzu. As doenças que
se abateram sobre a tripulação. A descoberta de Abzu, “A terra ou Vale do ouro”
no continente africano. Enki e a criação de máquinas para extrair ouro. A
construção de naves de grande porte. A decisão de enviar Ninmah, a cientista
médica, a Terra. A partida de Ninmah. Sua passagem por Lahmu (Marte). Aparelhos
denominados “O Pulsador”, “O Emissor” aparecem nos escritos Sumérios juntamente
com a “Água da Vida” e “Alimento da Vida” que foram utilizados por Ninmah para
ressuscitar Anzu. A nomeação de Anzu como Comandante de Lahmu (Marte) com
determinação de construir uma base em Marte para receber o ouro extraído da
Terra e enviar para o Planeta Vermelho. A chegada de Ninmah à Terra trazendo as
sementes de plantas que produziriam frutos e um elixir para curar os mais de
600 tripulantes sob o comando de Enki e Enlil. Os protestos de Enlil contra a
decisão de Anu, seu pai, em tornar Anzu comandante de Marte. Os trabalhos de
Ninmah e sua equipe formada por 12 mulheres.
E
aqui inicia-se a Segunda Temporada da Saga dos Sumérios...
Após promover o
“milagre da ressureição de Anzu”, Ninmah, deixa ao comando de Anzu, 20 seres
que construiriam a “estação de caminho” em Marte. A nave partiu do Planeta Lahmu (Marte) com
destino à Terra. Antes, porém, navegaram em torno da Lua, especulando a
possibilidade de se construir no satélite natural da Terra uma segunda estação
de caminho para as futuras naves cargueiras que levaria para o Planeta Vermelho
o ouro extraído da Terra. Mas, esta possibilidade, já havia sido descartada por
Enlil, EnKi e Anu, o rei dos Annunakis que se mostram não entender o interesse
da doutora médica por nossa Lua. Em escritos de outros povos, há uma certa
menção ao interesse de Ninmah pela Lua. Com base nestes escritos, acredita-se
que Ninmah teria o desejo de habitar a Lua e nela construir uma cidade médica e
seu próprio templo onde desenvolveria o seu lado místico e misterioso, porém,
estes escritos não se aprofundaram em tal realização. Os Sumérios não abordaram
este tema.
Nungal, piloto
da nave, pousou o enorme veículo especial nas águas do Golfo Pérsico, próximo
ao cais construídopor Enlil entre a confluência dos Rios Tigres e Eufrates,
evitando assim que as embarcações de vime, outrora usadas nos desembarques,
fossem descartadas. O grande veículo espacial após pousar nas águas, navegou
pela enseada em destino ao cais e neste suas amarras foram firmemente atadas.
No cais esperavam Ninmah seus meios irmãos Enlil e Enki e toda a tripulação. Os
três abraçaram-se fortemente e por alguns segundos assim permaneceram até a
chegada de Nungal, o piloto, que também estreitou abraços com os seres que dominavam
a Terra naqueles tempos. A nave trouxera uma grande tripulação e maquinários
previamente projetados por Enki, principalmente para a extração de ouro. A
tripulação da nave contava com 650 seres entre homens e mulheres. Um grande
aparato seria formado em Eridu para que assim os males provocados pelas
diferencias entre os dois planetas que, trouxeram transtornos para a saúde de
todos, fossem tratados e curados em definitivo pelas mãos e os conhecimentos
médicos de Ninmah.
Ninmah, uma cientista
medida muito considerada no seu planeta, trouxera sementes. Tais sementes
deveriam ser semeadas em solo fresco, com incidência do Sol e água para
geminarem. Semeadas, uma porção de matagais cresceria produzindo frutos e
sementes. Dos frutos e sementes, Ninmah produziria uma espécie de elixir que
todos os “heróis” (denominação suméria) deveriam beber para que as enfermidades
adquiridas na Terra fossem curadas “... Suas enfermidades irão embora;
isso os deixará contentes!...”, disse Ninmah.
Embora,carregasse
consigo aparelhos tecnologicamente desenvolvidos, Ninmah se utilizava de
mantras e outros meios que, por ela, fora agregado a sua função médica que eram
vistos como místicos e misteriosos. Em seu planeta era considera uma deusa da
cura, porém, nunca revelava seus meios místicos que, em conjunto com seus
aparelhos, promoverá curas inéditas de seres que já haviam perdido a esperança
devida. 24 mulheres receberam seus ensinamentos médicos e foram iniciadas nas
técnicas místicas usadas por Ninmah para obter a cura para seu povo. 12 dessas
mulheres seguiram viagem com Ninmah à Terra e as restantes ficaram cuidando da
população no Planeta Vermelho monitoradas constantemente por Ninmah na Terra. A
deusa da cura mística, viveria na Terra por um longo período salvando vidas e
por onde passava, templos eram erguidos para a deusa Ninmah. De acordo com sua
atuação, território ou cidade que operava, a população da localidade,
construía-lhe templos dedicados e a atribuíam nomes outros originados em suas
crenças.
As leis de matrimônio e
sucessão promulgada pelos reis que governaram o Planeta Vermelho eram em certos
pontos confusas e em outros extremamente liberais, permitindo até
mesmo o adultério. Conjugadas com as leis do matrimônio estava as leis de
sucessão. Assim, para obter um herdeiro e caso no seu casamento oficial não
nascesse um filho, os reis poderiam se valer de concubinas, ou seja, mulheres
que serviam o casal real ou até mesmo, como registrados em alguns casos, mulheres
escolhidas entre a população de seu planeta.
A
rivalidade entre Enki e Enlil estava baseada justamente nestas leis, pois Enlil
era filho de Anu com Ankina, casal real, sendo assim o primogênito e,
consequentemente, o primeiro na sucessão do trono. Porém, Anu tinha vários
filhos, sendo um deles nascido logo após o nascimento de Enlil. Este era Enki,
filho de Anu com uma concubina. Além de Enki, Anu tinha também Ninmah e outras
filhas, ou seja, todos eram filhos ou filhas do mesmo pai, porém com mulheres
diferente, sem linhagem real, mulheres ditas comuns escolhidas entre a
população do Planeta Vermelho. Desta forma, criou-se a corrida desleal e até
desumana entre Enlil e Enki para a sucessão do trono.
Tais
leis eram tão absurdas que para obter um herdeiro e dar continuidade a chamada
família real, um meio irmão poderia se casar com sua meia irmã e torcer para
nascer um filho, não valia filhas.
Assim, Enlil, mesmo fora de seu casamento oficial, engravidou Ninmah e
desta união adultera, nasceu Ninurta (Guardem bem este nome). Mas, Enki também
tinha um filho homem nascido de seu matrimônio com Dankina, filha do falecido
soberano Alalu. Marduk era seu nome. Outro que devemos memorizar o nome. Estes
filhos viriam para Terra acompanhar seus pais em suas tarefas de extração de
ouro e comando.
Bom, todo a rivalidade
nascida entre os clãs de Enlil e Enki no Planeta Vermelho pela disputa da
sucessão real, viria se manifestar fortemente com a chegada de seus filhos. Com
seguimentos dos episódios vindouros, vocês constatarão a o que estes clãs farão
pelo poder de comando e exploração do Planeta Terra.
No próximo episódio
abordaremos as construções de cidades e outros feitos proporcionados por Enlil
e Enki nos territórios dominados pelos mesmos. Vocês verão que a cada Shars
(ano anunnakis) passado, mais e mais cresce a rivalidade entre entes clãs que
trará consequências catastróficas para o futuro do Planeta Terra...
Não Percam!
Renato Galvão
O TEMA É CULTURA.
Sou da terra de Iberê Camargo
Assim como um dos maiores pintores expressionistas da segunda metade do século XX, Iberê Bassani de Camargo (1914-1994), eu nasci muito próximo a um córrego – que, no Rio Grande do Sul, se chama sanga -, onde, no final do século XIX, instalou-se uma caixa d’água para o abastecimento das antigas locomotivas a vapor e, na sequência, uma estação ferroviária que servia à Estrada de Ferro Porto Alegre (capital) – Uruguaiana (fronteira com a Argentina).Iberê, filho de ferroviários, deixou o antigo povoado de Restinga Seca, por volta de 1920, os pais haviam sido transferidos. Contudo, segundo relatos, os primeiros rabiscos teriam sido feitos nas salas da antiga estação – mais tarde, substituída por um prédio de alvenaria. Registra-se também que uma das suas mais importantes fases na pintura, a “fase dos carretéis”,teve, como pano de fundo, os apetrechos de costura da mãe, que era telegrafista durante o dia, mas se ocupava da feitura das roupas da família, em um tempo que havia poucas, quiçá, raras lojas com vestimentas prontas.
Relatos familiares contam que, desde bem pequena, fui apaixonada pela estação ferroviária, local em que, à noite, meu pai levava-me para ver o “passageiro”, trem, evidentemente, de passageiros que, por volta de 21h, “movimentava” a pequena cidade. Meu pai também ensinou a amar, além da estação, da linha férrea e dos trens, aqueles espaços mágicos cobertos por lonas que, de tempos em tempos, apareciam na pequena cidade, eram os circos e os circo-teatros. Naqueles espaços simplórios, com representações humílimas de peças teatrais inspiradas nos grandes nomes do teatro nacional e internacional, aprendi a gostar de arte, de literatura, de teatro.
Iberê Camargo, depois de acompanhar os pais pelo interior do Rio Grande do Sul, fixou residência em Porto Alegre, seguindo, mais tarde, para o Rio de Janeiro e, de lá, para a Europa. Estudou! As suas obras – autorretratos, a fase dos carretéis, a fase das ciclistas, a fase das idiotas – tornaram-se conhecidas, expostas em Tóquio, Milão, Londres, Madri, Nova Iorque. Nunca se furtou a dizer sobre a sua origem: a velha estação férrea, próxima à caixa d’água nas proximidades de um córrego – que, no Rio Grande do Sul, se chama sanga.
Em Genebra, na Suíça, está a sede da Organização Mundial da Saúde, um esforço da humanidade que a erigiu em 1966 e, representando o Brasil, está um grande painel – de 49 metros - pintado por Iberê Camargo. Trata-se de uma pintura abstracionista, que pode ser vista a uma distância de aproximadamente 40 metros, mas que, à pequena distância, oferece nova perspectiva a quem vê.
Iberê Camargo aventurou-se ainda pelo mundo das letras e, particularmente, agrada-me Gaveta dos guardados(2009), um conjunto de textos memorialistas, organizado por Augusto Massi. Nos textos iniciais, está a nossa Restinga Seca – a dele, vivida na segunda década do século XX, recordada pela escrita nos anos 1990 e a minha, da memória e do presente. Andamos por caminhos muito parecidos, conhecemos locais que pouco mudaram. Ele lembra pessoas que lhe foram importantes. Eu tenho histórias para contar sobre as pessoas que ele conheceu. Assim é a vida...
Érevisora de textos acadêmicos (projetos, artigos, dissertações, teses).
AUTOR DO MÊS!
Michele Silveira Huck
Escritora e Poetisa com estilo livre de escrita, sua principal característica. Participou de vários eventos literário e concursos...CoAutora das Coletâneas Rio de Flores, Encantos da Lua (Rio de Flores Editora).
Os Navegantes II (Alessandro Lopes Silva)
Participou de vários eventos literário e concursos.
Confiança quebrada
Sonhos desfeito
Amizades falsas
Amor que nunca existiu
Tudo se destruiu
Solidão amargando no peito
Dor dilacerando a alma
Nunca se imagina
Que em quem confiamos
Um dia vá nos decepcionar
O mundo caí
Mas a superação é certa
Nada é para sempre
E tudo que hoje machuca
Amanhã vamos entender
Que também nos ensinou
Os estragos que uma falsa
Amizade causa
Dor mas ensina
A nunca querer ser igual
A quem um dia vacila
GIRO CULTURAL
LETÍCIA DE QUEIROZ PALESTRANDO EM TERESÓPOLIS
No último sábado dia 12 de fevereiro, a
talentosa escritora Letícia de Queiroz organizou uma palestra no espaço Bisou
Gourmet no centro de Teresópolis, juntamente com Verônica Dos Anjos, Dra em Ciências
Sociais. A palestra teve por tema: Ativando seu poder pessoal, e cada uma falou
sobre como criar uma visão positiva para 2022 com base em medidas simples e
eficazes.
Letícia
De Queiroz
é escritora, membro da ALB ( Academia de Letras do Brasil – sucursal
Teresópolis RJ), atriz, produtora e formada em administração.
Verônica
Dos Anjos
é escritora, membro da ALB ( Academia de Letras do Brasil – sucursal
Teresópolis RJ), especialista em Desenvolvimento Pessoal Integral, Coach,
possui formação em Serviço Social, mestrado e doutorado em Ciências Sociais,
iniciação em Reiki, possui formação em Bioenergética e formação em Medicina
Emocional.
Sua palestra teve como foco a determinação, resiliência e abordou conceitos da física quântica. Foi um momento para refletir sobre a nossa responsabilidade diante das adversidades.
O evento contou com um exercício prático, com o objetivo principal de trazer clareza sobre as 3 dimensões da vida humana, que conduzem à realização de sonhos e metas. O equilíbrio entre essas 3 dimensões estimula a ação consciente e com foco.
Portanto, esse é um exercício oportuno e
adequado para o começo do ano, à medida que ajuda na criação de uma visão de
futuro acompanhada de medidas práticas para sua realização.
Michele Huck, Waldir Couto, Shirlei Pinheiro e a palestrante Letícia De Queiroz
Sem dúvida foi um momento
para ficar guardado na memória, tanto pela palestra muito bem elaborada, como
pelos encontros. No final o espaço Bisou Gourmet nos proporcionou um delicioso
café e atendimento de primeira, com um ambiente simpático e aconchegante, que
venham mais momentos como este.
@leticiadequeirozescritora
TERESÓPOLIS DE OUTRORA
https://www.historia.uff.br/stricto/td/1611.pdf
REMINISCÊNCIAS - ESTRADA DE FERRO THEREZOPOLIS - Documentário
Imagens deste artigo- Facebook Grupo Reminiscências de Teresópolis
Shirlei Pinheiro
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022
terça-feira, 1 de fevereiro de 2022
CRÔNICA DO MÊS.
Minha mulher e eu temos o segredo para fazer um casamento durar: Duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida e um bom companheirismo.
Ela vai às terças-feiras e eu, às quintas.
Nós também dormimos em camas separadas: a dela é em Fortaleza e a minha, em SP.
Eu levo minha mulher a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta.
Perguntei a ela onde ela gostaria de ir no nosso aniversário de casamento, “em algum lugar que eu não tenha ido há muito tempo!” ela disse. Então, sugeri a cozinha.
Nós sempre andamos de mãos dadas…Se eu soltar, ela vai às compras!
Ela tem um liquidificador, uma torradeira e uma máquina de fazer pão, tudo elétrico. Então, ela disse: “nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar”. Daí, comprei pra ela uma cadeira elétrica.
Lembrem-se: o casamento é a causa número 1 para o divórcio. Estatisticamente, 100 % dos divórcios começam com o casamento.
Eu me casei com a “senhora certa”. Só não sabia que o primeiro nome dela era “sempre”.
Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la.
Mas, tenho que admitir: a nossa última briga foi culpa minha.
Ela perguntou: “O que tem na TV?”
E eu disse: “Poeira”.
Luis Fernando Veríssimo
REFLEXÃO POR TANIA COSTA
ONDE ESTÁ NOSSO
CORAÇÃO?
O ano está
começando, os dias se passam rapidamente e corremos atrás de tantas coisas que
não nos damos conta de coisas tão simples e perfeitas que existem ao nosso
redor.
Nossa mente
voltada para o trabalho, para os afazeres do dia a dia, para a correria
cotidiana. Nosso corpo todo, em um conjunto frenético e harmonizado, obedece a
esse grande comandante que é esse poderoso órgão chamado cérebro.
Mas o nosso
coração, onde está?
Podemos
responder com facilidade, é o que pensamos. Assim como o cérebro, ele faz parte
da máquina chamada corpo e está no interior do nosso peito, executando sua
tarefa muito bem, ao menos é o que desejamos, bombeando nosso sangue, pulsando,
batendo, nos mantendo vivos.
Mas não é
nesse sentido físico que me refiro ao fazer essa pergunta que martela em minha
mente e faz palpitar esse órgão chamado “coração”.
Corremos
tanto, estamos tão envolvidos em batalhas que nos parecem, por vezes,
impossíveis de vencer, que deixamos nossos mais belos sentimentos adormecidos,
esquecidos, jogados em um canto qualquer como um livro cheio de lindas estórias
que já lemos e agora está na estante, empoeirado...sem utilidade.
Mas você já
percebeu que se pegarmos o velho livro esquecido, tirarmos o pó acumulado de
tempos e o abrirmos, as lindas estórias ainda estarão lá?
E o mais
incrível! ... Quando você abrir o velho
livro e ler novamente aquelas estórias por tempo esquecidas, elas não parecerão
velhas, antigas, sem graça. Muito pelo contrário, elas terão ainda o mesmo
encantamento, ou quem sabe, até maior encantamento porque você também
envelheceu, amadureceu, adquiriu sabedoria, e então conseguirá ver um novo
sentido na leitura.
Quando você
abrir o velho livro, você abrira novamente suas asas da imaginação. Que por
algum motivo, em algum ponto de sua vida você esqueceu que possui, assim como
esqueceu do livro.
É mais ou
menos assim que funciona com seu coração.A vida vai passando, as batalhas vão
chegando e você vai deixando para trás, em alguma prateleira sua história, seus
sentimentos puros. Vai deixando seu
coração ficar empoeirado e dando lugar somente para seu cérebro agir.
Devemos sim,
agir com a razão, nosso cérebro é muito sábio, principalmente se o alimentarmos
corretamente, com bons pensamentos e boas leituras, por exemplo. Mas devemos
também dar voz ao nosso coração, deixar ele falar um pouco, deixar ele gritar
ao mundo o quanto ainda é capaz de amar.
Nosso
coração pode e deve estar onde ele quiser! É claro, acompanhado por Deus, nosso
mestre e por nosso cérebro, que direciona as coisas com coerência. Mas sim,
devemos deixar nosso coração ficar onde ele desejar.
Quem sabe
hoje nosso coração possa estar dando a mão ao caído par levantá-lo? Ou, quem
sabe, dando carinho a uma criança, que mesmo muito pequena já conhece o
sofrimento? Ou ainda, quem sabe, nosso
coração no dia de hoje, possa estar
dando amor e cuidados aquele idoso que passou sua vida inteira cuidando dos
seus entes queridos que agora o largaram em um canto? Como o livro empoeirado,
os idosos possuem lindas histórias a serem contadas.
Onde está
seu coração?
O mundo
chora, o mundo está se debatendo, ansiando por amor, tentando sobreviver. São
incontáveis as dores do mundo!
Que possamos
usar toda a sabedoria que essa potente máquina chamada cérebro possui para
tentar melhorar o mundo. Mas não nos esqueçamos que se o nosso cérebro não
estiver aliado ao nosso coração. Será tudo em vão.
“ Acima de
tudo revistam-se do amor, que é o elo perfeito”. Colossenses 3:14
“Ainda que eu
falasse a língua dos homens e falasse a língua dos anjos, sem amor, eu nada
seria.”. Paulo de Tarso, 1 coríntios 13
Onde está
seu coração?
Deus nos abençoe! Que nosso coração esteja sempre voltado para o amor que é o dom supremo.Que possamos ser um livro aberto, que as pessoas possam abrir suas asas e voar num mundo mágico, onde não há dor, nem sofrimento, onde se possa viver os mais belos sonhos.
Tania Costa é escritora desde a adolescência mas conseguiu realizar seu sonho de infância em 2020 quando publicou seu primeiro livro A Fazenda das Borboletas pela Editora UNISV.Nascida em São José do Norte, vinda de família humilde, extremamente tímida, sempre teve muito gosto pela leitura, quando não estava na escola passava horas lendo. É presidente de uma ong que trabalha com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade
PUBLICAÇÃO AUTORIZADA
CLÁUDIO EHLERS
(Dedico para as mulheres que sofreram
ou sofrem pela violência praticada por alguém que,
pelo menos uma vez, disse que as amava)
Não quero ser cantada,
cortejada, mal ou bem falada.
Não quero machismo.
Não quero ser assediada,
ter a alma roubada.
Não quero achismo.
Não quero ser obrigada,
xingada ou discriminada.
Quero amor, quero flor e, por favor, não é não!
Estar sozinha é por opção,
se acompanhada estou
e não quero mais, respeite.
Se deleite em meu carinho
e apenas retribua.
Não estou acompanhada para que tenhas direito,
em meu ventre, em meu sexo, em meu peito.
Quero paixão, romantismo e educação.
Quero ser mulher e não um brinquedo qualquer, não.
Não pense que me usando
vai levantar meu astral,
sendo bicho homem,
você só me fará mal.
Não é não!
Cláudio Ehlers, Poeta, escritor e
compositor gaúcho, da cidade de Triunfo-RS, concursado na área da educação,
funcionário público municipal, cursando Faculdade de Filosofia.
Participou de diversas Antologias,
Concursos e Prêmios Literários Nacionais, entre eles, Autores Luso Brasileiros
do Instituto Cultural Português, Sala Açoriana de Triunfo em 2020, Sala
Açoriana de Santo Antônio da Patrulha em 2021 Antologia Determinação, Poemas,
Poemas e Contos do Clube dos Autores 2020, Antologia Princesa Isabel da Editora
Mundo Cultural World em 2021, Coletânea Rio de Flores 2021, entre outros.Lançando
o livro de poesias Esculturas de Palavras e Sentimentos no início deste ano.
NATÁLIA TAMARA
ENSINO REMOTO:
DESAFIOS E PERCEPÇÕES DOS PROFESSORES NO CENÁRIO EDUCACIONAL EM VIRTUDE DA PANDEMIA.
[1] INTRODUÇÃO
O ano de 2020 será marcado na vida dos
brasileiros e do mundo como um todo, fadado a entrar para historia universal em
decorrência de um vírus respiratório chamado SARS-CoV-2, sigla oriunda do termo
"severeacuterespiratorysyndromecoronavirus2" (síndrome respiratória
aguda grave de coronavírus 2), responsável por provocar um quadro inflamatório
conhecido como doença do coronavírus 2019 (COVID-19),nomeado pela Organização
Mundial da Saúde (OMS).
Notoriamente, o Brasil e o mundo, estão enfrentando grandes dificuldades
em virtude da crise sanitária causada pelo COVID-19. Muitas são as formas de
contaminação pelo vírus, que possui alta taxa de transmissão e um percentual
assustador de letalidade. De acordo com Borba (2020), a pandemia do novo
coronavírus tem ocasionado, em grande parte da população mundial, dentre elas a
população brasileira, quadros de ansiedade, aflorado diversos tipos de
sentimentos e comoções, independente da classe social ou cultural que o
indivíduo pertença. O cenário advindo de uma pandemia é assustador e carrega
consigo incertezas que preocupam as diversas áreas da sociedade. Além do estado
de bem-estar e saúde física das populações e da capacidade de atendimento do
sistema público de saúde, os discursos e estratégias em resposta ao caos
ocasionado por uma situação pandêmica também estendem-se à educação.
As principais medidas para evitar a disseminação do vírus são o uso de
máscara, a higienização constante das mãos e dos materiais individuais, o
distanciamento social e a quarentena.O distanciamento social e a quarentena têm
impactado diretamente na vida de todos os brasileiros, especialmente na educação,
causando o afastamento presencial de docentes e discentes.
Unidades de ensino, tanto particular, quanto pública tiveram suas
atividades presenciais suspensas, atingindo assim milhões de estudantes em todo
país, tal acontecimento prejudica diretamente o ensino e a aprendizagem,
sabe-se que a suspensão das aulas é medida essencial para se evitar a
propagação da contaminação, considerando que as instituições de ensino é um
ambiente natural de contato. Porém, diante a percepção coletiva das autoridades,
gestores e professores que a educação não pode parar, há a necessidade da
adaptação à nova rotina posta no cenário educacional, professores, alunos e
toda comunidade escolar estão na tentativa de superar os desafios e
dificuldades encontradas neste modelo denominado de aulas remotas.
Em virtude dos fatos relatados, houve a
necessidade de normatização, a qual foi realizada pelo Ministério da Educação e
Cultura (MEC) através da portaria nº 343 de 17 de março de 2020, para permitir
a substituição das aulas presenciais nas instituições de ensino do país, por
aulas que favoreçam os meios e as tecnologias de informação e comunicação. Pode-se conceber este momento, como uma
revolução na prática docente, o uso da tecnologia, uma vez vista como algo negativo,
para o processo de ensino e aprendizado, hoje é visto com um novo olhar, não
como um fim, mas como um meio positivo, pois é uma ferramenta que tem
favorecido de forma precisa e eficaz no processo educacional.
Diante da inserção das tecnologias na educação
é inegável a percepção de que o processo de reconfiguração das mídias para o
âmbito escolar implica a apropriação de conhecimentos que se inserem em
contextos reais de uso, pois “as tecnologias são pontes que abrem a sala de
aula para o mundo, que representam e medeiam o nosso conhecimento do mundo”
(MORAN, 2007, p.164). O professor Albano Goés de Souza, Doutor em Educação e
Especialista em Educação e Tecnologias, frisou em uma palestra ofertada na
turma de Estágio Supervisionado, curso de Língua Portuguesa e Literatura, na
Universidade do Estado da Bahia, que vivemos em um tempo que o aluno faz parte
de um mundo globalizado, ou seja, o formato do aluno mudou; o estudante tem em
sua vivência e experiências cotidianas que permeia o campo tecnológico.O
discente atual adora controles remotos/joysticks, redes sociais,a nova geração
esta imbuída no mundo das tecnologias digitais. Nesse sentindo é importante que
a escola se reinvente e busque melhores formas de encaixar essas vivências,
possibilitando que o alunoaprenda e absorva melhor o conteúdo. O professor
precisa ser ativo, ter metodologias que engaje o aluno, e o ajude a pensar
criticamente mediante esse contexto virtual o qual estamos inseridos. O
professor Dr. Albano, ainda enfatiza que é notória a crescente utilização da
informática na atual sociedade, e neste período pandêmico tem chamado também a
atenção do setor educacional de forma mais expressiva. Desta forma, os
professores precisam se adaptar para inserir na sala de aula as ferramentas das
tecnologias de informação e comunicação (TIC), incluindo softwares educacionais
e de uso geral.
Nesse contexto, esta pesquisa volta-se a dar
vozes aos educadores através de entrevistas, na tentativa de compreender a
visão destes sobre as dimensões do acesso ao ensino e às condições oferecidas
pelas instituições. Ouvir os docentes é de extrema necessidade, principalmente
referente o processo de capacitação para utilizarem essa ferramenta
tecnológica, compreender suas dificuldades e relatar suas experiências mediante
a aplicabilidade do novo modelo de aula. Importante destacar, que a
qualificação do trabalho do professor e a relação ensino – aprendizagem já
vinha sendo desenvolvida por muitas instituições de ensino, mas não nesse
aspecto.
Portanto, a proposta do artigo em pauta
justifica-se pela ação de ouvir esse importante profissional no intuito de
obter informações que se transformem em conhecimento científico, a fim de
contribuir para construção de uma sociedade igualitária. Como também, através
da entrevista coletar dados, como subsídio para embasar discussões não
meramente de cunho técnico e operacional, mas que aborde e considere os
aspectos emocionais, levando em consideração que estes profissionais estão
atravessando, me meio a essa pandemia, uma mudança brusca tanto na vida
pessoal, quanto ao seu modelo adaptável de ensino.
2.
MÉTODO -ANÁLISE DE DADOS E OS SUJEITOS DA
PESQUISA
O presente estudo consiste em uma revisão
bibliográfica sistematizada, realizada através de pesquisas de artigos
científicos, além de relatar dados científicos apontados pela Organização
Mundial da Saúde, diante a calamidade de ordem sanitária que é o alastramento
do vírus SARS-CoV-2 que tomou proporção universal, desencadeando o isolamento
social, que teve impacto direto no cenário educacional. A revisão sistematizada
foi escolhida mediante autores e teóricos que permitem fazer uma organização e
síntesedas ideias apresentadas que convergem com a perspectiva da temática
abordada, facilitando assim a interpretação. Foram utilizadas as bases de
dados: Google Academics, RI UFBA– Repositório Institucional da
Universidade Federal da Bahia e o Scielo.
Outa
metodologia de caráter importante foram às entrevistas. Os sujeitos da pesquisa
são docentes atuam na Educação Básica
na rede estadual, municipal de ensino de Jacobina/BA. São professoras com 20
anos de profissão, uma com graduação em Língua Portuguesa e Educação Física, as
outras duas com graduação em Língua Portuguesa. Profissionais com idade acima
de 30 anos do sexo feminino. A fim de preservar as identidades dos integrantes
da pesquisa,as docentes, alvos da entrevista, participantes neste artigo, serão
identificadas da seguinte maneira: P01 a P03.
Considerando que a realização de uma pesquisa
envolve muitos aspectos importantes como o tipo de pesquisa e o percurso
metodológico seguido para alcançar os resultados, o trabalho apresentou parte
de uma abordagem qualitativa.De acordo com Reis (2012, p.61): “a abordagem
qualitativa está no modo como interpretamos e damos significados ao analisarmos
os fenômenos abordados sem empregar métodos e técnicas estatísticas para obter
resultados sobre o problema ou tema estudado”.
Na intenção de identificar as dificuldades, desafio
no processo pedagógico de professores em relação às aulas remotas ofertadas
pelas instituições públicas em relação ao ensino fundamental e médio foi
adotado como instrumento de coleta de dados o uso de um questionário
estruturado com nove questões. O
questionário foi entregue virtualmente a cada docente entrevistado, sendo
devolvido para analise das respostas e conclusão da coleta de dados.
3.
ENSINO E APRENDIZAGEM EM TEMPOS DE PANDEMIA
Há muito que o cenário educacional vem
passando por transformações. Neste contexto pandêmico está posta uma nova
realidade escolar, onde o distanciamento fisicamente entre docente e discente
se faz necessário; estando conectadospor meio de um único recurso possível, a
tecnologia.
A aprendizagem é um processo contínuo que
ocorre durante toda a vida do sujeito, e se organiza em distintas formas,
muitos teóricos da educação destacam inúmeros conceitos. Dentre eles podemos
citar alguns, Piaget (1996) “aprendizagem se dá por assimilação”,Vigotsky
(1989), “a aprendizagem passa por umprocesso de internalização de conceitos”,
Skinner (1972) “o sujeito aprende quando produz modificações no ambiente”, Freire
(1997) “aprendizagem se dá na realidade dos sujeitos, aprendem com suas
vivências”.
Sabe-se que o processo de construção de ensino e aprendizagem, se dá por
meio da interação dos agentes educacionais que participam como protagonistas
interagindo e produzindo saberes. Esse processo ocorre quando o ser humano
capta novas informações, adquirindo também novos comportamentos e atitudes,
provocando o desenvolvimento humano em todas as áreas da sua vida, inclusive na
constituição de um desenvolvimento social e afetivo.
Ainda quanto ao processo de
ensino-aprendizagem, Jean-Jaques Rousseau (1712-1778) gerou uma revolução
pedagógica ao deslocar “o centro do processo de aprendizagem do docente e dos
conteúdos para as necessidades e interesses dos educandos” (LIMA, 2016, p. 423).A
ação de ensinar contempla uma compreensão que alcança mais que o espaço físico,
o de conhecimento do professor (a), e das atividades realizadas pelos alunos
(as). No entanto, todos os envolvidos nesse processo, docentes, discentes, e as
instituições de ensino, deparam-se em contextos globais que interferem na
relação, no caso do estudo em discussão, a nova metodologia proposta como
medida emergencial pela pandemia para
continuidade da aprendizagem se
sobressai.
As propostas em debate no atual momento são de
educação à distância, aulas remotas, plataformas de ensino entre outras e são
muitas que vem a mobilizar as instituições de ensino em todas as instâncias. Suas
propostas metodológicas de interação do professor com o aluno, nomeadas de
chats, fóruns, salas de tarefas e uma infinidade de ferramentas disponíveis na
qual os envolvidos não dominam sua utilização, o que nos traz ao embate se
somos seres tecnológicos, porém, não dominamos tais tecnologias e suas
metodologias. Desse modo, recorremos a Munhoz, que nos remete a reflexões,
quando cita:
As mudanças exigidas no perfil de um novo
profissional são presentes e deixam muitos professores insones na procura de
como ensinar em um mundo com tantas mudanças. Elas não param de acontecer a uma
velocidade de que não permite que o acompanhamento seja generalista. (MUNHOZ,
2018, p. 34).
Estamos enfrentando drásticas mudanças em nossos hábitos mais comuns,
tais acontecimentos tem gerado muitas discussões e divergências quanto ao
isolamento social e aimpossibilidade de frequentar espaços de socialização,
como é o do ensino/aprendizagem. De acordo com Vera, Zúñiga e Bernal (2013, p.
1), o fato de a virtualização da educação estar tomando atualmente um interesse
geral importante, dada a dinâmica social e didática educacional que representam
a este respeito uma consequência positiva da evolução tecnológica.
A experiência de aprendizagem neste modelo
remoto envolve as instituições de ensino, equipes pedagógicas, docentes e
discentes, todos vivenciando algo novo e de forma repentina. Neste sentido,
Franco (2015, p. 603) considera que as relações entre professor, aluno,
currículo e escola são relações que impõem uma convivência, tensional e
contraditória, entre o sujeito que aprende e o professor que se organiza e
prepara as condições para ensinar. Necessário fresar sobre esse aspecto a
importância do docente dentro desse cenário, ou seja, a sua percepção diante do
processo de ser e/ou sentir-se capacitado para essa moderna ferramenta na sua
prática profissional.
Neste cenário, os protagonistas que mediam essa relação ensino
aprendizado “docentes” deparam-se com esse turbilhão de demandas a serem
atendidas, além da conjuntura de normas a serem protocoladas e atendidas pela
sua respectiva Secretaria de Educação, todo processo de demandas pedagógicas,
este profissional tem que se capacitar para o domínio da nova ferramenta,
aperfeiçoar e/ou rever seus planejamentos de aula, face à nova metodologia
proposta pelas instituições.
4.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A pandemia da Covid-19trouxe uma
ressignificação para a educação, nunca antes imaginada. Os impactos ocasionados
na sociedade são de variadas ordens, que vão desde à economia do país, passando
por questões sociais, culturais, históricas de uma nação. A dor causada pela
perda de pessoas, o afastamento, o isolamento social, causaram uma
desestruturação no sistema regular e presencial de ensino.
Atualmente vivemos em uma verdadeira revolução digital, ainda que no
passado as tecnologias não fossem tão valorizadas, porém, devido a tantas
mudanças, passa a receber um novo olhar, devido permitir a comunicação de modo
prático, além das várias outras possibilidades, passando hoje a serem
atividades corriqueiras, pois torna mais prático e confortável o processo de
execução das nossas atividades diárias. E esse novo olhar foi também percebido
por educadores e pela escola, pela convivência e aprendizagem a partir da troca
de conhecimentos que é possível a partir deste processo de inter-relação.
Após a análise dos dados oriundos da aplicação
do questionário, foi observado que as três docentes compartilham da mesma
insatisfação quando questionadas sobre como a rede e a escola se organizaram
para este momento pandêmico. As docentes enfatizam que infelizmente não houve
ao longo dessa pandemia nenhuma organização sistematizada. A entrevistada P01,
relata que houve uma iniciativa da rede estadual em tornar viável o ensino
remoto, afirmando que é uma ação positiva, mesmo de forma tardia de certa
forma, pois essa condição viável foi introduzida apenas em 2021, à mesma relata
que no município, não há alinhamento em rede, e que percebe muito mais
dificuldade em entender como melhor sistematizar o ensino remoto no ano contínuo.
Outas repostas de convergência simultânea entre as profissionais da educação é
em relação aos desafios que elas têm enfrentado neste momento de atividades
remotas.
Diante
do contexto as professoras alegam que tudo é desafiador: desde a adaptação às
novas ferramentas tecnológicas, quanto a ministrar aulas nesse modelo remoto. A
docente P03 expõe que o impacto nas estratégias de ensino da língua portuguesa,
foi considerado grande. Tudo precisou ser replanejado, e que não está sendo
fácil adaptar.A docente P02, diz que a crise sanitária está trazendo uma
revolução pedagógica para o ensino presencial, porém as dificuldades são
inúmeras, principalmente no que tange a acessibilidade digital dos discentes, a
professora frisa que é uma das maiores dificuldades neste novo modelo de
ensino. A profissional P01 relata que apesar das suas aulas serem produtivas,
dinâmicas e significativas, a maior dificuldade esbarra no engessamento da
Secretaria, na ausência de um plano de ação que garanta o acesso ao ensino
remoto (conectividade, por exemplo). A professora diz que tem sido uma
experiência cansativa, estressante, porém, um aprendizado significativo.
Apesar do desenvolvimento e expansão das
tecnologias da informação e comunicação percebe-se ainda que poucos têm acesso
à internet e as suas tecnologias, ocasionando desigualdades na medida em que
apenas alguns são beneficiados e outros ficam distanciados do progresso
(FELIZOLA, 2011).
Diante da inserção das tecnologias na educação
é inegável a percepção de que o processo de reconfiguração das mídias para o âmbito
escolar implica a apropriação de conhecimentos que se inserem em contextos
reais de uso, pois “as tecnologias são pontes que abrem a sala de aula para o
mundo, que representam e medeiam o nosso conhecimento do mundo” (MORAN, 2007,
p.164). De acordo com a citação, a profissional P01 elucida que espera que,
percebida a fragilidade da escola pública, quer seja com relação ao espaço
físico, quer seja com relação à formação docente frente às tecnologias e adoção
de estratégias metodológicas (como as metodologias ativas), sejam investidos
recursos e políticas que criem condições para que a instituições de ensino,
ofertem uma educação de melhor qualidade, acessível e com equidade;
possibilitando para os profissionais, capacitação para que esta oferta seja de excelência.
Foram relatadas pelos professores diversas metodologias e maneiras de
lidar com a atual situação, dentre elas, o uso de vídeo conferências, aulas
expositivas através de plataformas online, produção de vídeo aulas curtas, ou por
meio de grupos do WhatsApp, tendo como principal recurso tecnológico o celular
e o notebook. Assim como a disponibilização de apostilas eletrônicas por meio
do Google Classroom, atividades impressas para os discentes que não possuem
acesso aos recursos tecnológicos docentes.
O contato com as novas tecnologias – para a
Educação Básica presencial emergencial – causou um lugar de entrecruzamento, de
intersecção, denominado por Bhabha (2010) como o “lugar fronteiriço”. A
fronteira é composta de valores e costumes de um lugar como os do outro, ou
seja, é no lugar fronteiriço que ocorrem os encontros com o estranho, o
desconhecido, proporcionando a experiência do “além-limite”.
De um modo geral, essas experiências além do limite têm angustiado muito
os docentes, pois este profissional por sua vez, é a figura central na mediação
deste processo. Com o novo cenário, o estranhamento foi notório, para alguns o
momento foi mais complicado. Porém, mesmo diante de tantos problemas que foram
e precisam ser superados, sabemos que ser professor trás o desafio, o prazer de
ensinar, e de transformar vidas.
Observa-se que a responsabilidade de educar,
hoje, recai tão somente sobre a escola, especialmente sobre a figura do
professor. Contudo, o ato de educar compete a todas as instituições sociais
comprometidas com o desenvolvimento do país. Principalmente a família – uma das
instituições mais antigas – deve ter sua coparticipação junto à escola, uma vez
que é ela que compete a transmissão de valores morais. Essa parceria deve visar
à formação do educando, a fim de que este exerça sua autonomia e liberdade
frente as suas atividades no contexto escolar e no seu convívio em sociedade.
Dessa forma, falar do papel do professor no processo ensino/aprendizagem é
fundamental, pois o professor é consciente de como é importante sua atuação na
formação de pensadores.
5.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante dos resultados obtidos é perceptível
que o atual momento em que vive a educação, bem como outras áreas da sociedadeé
desafiador diante da conjuntura atual que estamos vivenciando. O presente
artigo suscitou discussões sobre o Ensino Remoto, modelo atual de ensino
mediante o momento pandêmico que estamos a atravessar. O presente trabalho
configurou uma representação do olhar do professor sobre a prática pedagógica
incluindo as ferramentas tecnológicas e o distanciamento social.
A
pesquisa de cunho qualitativo evidencia a realidade do professor, os desafios,
problemas e percepções dos docentes que estão sobrecarregados diante desta
modalidade de ensino. As novas formas de transmitir o conhecimento e os
conteúdos são ofertados nas diversas plataformas digitais online, na qual as
aulas acontecem de forma remota através do modelo síncrono (em tempo real) ou
assíncrono (não é em tempo real), tem proclamado diversas discussões e
divergências entre os profissionais da educação, porém é certo, que a grande
maioria estão de comum acordo no que diz respeito ao processo de capacitação
dos educandos, bem como o investimento através de politicas publicas, para que
as instituições possam oferecer ao educadores melhores possibilidades de
ofertar uma educação de melhor qualidade para os educandos. Necessário pontuar
a importância do dialogo diretivo com os pais ou responsáveis dos alunos a fim
de orientá-los quanto as suas responsabilidades.
É relevante dizer que faz-se necessário
repensar e discutir, baseado nessa perspectiva, a influência da tecnologia no
contexto educacional e fomentar novos parâmetros que viabilizem o acesso a
esses recursos e os adaptem a realidade da comunidade escolar.
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Publicação autorizada.
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shirleipinheiro71@gmail.com Houve um tempo em que Teresópolis viveu o charme da estrada de ferro e suas locomotivas, em 1908 começou a circu...
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