terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

EDIÇÃO FEVEREIRO 02

 


MATÉRIAS ESPECIAIS RIO DE FLORES.

 


Ale Vieira (Alessandra Fermino Vieira) tem 29 anos é profissional Baby Sister, escreve poesias ou poemas desde 18 anos. Hoje aos 29 anos, sua linha de inspiração está baseada na música e na observação do mundo. Ale tem o sonho de se tornar uma escritora, viajar, conhecer novas pessoas e fazer amigos. Pretende publicar seu trabalho autoral, continuar participando de Coletâneas e trazer pessoas para o mundo da arte, pois acredita que a arte liberta o ser humano.

Ale Vieira é Coautora da Coletânea Encantos da Lua promovida pela Rio de Flores Editora (em fase de impressão) com dois belos textos intitulados “NÓS DOIS” e “QUAL SENSAÇÃO?”.

Conheçam mais Ale Vieira em: 

Instagram @alevieira1654

https://www.facebook.com/profile.php?id=100070318156784



Carlos Ramos de Oliveira, nasceuem 14 de outubro de 1954 em Salvador/Bahia, transferiu-se para a cidade do Rio de Janeiro em 1972 aos 18 anos, desde então vive na cidade carioca.  Prestou serviço milita na Marinha do Brasil por 6 anos e formou-se em Administração pela Faculdade Moraes Junior, onde primeiro apresentou seus poemas nos Concursos de Poesias dessa instituição.  O gosto pela poesia despertou muito cedo, aos 12 anos, com o interesse pela Literatura de Cordel, razão pela qual, as rimas fazem parte dos seus trabalhoscomo marca registrada. Outras influências vieram de autores como Olavo Bilac, Manoel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e Cecília Meireles.

Tem poemas publicados nas coletâneas: Poetas Brasileiros 1985 (Ed. Shogum Arte), Brasil Literário, edição de 1986 (Ed. Crisalis Editora), CoAutor na Coletânea Encantos da Lua (2022) promovida e realizada pela Rio de Flores Editora (em fase de impressão) com 06 poemas.


A SAGA DOS SUMÉRIOS.

 

Representação Artística de Eridu Montagem Renato Galvão

A Saga dos Sumérios - Temporada II - Episódio I - Ninmah, a deusa da cura.


Principais Acontecimentos na Temporada I

As guerras entre norte e sul. A tomada do trono do Planeta Vermelho por Alalu assassinando Lahma seu rei. Os conflitos entre os clãs de Alalu e Anu. O casamento de Enki com Damkina, filha de Alalu, para tentar unir os clãs e trazer a paz entre todos. A luta pelo poder do trono entre Alalu e Anu, seu sobrinho. A derrota de Alalu em luta corporal com Anu. A fuga de Alalu numa nave guerreira para o Sétimo Planeta, a Terra e suas “Armas de Terror”, mísseis atômicos. A fantástica viagem pelo Sistema Solar. A passagem pelo Cinturão de Asteroides ou Bracelete Martelado como denominaram os Sumérios. A chegada à Terra. A descoberta e o fascínio do novo planeta, sua flora, sauna e abundância de ouro. As negociações de Alalu para reaver o trono de seu planeta. A decisão da corte e de seu rei enviando Enki e 50 tripulantes para averiguar os relatos de Alalu. A edificação de Eridu na Mesopotâmia, a primeira cidade erguida na Terra 450.000 anos atrás. A chegada de Enlil. O racha entre Enki e Enlil, dois meios irmãos. A vinda de Anu a Terra. As determinações de Anu. A revolta Alalu. A nova luta entre Anu e Alalu pelo poder do Planeta Vermelho e na Terra. A doença estranha de Alalu. A condenação de Alalu exilado em Lahmu (Marte). A decisão de Anzu em se exilar com seu rei Alalu. A morte de Alalu. A promessa de Anu a Anzu. As doenças que se abateram sobre a tripulação. A descoberta de Abzu, “A terra ou Vale do ouro” no continente africano. Enki e a criação de máquinas para extrair ouro. A construção de naves de grande porte. A decisão de enviar Ninmah, a cientista médica, a Terra. A partida de Ninmah. Sua passagem por Lahmu (Marte). Aparelhos denominados “O Pulsador”, “O Emissor” aparecem nos escritos Sumérios juntamente com a “Água da Vida” e “Alimento da Vida” que foram utilizados por Ninmah para ressuscitar Anzu. A nomeação de Anzu como Comandante de Lahmu (Marte) com determinação de construir uma base em Marte para receber o ouro extraído da Terra e enviar para o Planeta Vermelho. A chegada de Ninmah à Terra trazendo as sementes de plantas que produziriam frutos e um elixir para curar os mais de 600 tripulantes sob o comando de Enki e Enlil. Os protestos de Enlil contra a decisão de Anu, seu pai, em tornar Anzu comandante de Marte. Os trabalhos de Ninmah e sua equipe formada por 12 mulheres.

E aqui inicia-se a Segunda Temporada da Saga dos Sumérios...

Após promover o “milagre da ressureição de Anzu”, Ninmah, deixa ao comando de Anzu, 20 seres que construiriam a “estação de caminho” em Marte.  A nave partiu do Planeta Lahmu (Marte) com destino à Terra. Antes, porém, navegaram em torno da Lua, especulando a possibilidade de se construir no satélite natural da Terra uma segunda estação de caminho para as futuras naves cargueiras que levaria para o Planeta Vermelho o ouro extraído da Terra. Mas, esta possibilidade, já havia sido descartada por Enlil, EnKi e Anu, o rei dos Annunakis que se mostram não entender o interesse da doutora médica por nossa Lua. Em escritos de outros povos, há uma certa menção ao interesse de Ninmah pela Lua. Com base nestes escritos, acredita-se que Ninmah teria o desejo de habitar a Lua e nela construir uma cidade médica e seu próprio templo onde desenvolveria o seu lado místico e misterioso, porém, estes escritos não se aprofundaram em tal realização. Os Sumérios não abordaram este tema.

Nungal, piloto da nave, pousou o enorme veículo especial nas águas do Golfo Pérsico, próximo ao cais construídopor Enlil entre a confluência dos Rios Tigres e Eufrates, evitando assim que as embarcações de vime, outrora usadas nos desembarques, fossem descartadas. O grande veículo espacial após pousar nas águas, navegou pela enseada em destino ao cais e neste suas amarras foram firmemente atadas. No cais esperavam Ninmah seus meios irmãos Enlil e Enki e toda a tripulação. Os três abraçaram-se fortemente e por alguns segundos assim permaneceram até a chegada de Nungal, o piloto, que também estreitou abraços com os seres que dominavam a Terra naqueles tempos. A nave trouxera uma grande tripulação e maquinários previamente projetados por Enki, principalmente para a extração de ouro. A tripulação da nave contava com 650 seres entre homens e mulheres. Um grande aparato seria formado em Eridu para que assim os males provocados pelas diferencias entre os dois planetas que, trouxeram transtornos para a saúde de todos, fossem tratados e curados em definitivo pelas mãos e os conhecimentos médicos de Ninmah.

Ninmah, uma cientista medida muito considerada no seu planeta, trouxera sementes. Tais sementes deveriam ser semeadas em solo fresco, com incidência do Sol e água para geminarem. Semeadas, uma porção de matagais cresceria produzindo frutos e sementes. Dos frutos e sementes, Ninmah produziria uma espécie de elixir que todos os “heróis” (denominação suméria) deveriam beber para que as enfermidades adquiridas na Terra fossem curadas “... Suas enfermidades irão embora; isso os deixará contentes!...”, disse Ninmah.

Embora,carregasse consigo aparelhos tecnologicamente desenvolvidos, Ninmah se utilizava de mantras e outros meios que, por ela, fora agregado a sua função médica que eram vistos como místicos e misteriosos. Em seu planeta era considera uma deusa da cura, porém, nunca revelava seus meios místicos que, em conjunto com seus aparelhos, promoverá curas inéditas de seres que já haviam perdido a esperança devida. 24 mulheres receberam seus ensinamentos médicos e foram iniciadas nas técnicas místicas usadas por Ninmah para obter a cura para seu povo. 12 dessas mulheres seguiram viagem com Ninmah à Terra e as restantes ficaram cuidando da população no Planeta Vermelho monitoradas constantemente por Ninmah na Terra. A deusa da cura mística, viveria na Terra por um longo período salvando vidas e por onde passava, templos eram erguidos para a deusa Ninmah. De acordo com sua atuação, território ou cidade que operava, a população da localidade, construía-lhe templos dedicados e a atribuíam nomes outros originados em suas crenças.

As leis de matrimônio e sucessão promulgada pelos reis que governaram o Planeta Vermelho eram em certos pontos confusas e em outros extremamente liberais, permitindo até mesmo o adultério. Conjugadas com as leis do matrimônio estava as leis de sucessão. Assim, para obter um herdeiro e caso no seu casamento oficial não nascesse um filho, os reis poderiam se valer de concubinas, ou seja, mulheres que serviam o casal real ou até mesmo, como registrados em alguns casos, mulheres escolhidas entre a população de seu planeta.

A rivalidade entre Enki e Enlil estava baseada justamente nestas leis, pois Enlil era filho de Anu com Ankina, casal real, sendo assim o primogênito e, consequentemente, o primeiro na sucessão do trono. Porém, Anu tinha vários filhos, sendo um deles nascido logo após o nascimento de Enlil. Este era Enki, filho de Anu com uma concubina. Além de Enki, Anu tinha também Ninmah e outras filhas, ou seja, todos eram filhos ou filhas do mesmo pai, porém com mulheres diferente, sem linhagem real, mulheres ditas comuns escolhidas entre a população do Planeta Vermelho. Desta forma, criou-se a corrida desleal e até desumana entre Enlil e Enki para a sucessão do trono.

Tais leis eram tão absurdas que para obter um herdeiro e dar continuidade a chamada família real, um meio irmão poderia se casar com sua meia irmã e torcer para nascer um filho, não valia filhas.  Assim, Enlil, mesmo fora de seu casamento oficial, engravidou Ninmah e desta união adultera, nasceu Ninurta (Guardem bem este nome). Mas, Enki também tinha um filho homem nascido de seu matrimônio com Dankina, filha do falecido soberano Alalu. Marduk era seu nome. Outro que devemos memorizar o nome. Estes filhos viriam para Terra acompanhar seus pais em suas tarefas de extração de ouro e comando.

Bom, todo a rivalidade nascida entre os clãs de Enlil e Enki no Planeta Vermelho pela disputa da sucessão real, viria se manifestar fortemente com a chegada de seus filhos. Com seguimentos dos episódios vindouros, vocês constatarão a o que estes clãs farão pelo poder de comando e exploração do Planeta Terra.

No próximo episódio abordaremos as construções de cidades e outros feitos proporcionados por Enlil e Enki nos territórios dominados pelos mesmos. Vocês verão que a cada Shars (ano anunnakis) passado, mais e mais cresce a rivalidade entre entes clãs que trará consequências catastróficas para o futuro do Planeta Terra...

Não Percam!

Renato Galvão

O TEMA É CULTURA.

 


Sou da terra de Iberê Camargo

Assim como um dos maiores pintores expressionistas da segunda metade do século XX, Iberê Bassani de Camargo (1914-1994), eu nasci muito próximo a um córrego – que, no Rio Grande do Sul, se chama sanga -, onde, no final do século XIX, instalou-se uma caixa d’água para o abastecimento das antigas locomotivas a vapor e, na sequência, uma estação ferroviária que servia à Estrada de Ferro Porto Alegre (capital) – Uruguaiana (fronteira com a Argentina).
Iberê, filho de ferroviários, deixou o antigo povoado de Restinga Seca, por volta de 1920, os pais haviam sido transferidos. Contudo, segundo relatos, os primeiros rabiscos teriam sido feitos nas salas da antiga estação – mais tarde, substituída por um prédio de alvenaria. Registra-se também que uma das suas mais importantes fases na pintura, a “fase dos carretéis”,teve, como pano de fundo, os apetrechos de costura da mãe, que era telegrafista durante o dia, mas se ocupava da feitura das roupas da família, em um tempo que havia poucas, quiçá, raras lojas com vestimentas prontas.
Relatos familiares contam que, desde bem pequena, fui apaixonada pela estação ferroviária, local em que, à noite, meu pai levava-me para ver o “passageiro”, trem, evidentemente, de passageiros que, por volta de 21h, “movimentava” a pequena cidade. Meu pai também ensinou a amar, além da estação, da linha férrea e dos trens, aqueles espaços mágicos cobertos por lonas que, de tempos em tempos, apareciam na pequena cidade, eram os circos e os circo-teatros. Naqueles espaços simplórios, com representações humílimas de peças teatrais inspiradas nos grandes nomes do teatro nacional e internacional, aprendi a gostar de arte, de literatura, de teatro.
Iberê Camargo, depois de acompanhar os pais pelo interior do Rio Grande do Sul, fixou residência em Porto Alegre, seguindo, mais tarde, para o Rio de Janeiro e, de lá, para a Europa. Estudou! As suas obras – autorretratos, a fase dos carretéis, a fase das ciclistas, a fase das idiotas – tornaram-se conhecidas, expostas em Tóquio, Milão, Londres, Madri, Nova Iorque. Nunca se furtou a dizer sobre a sua origem: a velha estação férrea, próxima à caixa d’água nas proximidades de um córrego – que, no Rio Grande do Sul, se chama sanga.
Em Genebra, na Suíça, está a sede da Organização Mundial da Saúde, um esforço da humanidade que a erigiu em 1966 e, representando o Brasil, está um grande painel – de 49 metros - pintado por Iberê Camargo. Trata-se de uma pintura abstracionista, que pode ser vista a uma distância de aproximadamente 40 metros, mas que, à pequena distância, oferece nova perspectiva a quem vê.
Iberê Camargo aventurou-se ainda pelo mundo das letras e, particularmente, agrada-me Gaveta dos guardados(2009), um conjunto de textos memorialistas, organizado por Augusto Massi. Nos textos iniciais, está a nossa Restinga Seca – a dele, vivida na segunda década do século XX, recordada pela escrita nos anos 1990 e a minha, da memória e do presente. Andamos por caminhos muito parecidos, conhecemos locais que pouco mudaram. Ele lembra pessoas que lhe foram importantes. Eu tenho histórias para contar sobre as pessoas que ele conheceu. Assim é a vida... 
 Há um texto de Auguste Saint Hilaire, o viajante francês que esteve no Rio Grande do Sul entre 1820 e 1821, em que, com relativa frequência, ele menciona a Serra Geral que o acompanha do lado norte, mesmo quando passou por Restinga Seca. Por vezes, coloco-me a olhar para aqueles locais elevados e a pensar quantas cenas foram presenciadas por elas, quantas histórias poderiam contar? O meu pai, a minha mãe, os meus avós, os meus bisavós também devem ter olhado para elas e é isso, quem sabe, que nos une (ou não). Mas é bom demais saber que eles existiram, precederam-me, pavimentaram caminhos para que eu estivesse aqui. Cabe-me, pois, torná-los, até onde posso, eternos.

Elaine Dos Santos natural de Restinga Seca/RS. Possui doutorado em Letras (UFSM/2013) com ênfase em Estudos Literários.Foi professora de Língua Espanhola e Literatura.Atuou nos ensinos médio e superior, predominantemente, na disciplina de Literatura.
Érevisora de textos acadêmicos (projetos, artigos, dissertações, teses).
Autora do livro Entre lágrimas e risos: as representações do melodrama no teatro itinerante (2019).
Cronista, participa de antologias nacionais e internacionais.
Membro da Alpas 21 Academia Literária de Cruz Alta/RS; da Academia Internacional União Cultural de Taubaté/SP, da Academia Internacional Mulheres de Letras e da Academia Intercontinental Sênior de Literatura e Arte.

AUTOR DO MÊS!

 


Michele Silveira Huck

Escritora e Poetisa com estilo livre de escrita, sua principal característica. Participou de vários eventos literário e concursos...CoAutora das Coletâneas Rio de Flores, Encantos da Lua (Rio de Flores Editora).

Poemas Minimalistas - Teoria e Prática (Ana Maria Castelo Branco)
Os Navegantes II (Alessandro Lopes Silva)
Centenário Paulo Freire(Alessandro Lopes Silva e Artur Esteves)
Cartas para o universo (Ana Maria Castelo Branco)
Coletânea Palavra em Ação I e II (Editora Alecrim)
Participou de vários eventos literário e concursos.

Michele é a autora do mês.

                                                  Confiança quebrada

 

                                                  Sonhos desfeito

                                                  Amizades falsas

                                                  Amor que nunca existiu

                                                  Tudo se destruiu 

 

                                                  Solidão amargando no peito

                                                  Dor dilacerando a alma

                                                  Nunca se imagina 

                                                  Que em quem confiamos

 

                                                  Um dia vá nos decepcionar

                                                  O mundo caí

                                                  Mas a superação é certa

                                                  Nada é para sempre

 

                                                  E tudo que hoje machuca

                                                  Amanhã vamos entender

                                                  Que também nos ensinou

                                                  Os estragos que uma falsa 

 

                                                  Amizade causa 

                                                  Dor mas ensina

                                                  A nunca querer ser igual

                                                  A quem um dia vacila

 








GIRO CULTURAL

 LETÍCIA DE QUEIROZ PALESTRANDO EM TERESÓPOLIS

No último sábado dia 12 de fevereiro, a talentosa escritora Letícia de Queiroz organizou uma palestra no espaço Bisou Gourmet no centro de Teresópolis, juntamente com Verônica Dos Anjos, Dra em Ciências Sociais. A palestra teve por tema: Ativando seu poder pessoal, e cada uma falou sobre como criar uma visão positiva para 2022 com base em medidas simples e eficazes.

Letícia De Queiroz é escritora, membro da ALB ( Academia de Letras do Brasil – sucursal Teresópolis RJ), atriz, produtora e formada em administração.

Verônica Dos Anjos é escritora, membro da ALB ( Academia de Letras do Brasil – sucursal Teresópolis RJ), especialista em Desenvolvimento Pessoal Integral, Coach, possui formação em Serviço Social, mestrado e doutorado em Ciências Sociais, iniciação em Reiki, possui formação em Bioenergética e formação em Medicina Emocional.

Sua palestra teve como foco a determinação, resiliência e abordou conceitos da física quântica. Foi um momento para refletir sobre a nossa responsabilidade diante das adversidades.

O evento contou com um exercício prático, com o objetivo principal de trazer clareza sobre as 3 dimensões da vida humana, que conduzem à realização de sonhos e metas. O equilíbrio entre essas 3 dimensões estimula a ação consciente e com foco.

Portanto, esse é um exercício oportuno e adequado para o começo do ano, à medida que ajuda na criação de uma visão de futuro acompanhada de medidas práticas para sua realização.

 

                              

    Michele Huck, Waldir Couto, Shirlei Pinheiro e a palestrante Letícia De Queiroz

 

          




 

                                                    





                                            

Sem dúvida foi um momento para ficar guardado na memória, tanto pela palestra muito bem elaborada, como pelos encontros. No final o espaço Bisou Gourmet nos proporcionou um delicioso café e atendimento de primeira, com um ambiente simpático e aconchegante, que venham mais momentos como este.

Contatos:@veronicadosanjos
               @leticiadequeirozescritora
               @bisougourmet

 Fotos: Letícia De Queiroz
            Shirlei Pinheiro


TERESÓPOLIS DE OUTRORA

 


shirleipinheiro71@gmail.com


Houve um tempo em que Teresópolis viveu o charme da estrada de ferro e suas locomotivas, em 1908 começou a circular na cidade o trem que vinha da cidade do Rio subindo a serra. Partindo do porto de Piedade nos fundos da Bahia de Guarabara chegando ao Alto, em 1919 a linha chegou até o centro da cidade no bairro da Várzea.
Antes de 1940, porém, o trecho entre o porto de Piedade e Magé foi desfeito e os trens para Teresópolis operados pela Central do Brasil passaram a sair da estação Barão de Mauá e seguia pela linha da Leopoldina até Magé.



Em 9 de março de 1957 o trem desceu a serra pela última vez,a estrada de ferro Teresópolis teve as suas atividades encerradas no trecho entre Guapimirim e a região da Várzea onde ficava a estação final. Com o fim desse trecho grande parte do material rodante acabaram sucateados e alguns vagões em bom estado foram reutilizados pela estação Leopoldina.
Os vagões da primeira classe que eram mais luxuosos foram usados pela Leopoldina Railway, já o restante dos vagões foram realocados em outros ramais. A estação Leopoldina continuou a operar no trecho do subúrbio (estação Barão de Mauá até Guapimirim. 
A estação da Várzea depois do encerramento de suas atividades foi demolida em 1958, local onde é hoje o Colégio Estadual Edmundo Bitencourt. Muitas obras da ferrovia foram simplesmente abandonadas.

    

Deixo abaixo links de um material rico e completo sobre os tempos da estrada de ferro em Teresópolis.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

EDIÇÃO 02/2022 01

 


EDIÇÃO DIGITAL 02/2022 01

ACOMPANHE A EDIÇÃO DIGITAL CLICANDO NA IMAGEM ABAIXO.



CRÔNICA DO MÊS.

 


Minha mulher e eu temos o segredo para fazer um casamento durar: Duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida e um bom companheirismo.

Ela vai às terças-feiras e eu, às quintas.

Nós também dormimos em camas separadas: a dela é em Fortaleza e a minha, em SP.

Eu levo minha mulher a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta.

Perguntei a ela onde ela gostaria de ir no nosso aniversário de casamento, “em algum lugar que eu não tenha ido há muito tempo!” ela disse. Então, sugeri a cozinha.

Nós sempre andamos de mãos dadas…Se eu soltar, ela vai às compras!

Ela tem um liquidificador, uma torradeira e uma máquina de fazer pão, tudo elétrico. Então, ela disse: “nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar”. Daí, comprei pra ela uma cadeira elétrica.

Lembrem-se: o casamento é a causa número 1 para o divórcio. Estatisticamente, 100 % dos divórcios começam com o casamento.

Eu me casei com a “senhora certa”. Só não sabia que o primeiro nome dela era “sempre”.

Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la.

Mas, tenho que admitir: a nossa última briga foi culpa minha.

Ela perguntou: “O que tem na TV?”

E eu disse: “Poeira”.

Luis Fernando Veríssimo

REFLEXÃO POR TANIA COSTA

 


ONDE ESTÁ NOSSO CORAÇÃO?

O ano está começando, os dias se passam rapidamente e corremos atrás de tantas coisas que não nos damos conta de coisas tão simples e perfeitas que existem ao nosso redor.

Nossa mente voltada para o trabalho, para os afazeres do dia a dia, para a correria cotidiana. Nosso corpo todo, em um conjunto frenético e harmonizado, obedece a esse grande comandante que é esse poderoso órgão chamado cérebro.

Mas o nosso coração, onde está?

Podemos responder com facilidade, é o que pensamos. Assim como o cérebro, ele faz parte da máquina chamada corpo e está no interior do nosso peito, executando sua tarefa muito bem, ao menos é o que desejamos, bombeando nosso sangue, pulsando, batendo, nos mantendo vivos.

Mas não é nesse sentido físico que me refiro ao fazer essa pergunta que martela em minha mente e faz palpitar esse órgão chamado “coração”.

Corremos tanto, estamos tão envolvidos em batalhas que nos parecem, por vezes, impossíveis de vencer, que deixamos nossos mais belos sentimentos adormecidos, esquecidos, jogados em um canto qualquer como um livro cheio de lindas estórias que já lemos e agora está na estante, empoeirado...sem utilidade.

Mas você já percebeu que se pegarmos o velho livro esquecido, tirarmos o pó acumulado de tempos e o abrirmos, as lindas estórias ainda estarão lá?

E o mais incrível! ...  Quando você abrir o velho livro e ler novamente aquelas estórias por tempo esquecidas, elas não parecerão velhas, antigas, sem graça. Muito pelo contrário, elas terão ainda o mesmo encantamento, ou quem sabe, até maior encantamento porque você também envelheceu, amadureceu, adquiriu sabedoria, e então conseguirá ver um novo sentido na leitura.

Quando você abrir o velho livro, você abrira novamente suas asas da imaginação. Que por algum motivo, em algum ponto de sua vida você esqueceu que possui, assim como esqueceu do livro.

É mais ou menos assim que funciona com seu coração.A vida vai passando, as batalhas vão chegando e você vai deixando para trás, em alguma prateleira sua história, seus sentimentos puros.  Vai deixando seu coração ficar empoeirado e dando lugar somente para seu cérebro agir.

Devemos sim, agir com a razão, nosso cérebro é muito sábio, principalmente se o alimentarmos corretamente, com bons pensamentos e boas leituras, por exemplo. Mas devemos também dar voz ao nosso coração, deixar ele falar um pouco, deixar ele gritar ao mundo o quanto ainda é capaz de amar.

Nosso coração pode e deve estar onde ele quiser! É claro, acompanhado por Deus, nosso mestre e por nosso cérebro, que direciona as coisas com coerência. Mas sim, devemos deixar nosso coração ficar onde ele desejar.

Quem sabe hoje nosso coração possa estar dando a mão ao caído par levantá-lo? Ou, quem sabe, dando carinho a uma criança, que mesmo muito pequena já conhece o sofrimento? Ou ainda, quem sabe,  nosso coração no dia de hoje, possa  estar dando amor e cuidados aquele idoso que passou sua vida inteira cuidando dos seus entes queridos que agora o largaram em um canto? Como o livro empoeirado, os idosos possuem lindas histórias a serem contadas.

Onde está seu coração?

O mundo chora, o mundo está se debatendo, ansiando por amor, tentando sobreviver. São incontáveis as dores do mundo!

Que possamos usar toda a sabedoria que essa potente máquina chamada cérebro possui para tentar melhorar o mundo. Mas não nos esqueçamos que se o nosso cérebro não estiver aliado ao nosso coração. Será tudo em vão.

“ Acima de tudo revistam-se do amor, que é o elo perfeito”.  Colossenses 3:14

“Ainda que eu falasse a língua dos homens e falasse a língua dos anjos, sem amor, eu nada seria.”.  Paulo de Tarso, 1 coríntios 13

Onde está seu coração?

Deus nos abençoe! Que nosso coração esteja sempre voltado para o amor que é o dom supremo.Que possamos ser um livro aberto, que as pessoas possam abrir suas asas e voar num mundo mágico, onde não há dor, nem sofrimento, onde se possa viver os mais belos sonhos.

Tania Costa é escritora desde a adolescência mas conseguiu realizar seu sonho de infância em 2020 quando publicou seu primeiro livro A Fazenda das Borboletas pela Editora UNISV.Nascida em São José do Norte, vinda de família humilde, extremamente tímida, sempre teve muito gosto pela leitura, quando não estava na escola passava horas lendo. É presidente de uma ong que trabalha com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade

PUBLICAÇÃO AUTORIZADA

CLÁUDIO EHLERS






(Dedico para as mulheres que sofreram

ou sofrem pela violência praticada por alguém que,

pelo menos uma vez, disse que as amava)

               

                         Não quero ser cantada,

                         cortejada, mal ou bem falada.

                         Não quero machismo.

                         Não quero ser assediada,

                         ter a alma roubada.

                        Não quero achismo.

                        Não quero ser obrigada,

                        xingada ou discriminada.

                       Quero amor, quero flor e, por favor, não é não!

                       Estar sozinha é por opção,

                       se acompanhada estou

                      e não quero mais, respeite.

                      Se deleite em meu carinho

                      e apenas retribua.

                      Não estou acompanhada para que tenhas direito,

                      em meu ventre, em meu sexo, em meu peito.

                      Quero paixão, romantismo e educação.

                      Quero ser mulher e não um brinquedo qualquer, não.

                      Não pense que me usando

                      vai levantar meu astral,

                      sendo bicho homem,

                       você só me fará mal.

                        Não é não!


Cláudio Ehlers, Poeta, escritor e compositor gaúcho, da cidade de Triunfo-RS, concursado na área da educação, funcionário público municipal, cursando Faculdade de Filosofia.

Participou de diversas Antologias, Concursos e Prêmios Literários Nacionais, entre eles, Autores Luso Brasileiros do Instituto Cultural Português, Sala Açoriana de Triunfo em 2020, Sala Açoriana de Santo Antônio da Patrulha em 2021 Antologia Determinação, Poemas, Poemas e Contos do Clube dos Autores 2020, Antologia Princesa Isabel da Editora Mundo Cultural World em 2021, Coletânea Rio de Flores 2021, entre outros.Lançando o livro de poesias Esculturas de Palavras e Sentimentos no início deste ano.

                                  





NATÁLIA TAMARA

 


ENSINO REMOTO:

DESAFIOS E PERCEPÇÕES DOS PROFESSORES NO CENÁRIO EDUCACIONAL EM VIRTUDE DA PANDEMIA.

[1]  INTRODUÇÃO

 

O ano de 2020 será marcado na vida dos brasileiros e do mundo como um todo, fadado a entrar para historia universal em decorrência de um vírus respiratório chamado SARS-CoV-2, sigla oriunda do termo "severeacuterespiratorysyndromecoronavirus2" (síndrome respiratória aguda grave de coronavírus 2), responsável por provocar um quadro inflamatório conhecido como doença do coronavírus 2019 (COVID-19),nomeado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

      Notoriamente, o Brasil e o mundo, estão enfrentando grandes dificuldades em virtude da crise sanitária causada pelo COVID-19. Muitas são as formas de contaminação pelo vírus, que possui alta taxa de transmissão e um percentual assustador de letalidade. De acordo com Borba (2020), a pandemia do novo coronavírus tem ocasionado, em grande parte da população mundial, dentre elas a população brasileira, quadros de ansiedade, aflorado diversos tipos de sentimentos e comoções, independente da classe social ou cultural que o indivíduo pertença. O cenário advindo de uma pandemia é assustador e carrega consigo incertezas que preocupam as diversas áreas da sociedade. Além do estado de bem-estar e saúde física das populações e da capacidade de atendimento do sistema público de saúde, os discursos e estratégias em resposta ao caos ocasionado por uma situação pandêmica também estendem-se à educação.

       As principais medidas para evitar a disseminação do vírus são o uso de máscara, a higienização constante das mãos e dos materiais individuais, o distanciamento social e a quarentena.O distanciamento social e a quarentena têm impactado diretamente na vida de todos os brasileiros, especialmente na educação, causando o afastamento presencial de docentes e discentes.

      Unidades de ensino, tanto particular, quanto pública tiveram suas atividades presenciais suspensas, atingindo assim milhões de estudantes em todo país, tal acontecimento prejudica diretamente o ensino e a aprendizagem, sabe-se que a suspensão das aulas é medida essencial para se evitar a propagação da contaminação, considerando que as instituições de ensino é um ambiente natural de contato. Porém, diante a percepção coletiva das autoridades, gestores e professores que a educação não pode parar, há a necessidade da adaptação à nova rotina posta no cenário educacional, professores, alunos e toda comunidade escolar estão na tentativa de superar os desafios e dificuldades encontradas neste modelo denominado de aulas remotas.

Em virtude dos fatos relatados, houve a necessidade de normatização, a qual foi realizada pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) através da portaria nº 343 de 17 de março de 2020, para permitir a substituição das aulas presenciais nas instituições de ensino do país, por aulas que favoreçam os meios e as tecnologias de informação e comunicação.       Pode-se conceber este momento, como uma revolução na prática docente, o uso da tecnologia, uma vez vista como algo negativo, para o processo de ensino e aprendizado, hoje é visto com um novo olhar, não como um fim, mas como um meio positivo, pois é uma ferramenta que tem favorecido de forma precisa e eficaz no processo educacional.

Diante da inserção das tecnologias na educação é inegável a percepção de que o processo de reconfiguração das mídias para o âmbito escolar implica a apropriação de conhecimentos que se inserem em contextos reais de uso, pois “as tecnologias são pontes que abrem a sala de aula para o mundo, que representam e medeiam o nosso conhecimento do mundo” (MORAN, 2007, p.164). O professor Albano Goés de Souza, Doutor em Educação e Especialista em Educação e Tecnologias, frisou em uma palestra ofertada na turma de Estágio Supervisionado, curso de Língua Portuguesa e Literatura, na Universidade do Estado da Bahia, que vivemos em um tempo que o aluno faz parte de um mundo globalizado, ou seja, o formato do aluno mudou; o estudante tem em sua vivência e experiências cotidianas que permeia o campo tecnológico.O discente atual adora controles remotos/joysticks, redes sociais,a nova geração esta imbuída no mundo das tecnologias digitais. Nesse sentindo é importante que a escola se reinvente e busque melhores formas de encaixar essas vivências, possibilitando que o alunoaprenda e absorva melhor o conteúdo. O professor precisa ser ativo, ter metodologias que engaje o aluno, e o ajude a pensar criticamente mediante esse contexto virtual o qual estamos inseridos. O professor Dr. Albano, ainda enfatiza que é notória a crescente utilização da informática na atual sociedade, e neste período pandêmico tem chamado também a atenção do setor educacional de forma mais expressiva. Desta forma, os professores precisam se adaptar para inserir na sala de aula as ferramentas das tecnologias de informação e comunicação (TIC), incluindo softwares educacionais e de uso geral.

Nesse contexto, esta pesquisa volta-se a dar vozes aos educadores através de entrevistas, na tentativa de compreender a visão destes sobre as dimensões do acesso ao ensino e às condições oferecidas pelas instituições. Ouvir os docentes é de extrema necessidade, principalmente referente o processo de capacitação para utilizarem essa ferramenta tecnológica, compreender suas dificuldades e relatar suas experiências mediante a aplicabilidade do novo modelo de aula. Importante destacar, que a qualificação do trabalho do professor e a relação ensino – aprendizagem já vinha sendo desenvolvida por muitas instituições de ensino, mas não nesse aspecto.

Portanto, a proposta do artigo em pauta justifica-se pela ação de ouvir esse importante profissional no intuito de obter informações que se transformem em conhecimento científico, a fim de contribuir para construção de uma sociedade igualitária. Como também, através da entrevista coletar dados, como subsídio para embasar discussões não meramente de cunho técnico e operacional, mas que aborde e considere os aspectos emocionais, levando em consideração que estes profissionais estão atravessando, me meio a essa pandemia, uma mudança brusca tanto na vida pessoal, quanto ao seu modelo adaptável de ensino.

 

2.      MÉTODO -ANÁLISE DE DADOS E OS SUJEITOS DA PESQUISA

 

O presente estudo consiste em uma revisão bibliográfica sistematizada, realizada através de pesquisas de artigos científicos, além de relatar dados científicos apontados pela Organização Mundial da Saúde, diante a calamidade de ordem sanitária que é o alastramento do vírus SARS-CoV-2 que tomou proporção universal, desencadeando o isolamento social, que teve impacto direto no cenário educacional. A revisão sistematizada foi escolhida mediante autores e teóricos que permitem fazer uma organização e síntesedas ideias apresentadas que convergem com a perspectiva da temática abordada, facilitando assim a interpretação. Foram utilizadas as bases de dados: Google Academics, RI UFBA– Repositório Institucional da Universidade Federal da Bahia e o Scielo.

    Outa metodologia de caráter importante foram às entrevistas. Os sujeitos da pesquisa são docentes atuam na Educação Básica na rede estadual, municipal de ensino de Jacobina/BA. São professoras com 20 anos de profissão, uma com graduação em Língua Portuguesa e Educação Física, as outras duas com graduação em Língua Portuguesa. Profissionais com idade acima de 30 anos do sexo feminino. A fim de preservar as identidades dos integrantes da pesquisa,as docentes, alvos da entrevista, participantes neste artigo, serão identificadas da seguinte maneira: P01 a P03.

Considerando que a realização de uma pesquisa envolve muitos aspectos importantes como o tipo de pesquisa e o percurso metodológico seguido para alcançar os resultados, o trabalho apresentou parte de uma abordagem qualitativa.De acordo com Reis (2012, p.61): “a abordagem qualitativa está no modo como interpretamos e damos significados ao analisarmos os fenômenos abordados sem empregar métodos e técnicas estatísticas para obter resultados sobre o problema ou tema estudado”.

Na intenção de identificar as dificuldades, desafio no processo pedagógico de professores em relação às aulas remotas ofertadas pelas instituições públicas em relação ao ensino fundamental e médio foi adotado como instrumento de coleta de dados o uso de um questionário estruturado com nove questões.  O questionário foi entregue virtualmente a cada docente entrevistado, sendo devolvido para analise das respostas e conclusão da coleta de dados. 

 

 

3.      ENSINO E APRENDIZAGEM EM TEMPOS DE PANDEMIA

 

Há muito que o cenário educacional vem passando por transformações. Neste contexto pandêmico está posta uma nova realidade escolar, onde o distanciamento fisicamente entre docente e discente se faz necessário; estando conectadospor meio de um único recurso possível, a tecnologia.

A aprendizagem é um processo contínuo que ocorre durante toda a vida do sujeito, e se organiza em distintas formas, muitos teóricos da educação destacam inúmeros conceitos. Dentre eles podemos citar alguns, Piaget (1996) “aprendizagem se dá por assimilação”,Vigotsky (1989), “a aprendizagem passa por umprocesso de internalização de conceitos”, Skinner (1972) “o sujeito aprende quando produz modificações no ambiente”, Freire (1997) “aprendizagem se dá na realidade dos sujeitos, aprendem com suas vivências”.

        Sabe-se que o processo de construção de ensino e aprendizagem, se dá por meio da interação dos agentes educacionais que participam como protagonistas interagindo e produzindo saberes. Esse processo ocorre quando o ser humano capta novas informações, adquirindo também novos comportamentos e atitudes, provocando o desenvolvimento humano em todas as áreas da sua vida, inclusive na constituição de um desenvolvimento social e afetivo.

Ainda quanto ao processo de ensino-aprendizagem, Jean-Jaques Rousseau (1712-1778) gerou uma revolução pedagógica ao deslocar “o centro do processo de aprendizagem do docente e dos conteúdos para as necessidades e interesses dos educandos” (LIMA, 2016, p. 423).A ação de ensinar contempla uma compreensão que alcança mais que o espaço físico, o de conhecimento do professor (a), e das atividades realizadas pelos alunos (as). No entanto, todos os envolvidos nesse processo, docentes, discentes, e as instituições de ensino, deparam-se em contextos globais que interferem na relação, no caso do estudo em discussão, a nova metodologia proposta como medida emergencial pela pandemia para  continuidade da aprendizagem  se sobressai.

As propostas em debate no atual momento são de educação à distância, aulas remotas, plataformas de ensino entre outras e são muitas que vem a mobilizar as instituições de ensino em todas as instâncias. Suas propostas metodológicas de interação do professor com o aluno, nomeadas de chats, fóruns, salas de tarefas e uma infinidade de ferramentas disponíveis na qual os envolvidos não dominam sua utilização, o que nos traz ao embate se somos seres tecnológicos, porém, não dominamos tais tecnologias e suas metodologias. Desse modo, recorremos a Munhoz, que nos remete a reflexões, quando cita:

 

As mudanças exigidas no perfil de um novo profissional são presentes e deixam muitos professores insones na procura de como ensinar em um mundo com tantas mudanças. Elas não param de acontecer a uma velocidade de que não permite que o acompanhamento seja generalista. (MUNHOZ, 2018, p. 34).

 

 

 

       Estamos enfrentando drásticas mudanças em nossos hábitos mais comuns, tais acontecimentos tem gerado muitas discussões e divergências quanto ao isolamento social e aimpossibilidade de frequentar espaços de socialização, como é o do ensino/aprendizagem. De acordo com Vera, Zúñiga e Bernal (2013, p. 1), o fato de a virtualização da educação estar tomando atualmente um interesse geral importante, dada a dinâmica social e didática educacional que representam a este respeito uma consequência positiva da evolução tecnológica.

A experiência de aprendizagem neste modelo remoto envolve as instituições de ensino, equipes pedagógicas, docentes e discentes, todos vivenciando algo novo e de forma repentina. Neste sentido, Franco (2015, p. 603) considera que as relações entre professor, aluno, currículo e escola são relações que impõem uma convivência, tensional e contraditória, entre o sujeito que aprende e o professor que se organiza e prepara as condições para ensinar. Necessário fresar sobre esse aspecto a importância do docente dentro desse cenário, ou seja, a sua percepção diante do processo de ser e/ou sentir-se capacitado para essa moderna ferramenta na sua prática profissional.

         Neste cenário, os protagonistas que mediam essa relação ensino aprendizado “docentes” deparam-se com esse turbilhão de demandas a serem atendidas, além da conjuntura de normas a serem protocoladas e atendidas pela sua respectiva Secretaria de Educação, todo processo de demandas pedagógicas, este profissional tem que se capacitar para o domínio da nova ferramenta, aperfeiçoar e/ou rever seus planejamentos de aula, face à nova metodologia proposta pelas instituições.

 

4.      RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

A pandemia da Covid-19trouxe uma ressignificação para a educação, nunca antes imaginada. Os impactos ocasionados na sociedade são de variadas ordens, que vão desde à economia do país, passando por questões sociais, culturais, históricas de uma nação. A dor causada pela perda de pessoas, o afastamento, o isolamento social, causaram uma desestruturação no sistema regular e presencial de ensino.

      Atualmente vivemos em uma verdadeira revolução digital, ainda que no passado as tecnologias não fossem tão valorizadas, porém, devido a tantas mudanças, passa a receber um novo olhar, devido permitir a comunicação de modo prático, além das várias outras possibilidades, passando hoje a serem atividades corriqueiras, pois torna mais prático e confortável o processo de execução das nossas atividades diárias. E esse novo olhar foi também percebido por educadores e pela escola, pela convivência e aprendizagem a partir da troca de conhecimentos que é possível a partir deste processo de inter-relação.

Após a análise dos dados oriundos da aplicação do questionário, foi observado que as três docentes compartilham da mesma insatisfação quando questionadas sobre como a rede e a escola se organizaram para este momento pandêmico. As docentes enfatizam que infelizmente não houve ao longo dessa pandemia nenhuma organização sistematizada. A entrevistada P01, relata que houve uma iniciativa da rede estadual em tornar viável o ensino remoto, afirmando que é uma ação positiva, mesmo de forma tardia de certa forma, pois essa condição viável foi introduzida apenas em 2021, à mesma relata que no município, não há alinhamento em rede, e que percebe muito mais dificuldade em entender como melhor sistematizar o ensino remoto no ano contínuo. Outas repostas de convergência simultânea entre as profissionais da educação é em relação aos desafios que elas têm enfrentado neste momento de atividades remotas.

 Diante do contexto as professoras alegam que tudo é desafiador: desde a adaptação às novas ferramentas tecnológicas, quanto a ministrar aulas nesse modelo remoto. A docente P03 expõe que o impacto nas estratégias de ensino da língua portuguesa, foi considerado grande. Tudo precisou ser replanejado, e que não está sendo fácil adaptar.A docente P02, diz que a crise sanitária está trazendo uma revolução pedagógica para o ensino presencial, porém as dificuldades são inúmeras, principalmente no que tange a acessibilidade digital dos discentes, a professora frisa que é uma das maiores dificuldades neste novo modelo de ensino. A profissional P01 relata que apesar das suas aulas serem produtivas, dinâmicas e significativas, a maior dificuldade esbarra no engessamento da Secretaria, na ausência de um plano de ação que garanta o acesso ao ensino remoto (conectividade, por exemplo). A professora diz que tem sido uma experiência cansativa, estressante, porém, um aprendizado significativo.

Apesar do desenvolvimento e expansão das tecnologias da informação e comunicação percebe-se ainda que poucos têm acesso à internet e as suas tecnologias, ocasionando desigualdades na medida em que apenas alguns são beneficiados e outros ficam distanciados do progresso (FELIZOLA, 2011).

Diante da inserção das tecnologias na educação é inegável a percepção de que o processo de reconfiguração das mídias para o âmbito escolar implica a apropriação de conhecimentos que se inserem em contextos reais de uso, pois “as tecnologias são pontes que abrem a sala de aula para o mundo, que representam e medeiam o nosso conhecimento do mundo” (MORAN, 2007, p.164). De acordo com a citação, a profissional P01 elucida que espera que, percebida a fragilidade da escola pública, quer seja com relação ao espaço físico, quer seja com relação à formação docente frente às tecnologias e adoção de estratégias metodológicas (como as metodologias ativas), sejam investidos recursos e políticas que criem condições para que a instituições de ensino, ofertem uma educação de melhor qualidade, acessível e com equidade; possibilitando para os profissionais, capacitação para que esta oferta seja de excelência.

        Foram relatadas pelos professores diversas metodologias e maneiras de lidar com a atual situação, dentre elas, o uso de vídeo conferências, aulas expositivas através de plataformas online, produção de vídeo aulas curtas, ou por meio de grupos do WhatsApp, tendo como principal recurso tecnológico o celular e o notebook. Assim como a disponibilização de apostilas eletrônicas por meio do Google Classroom, atividades impressas para os discentes que não possuem acesso aos recursos tecnológicos docentes.

O contato com as novas tecnologias – para a Educação Básica presencial emergencial – causou um lugar de entrecruzamento, de intersecção, denominado por Bhabha (2010) como o “lugar fronteiriço”. A fronteira é composta de valores e costumes de um lugar como os do outro, ou seja, é no lugar fronteiriço que ocorrem os encontros com o estranho, o desconhecido, proporcionando a experiência do “além-limite”.

       De um modo geral, essas experiências além do limite têm angustiado muito os docentes, pois este profissional por sua vez, é a figura central na mediação deste processo. Com o novo cenário, o estranhamento foi notório, para alguns o momento foi mais complicado. Porém, mesmo diante de tantos problemas que foram e precisam ser superados, sabemos que ser professor trás o desafio, o prazer de ensinar, e de transformar vidas.

Observa-se que a responsabilidade de educar, hoje, recai tão somente sobre a escola, especialmente sobre a figura do professor. Contudo, o ato de educar compete a todas as instituições sociais comprometidas com o desenvolvimento do país. Principalmente a família – uma das instituições mais antigas – deve ter sua coparticipação junto à escola, uma vez que é ela que compete a transmissão de valores morais. Essa parceria deve visar à formação do educando, a fim de que este exerça sua autonomia e liberdade frente as suas atividades no contexto escolar e no seu convívio em sociedade. Dessa forma, falar do papel do professor no processo ensino/aprendizagem é fundamental, pois o professor é consciente de como é importante sua atuação na formação de pensadores.

 

5.      CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Diante dos resultados obtidos é perceptível que o atual momento em que vive a educação, bem como outras áreas da sociedadeé desafiador diante da conjuntura atual que estamos vivenciando. O presente artigo suscitou discussões sobre o Ensino Remoto, modelo atual de ensino mediante o momento pandêmico que estamos a atravessar. O presente trabalho configurou uma representação do olhar do professor sobre a prática pedagógica incluindo as ferramentas tecnológicas e o distanciamento social.

     A pesquisa de cunho qualitativo evidencia a realidade do professor, os desafios, problemas e percepções dos docentes que estão sobrecarregados diante desta modalidade de ensino. As novas formas de transmitir o conhecimento e os conteúdos são ofertados nas diversas plataformas digitais online, na qual as aulas acontecem de forma remota através do modelo síncrono (em tempo real) ou assíncrono (não é em tempo real), tem proclamado diversas discussões e divergências entre os profissionais da educação, porém é certo, que a grande maioria estão de comum acordo no que diz respeito ao processo de capacitação dos educandos, bem como o investimento através de politicas publicas, para que as instituições possam oferecer ao educadores melhores possibilidades de ofertar uma educação de melhor qualidade para os educandos. Necessário pontuar a importância do dialogo diretivo com os pais ou responsáveis dos alunos a fim de orientá-los quanto as suas responsabilidades.

É relevante dizer que faz-se necessário repensar e discutir, baseado nessa perspectiva, a influência da tecnologia no contexto educacional e fomentar novos parâmetros que viabilizem o acesso a esses recursos e os adaptem a realidade da comunidade escolar.

 

  REFERÊNCIAS

    ·         BHABHA, Homi K. O Local da Cultura.5ª reimpressão. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2010;

·         BORBA, R. C. N.; TEIXEIRA, P. P.; FERNANDES, K. O. B.; BERTAGNA, M.; VALENÇA, C. R.; SOUZA, L. H. P.Percepções docentes e práticas de ensino de Ciências e Biologia na pandemia: Disponível em:https://en.unesco.org/themes/inclusion-in-education/ Acesso em: 21 de jun.2021;

·         BRASIL. Presidência da República. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei das Diretrizes e Bases da Educação. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional;

·         FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997;

·         FREIRE, Paulo. Educação e Mudança.6. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1983. p.27-41;

·         LIMA, Valéria Vernaschi. Espiral construtivista: uma metodologia ativa de ensinoaprendizagem. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, v. 21, p. 421-434, 2016;

·         MORAN, José. Um conceito-chave para a educação, hoje. In: BACICH, Lilian. TANZI NETO, Adolfo. TREVISANI, Fernando de Mello. Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015. p. 27-45;

·         MUNHOZ, Antônio Siemsen. Aprendizagem baseada em problemas. São Paulo: CENGAGE, 2018;

·         ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. TedrosAdhanomGhebreyesus. Disponível em:https://twitter.com/DrTedros. Acesso em: 20 junh. 2021;

·         PIAGET, J. Biologia e conhecimento. Petrópolis: Vozes, 1996;

·         SKINNER, B. F. Tecnologia do ensino. São Paulo: Ed. Herder: Ed. da USP, 1972;

·         VERA, Alexander; ZÚÑIGA, Nathan; BERNAL, Álvaro. Herramientaen línea para laprogramación y depuración remota de funciones lógicas digitales.Ingeniería y Competitividad, [S. l.], v. 15, n. 1, pág. 79-91, 2013. Disponível em: http://www.scielo.org.co/pdf/inco/v15n1/v15n1a08.pdf. Acesso em: 19 jun. 2021;

·         VIGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

 

 

 Natália Tamara Cerqueira da Silva, Graduanda em Letras/Literaturas (UNEB). Técnica em Segurança do Trabalho (FIESC-SENAI), Técnica em Administração e Eventos (IFSC). Ativista cultural. Roteirista. Membro de algumas Arcádias Literárias. Organizadora e Coautora de Coletâneas/Antologias.Fundadora do Grupo de teatro Cultura em Movimento. Membro do Grupo de Pesquisa em Linguagem, Estudos Culturais e Formação do/a Leitor/a - (LEFOR). Coordenadora do projeto Bardos Baianos – Território Sisal e Coautora no território Piemonte da Diamantina.  Detentora de alguns títulos, e prêmios literários. Atuou como Coordenadora de Cultura da Cidade de Saúde/BA.

Publicação autorizada.